Aula de hip-hop

Rap é a música mais ouvida nos EUA. Ultrapassou o rock, de acordo com pesquisa da Nielsen divulgada no início deste ano. Para entender essa cultura nascida nas ruas de NY, vale a pena maratonar Hip-hop evolution, série documental que levou o Emmy em 2017. A segunda temporada acaba de estrear na Netflix.

Apresentada pelo simpático – e entusiasmado – rapper Shad Kabango, a produção canadense é uma aula: aborda do surgimento do movimento, nos anos 1980, às várias vertentes: há o rap de Los Angeles, o rap da Baía de São Francisco, o rap de Houston, o rapp de NY, o rap do Sul e por aí vai.

Um episódio sobre o hip-hop da Flórida tem muito a ver com o Brasil. Afinal de contas, o miami bass é o pai do funk carioca. Com suas letras indecentes e batida irresistível, o grupo 2 Live Crew provocou rumorosa polêmica, nos anos 1980: shows proibidos, músicos presos e um rumoroso processo. O rapper Luther Campbell levou a melhor: venceu a guerra nos tribunais amparado pela Primeira Emenda, a protetora da liberdade de expressão. Garantiu  rimas sem censura de todos os manos.