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Polêmica importante


postado em 09/12/2018 05:07

A polêmica a que me refiro é a que foi veiculada na mídia recentemente sobre sexualidade e gênero no Colégio Santo Agostinho e foi parar na Justiça. O colégio afirma ter recebido do Ministério Público de Minas Gerais uma ação de 2017 para que a escola pague indenização por dano moral coletivo de todos os alunos da 3ª à 6ª série do ensino fundamental.

Um grupo de pais alega que o colégio distribuiu material didático de conteúdo impróprio, classificado como teoria de gênero, desrespeitando valores éticos e sociais da pessoa e da família. A escola publicou no site que a alegação é falsa e irá se defender.

O MP recebeu o grupo de pais que questiona a inclusão da ideologia de gênero e a escola afirma ter abordado transversalmente a orientação sexual e sexualidade, ao que o MP responde que a escola defende a igualdade entre homens e mulheres, doutrinando as crianças em direção que contradiz a Constituição e afirma que o colégio quer diminuir a família e o papel dos pais na educação dos filhos.

Os alunos também reagiram publicando nota na qual repudiam a ação e a proposta de indenização do MP. Afirmam que isso não ocorreu e que nenhum material didático com tal conteúdo foi distribuído.

A polêmica é interessante porque nos leva ao debate para compreender melhor nosso tempo no sentido de quão inútil é teimar em jogar para debaixo do tapete um tema tão importante quanto atual, já que acontece na vida social e é mostrado nas TVs, na mídia, e, portanto, é inegável.

As novelas, por exemplo, sempre trazem conteúdos inovadores que desafiam os costumes e a moral estabelecida, provocando reflexão e avanço sobre comportamento e as tendências no mundo atual, evitando postura de negação e alienação diante do que é óbvio e visível em nosso meio.

As crianças e adolescentes também precisam falar sobre isso em família e na escola, pois a postura preconceituosa e moralista não fará com que o comportamento sexual das pessoas mude, ou seja, enquadrada em uma moral que se quer única e verdade absoluta. Atualmente, vivemos em tempos de uma inegável liberdade quanto à assunção e escolha de gênero, um acontecimento que precisa ser abordado porque faz parte da sociedade, embora se trate de escolha nem por todos aceita ou aprovada. Uma escolha forçada que ocorreu ainda na infância sem que o sujeito pudesse recusar e não é uma doença a ser curada, no caso da inversão homo.

Mesmo assim, devemos estar informados e prontos para discutir quando adolescentes e crianças inteligentes e ativas questionam os hábitos e novidades que surgem a público. E é saudável e positivo desejar saber sobre o mundo à sua volta, como, por exemplo, sobre homossexualidade, gênero, drogas etc.

O respeito às diferenças é uma tônica importante e atual da qual não devemos abrir mão. O fato de haver uma inversão não desabilita o caráter do sujeito e devemos respeito às liberdades individuais, ao contrário de torná-la indigna ou ser considerada pária. Esse pensamento preconceituoso causa prejuízo.

A escola é sim lugar para tratar destes assuntos. É uma instituição de ensino e educação para pensar e refletir sobre tudo o que ocorre no mundo e na nossa realidade. Ela deve ensinar a inclusão, a tolerância às diferenças, o respeito ao pensamento divergente, pois tudo isso faz parte da vida de cada um que vive no tempo presente. E não é aceitável omitir da história fatos reais ou seremos todos alienados, medíocres, hipócritas e negadores, defendendo uma moral única para todos. Negando o um a um.

Assim começaram momentos terríveis de nossa história, como a Inquisição, o extermínio dos índios e das minorias, o nazismo, o fascismo e muitos outros absurdos que ocorrem quando os mais fortes pretendem dominar o mundo com suas ideologias, consideradas superiores, exterminando aquilo que fugia de sua “ilibada” moral.


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