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Anna Marina: Transtorno obsessivo compulsivo desafia a medicina


postado em 01/02/2019 05:09


Conhece alguém que faz algo repetidamente? Uma pessoa normal, seu amigo, que sempre que sai do carro tem que voltar para verificar se realmente trancou o veículo, mesmo se você disser que o viu acionar o alarme? Ou aquela pessoa que fala a mesma coisa duas vezes?
Elas podem sofrer de transtorno obsessivo compulsivo, mais conhecido como TOC, que atinge cerca de 300 milhões de cidadãos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Como as pessoas podem se livrar dele?

O doutor Jeffrey M. Schwartz, um dos maiores especialistas mundiais em neuroplasticidade, escreveu um livro ensinando isso. TOC: livre-se do transtorno obsessivo compulsivo relata vários casos de pessoas que chegam a extremos devido à doença. O especialista ajuda, de forma clara, a entendê-la.

Trata-se de um distúrbio psiquiátrico de ansiedade que tem como principal característica crises recorrentes de pensamentos obsessivos, intrusivos e, em alguns casos, comportamentos compulsivos e repetitivos. Uma pessoa com TOC é como o disco arranhado que repete sempre o mesmo ponto do que está gravado.

Alguns filmes – entre eles, Melhor é impossível, com a dupla Jack Nicholson e Helen Hunt – mostram cenas de repetição, como lavar as mãos constantemente, nunca usar o sabonete mais de uma vez, virar a tranca da porta diversas vezes antes de abri-la ou trancá-la definitivamente. Pacientes sofrem com imagens e pensamentos que os invadem insistentemente e, muitas vezes, não conseguem controlá-los ou bloqueá-los. A única forma de controlar tais pensamentos e aliviar a ansiedade que eles provocam é por meio de rituais repetitivos, que, muitas vezes, podem ocupar o dia inteiro e trazer consequências negativas na vida social, profissional e pessoal. Portadores de TOC acreditam que se deixarem de cumprir o ritual, algo terrível vai ocorrer.

O TOC atinge mulheres e homens na mesma proporção. Na maioria dos casos, a doença surge durante a infância ou nos primeiros anos da adolescência, mas pode começar na vida adulta. Em seu livro, o doutor Schwartz relata casos surpreendentes, como o de um homem de 43 anos, perito de seguros, que lavava as mãos pelo menos 50 vezes por dia. Cita uma mulher de 33 anos, formada com honra na IvyLeague, que chegou a levar o ferro de passar e a cafeteira para o trabalho para ter a certeza de que estavam desligados.

Parece loucura, até atitude de quem quer chamar a atenção. Porém, o doutor Jeffrey diz que o TOC é condição médica relacionada a um desequilíbrio bioquímico no cérebro. Segundo ele, as obsessões e compulsões são fortes o suficiente para causar incapacidade funcional.

O transtorno provoca obsessões peculiares. Uma pessoa se apega a um objeto e nunca se desfaz dele, por exemplo. De acordo com o médico, quem tem TOC deve entender que as mensagens compulsivas são falsas.  

Não se pode pressionar o paciente. As mudanças podem ser traumáticas e, para que eles se controlem, devem assimilar o que está acontecendo e afastar o pensamento obsessivo. Para isso precisam de tempo. O livro traz os principais passos e dicas para acabar com esse mal que assola tantas pessoas no mundo.

Infelizmente, os médicos ainda não são capazes de entender completamente o que está por trás do transtorno obsessivo compulsivo. As principais teorias remetem a três fatores, ligados à biologia, à genética e ao meio ambiente. Alguns pesquisadores acreditam que o TOC pode ser resultado de alterações ocorridas no corpo ou no cérebro. Outros apontam a predisposição genética, muito embora os genes que estariam eventualmente envolvidos não tenham sido identificados até agora. (Isabela Teixeira da Costa/ Interina)









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