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Do suplício ao alívio


postado em 14/02/2019 05:05



Ontem, a cachorrinha da minha irmã fugiu. Uma vira-lata, de porte médio, de cinco meses, que ela adotou para sua netinha. Porém, a cachorrinha era muito agitada e forte, e as brincadeiras machucavam a criança, que acabou tendo um certo medo da filhotinha estabanada. A melhor solução encontrada foi minha irmã assumir a maternidade da cadelinha, que recebeu o nome de Belinha.

Apesar de muito mansinha, a energia da bichinha é inesgotável. Corre muito, pula alto, come tudo o que vê pela frente. Como todo dono de filhote, o sentimento de amor pelo qual somos tomados, em alguns momentos, se transforma em raiva, a cada objeto importante que é destruído por um descuido. Mas sempre o amor fala mais alto. E o pet acaba se tornando um membro da família, é como um filho, e só quem ama animais entende o que estou falando.

Os planos para ontem foram feitos na véspera e compartilhados comigo. “Vou levar a Belinha para tomar a última dose de vacina contra leishmaniose. Depois, vou deixá-la em casa e vou para o clube com com minha neta e filha.” As manhãs de quarta são “o dia da vovó”. E nem sempre as coisas ocorrem como o planejado. Na clínica veterinária, a Belinha – que é um corisco – conseguiu fugir.

Vivemos um suplício. O sentimento que nos invade em um primeiro momento é de total desespero, tentando correr atrás do animal. O problema é que ficamos tão apavorados que nossa voz, em vez de atrair o bicho, acaba espantando-o ainda mais. O tom e o desespero levam a perceber que fez algo errado e aí que ele foge mais ainda. Toda a equipe da clínica tentou cercar a cadelinha, junto com minha irmã, pelas ruas de Lourdes, mas não deu certo. Ela sumiu.

É como se tivéssemos perdido uma criança da família. A preocupação muda, agora é pela sobrevivência do animalzinho, a possibilidade de nunca mais vê-lo e de todos os perigos e intempéries aos quais ele estará submetido. Se ela for atropelada e morrer? Se ficar com frio e fome? Se alguém roubar? Se alguém maltratar? E nessa hora só temos uma solução: recorrer a Deus. A fé entra em ação. Se alguém não sabe o que é ter fé, em uma situação assim, descobre rapidinho. Fé é acreditar em coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem, independentemente daquilo que vemos, ou ouvimos. Pedimos a Deus para encontrar a Belinha e acreditamos que isso seria possível, sem ter nenhum sinal dessa possibilidade. Afinal, já tínhamos rodado da Praça da Liberdade à Praça Raul Soares, das 8h30 às 12h. E acalmar a “mãe da criança”, explicando que ninguém pega um animal para maltratá-lo.

Mais uma vez, vimos o resultado da corrente das redes sociais. Colocamos no Instagram e Facebook, e a rede de contatos e compartilhamentos acabou por ver que uma moça tinha postado a foto da Belinha. O sentimento de alívio e alegria que chega é maravilhoso. É a hora de agradecer a Deus, às pessoas de bem que amam os animais. Ela recolheu a Belinha atropelada (só machucou a patinha), a empresa onde ela trabalha não permite animais, então ela acionou o marido, que levou a cadelinha a um veterinário. Mas,  antes, fizeram o post, pedindo as pessoas para avisar os donos.

É gratificante ver que existem pessoas que param suas vidas para ajudar o próximo, seja ele humano ou animal. Como é bom nos surpreendermos positivamente.


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