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UM POUQUINHO DE BRASIL

Estado de Minas conversou com artistas do Cirque du Soleil em cartaz com Ovo em Belo Horizonte que são nascidos ou criados no país. Conheça a história de Aruna Bataa, Neiva Nascimento e Emerson Neves


postado em 10/03/2019 05:07

Nascida na Mongólia e criada no Brasil, a contorcionista Aruna Bataa interpreta a aranha-branca em Ovo(foto: CIRQUE DU SOLEIL/DIVULGAÇÃO)
Nascida na Mongólia e criada no Brasil, a contorcionista Aruna Bataa interpreta a aranha-branca em Ovo (foto: CIRQUE DU SOLEIL/DIVULGAÇÃO)


Estima-se que o Cirque du Soleil invista em torno de US$ 100 mil (R$ 390 mil) em cada novo artista. Ou seja: interessa à companhia canadense que os recém-ingressados integrantes permaneçam por um bom tempo na trupe. Os brasileiros Neiva Nascimento e Emerson Neves já têm uma longa história com o Cirque du Soleil.


Ela é uma palhaça, uma das protagonistas de Ovo, espetáculo em cartaz no Mineirinho, em BH, desde quinta passada. Ele está no grupo há mais de uma década. A idade (46) e as lesões acabaram fazendo com que deixasse o palco e passasse aos bastidores – atualmente é o treinador chefe da montagem que iniciou pela capital mineira sua turnê pelo Brasil.


Na equipe de Ovo há outros brasileiros. Aruna Bataa não é da gema, vamos dizer assim. Nasceu bem longe, na Mongólia. Mas foi criada no Brasil, país onde chegou com a família ainda na adolescência. Para ela, começar a temporada brasileira por Belo Horizonte tem muito significado – foi também aqui que Aruna estreou no Cirque, no espetáculo Quidam, há 10 anos. A seguir, um pouco da história desses três artistas, dentro e fora do palco.

“A carreira depende de como você mantém o corpo”

Um dos países que mais exportam contorcionistas mundo afora é a Mongólia. Ironicamente, Aruna Bataa, nascida no país asiático, foi aprender uma das mais difíceis e tradicionais artes circenses no Brasil. Uma das quatro aranhas do espetáculo Ovo, montagem criada por Deborah Colker que explora o universo dos insetos, Aruna, a aranha-branca, tem seu número solo no início do segundo ato do espetáculo.

Com 30 anos, ela está há 10 na trupe canadense e há cinco em Ovo. Espera se aposentar daqui a cinco anos. “A carreira depende de como você mantém o corpo. E o contorcionismo exige muito esforço corporal. Sinto a diferença de 10 anos para cá. Sou mais forte, tenho mais consciência do corpo, mas a flexibilidade deteriora”, afirma.

Aruna chegou ao Cirque no momento em que pensava em pendurar as chuteiras (no caso dela, as posições que qualquer mortal julga inimagináveis). “No Brasil, a carreira é limitada, já que o circo não é tão valorizado quanto lá fora. Resolvi mudar de carreira, voltar a estudar”, comenta ela, que vivia com a família em Santa Catarina.

Por insistência dos amigos, mandou um vídeo para a companhia. Oito meses mais tarde, foi convidada para atuar em Quidam, em substituição a uma atleta machucada. Fez um contrato temporário e,  assim que ele terminou, esperou mais alguns meses, até chegar ao elenco de Saltimbanco. Terminada essa etapa, voltou para o Brasil, até ser chamada para o elenco de Ovo.

Entre uma temporada e outra, entrou para a faculdade de Direito. Estudou até quando deu. “Eram cinco horas de aulas muito chatas. Vi que não era para mim. E, desde que passei a viajar para fora, vi que podia continuar com a carreira circense.” Abandonada a faculdade, hoje ela se considera em casa na Mongólia, para onde seus pais voltaram há sete anos.


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