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Estado de Minas SAÚDE

A melhor atividade física é aquela que você gosta

Seja na academia ou estúdio de pilates, ao ar livre, correr, caminhar, fazer tarefas domésticas, pular corda ou andar de skate, o importante é se movimentar


28/11/2021 04:00 - atualizado 29/11/2021 12:04

Mulher faz alongamento
Atividade física tem de ser um hábito ao longo de toda a vida (foto: happyveganfit/Pixabay )


Guia de Atividade Física para a População Brasileira, lançado pelo Ministério da Saúde (MS), deu destaque especial para a educação física, jogando luz sobre o educador especialista na formação e no despertar de crianças, adolescentes e jovens para a importância do esporte ou de qualquer outro exercício físico, assim como por engajar adultos e idosos na onda de quem se movimenta sempre.

Ana Maria Pimenta Moraes, educadora física especialista em atividade física adaptada, treinamento funcional e pilates no Centro de Reabilitação e Condicionamento Físico do FortaleSer, enfatiza que, independentemente da idade, é fundamental que o educador físico consiga fazer com que a atividade física tenha uma adesão a médio e longo prazo. Para isso, o indivíduo deve sentir prazer naquilo que está fazendo.

Para Ana Maria, é importante que o profissional procure individualizar os exercícios de acordo com as particularidades de cada caso. Para as crianças, por exemplo, deve-se pensar em atividades de acordo com a sua preferência, de forma lúdica, envolvendo o componente social e com amigos que também participem dos jogos ou exercícios propostos. Adultos e idosos já são capazes de entender os benefícios do exercício físico à saúde.

“Vale reforçar que à medida que envelhecemos, perdemos massa muscular e condicionamento aeróbico. Não adianta pensarmos em longevidade sem qualidade de vida e capacidade de movimentação. E é a atividade física que vai proporcionar essa funcionalidade mais tardia, de acordo com o processo de envelhecimento. Mas, mesmo assim, é importante considerar as particularidades de cada pessoa e suas preferências. Não existe uma atividade que seja melhor que a outra, e sim aquela em que o aluno tenha mais facilidade. Deve-se levar em consideração a proximidade com o local onde mora ou trabalha e o custo.”
 
 
Ana Maria Pimenta Moraes, educadora física
Ana Maria Pimenta Moraes, educadora física, diz que a pessoa deve sentir prazer naquilo que está fazendo (foto: Henrique Mello/Divulgação)
A educadora física enfatiza que, dentro das orientações técnicas, é importante considerar a individualidade física e biológica de cada um. “A atividade física deve oferecer uma intensidade e um estímulo em termos de esforço e percepção subjetiva de esforço para cada caso, tomando cuidado para que não seja nem de menos, nem para mais. Os parâmetros são importantes, assim como a periodização, o descanso, o tempo de estímulo, intensidade, volume de treino, tanto semanal quando mensal.”


ADAPTAÇÕES 


Ana Maria, especialista em atividade física adaptada, explica como as pessoas com alguma deficiência física podem se manter ativos. “O mais importante é adequar e adaptar a atividade de acordo com a deficiência. Se ela for de membros inferiores, é necessário que envolvam mais o tronco e membros superiores ou vice-versa, se for de membros superiores”, diz.

Atualmente, existe uma grande variedade de modalidades e de adaptações, como pudemos ver recentemente nos jogos paralímpicos. “O estímulo é essencial, já que pessoas portadoras de alguma deficiência já têm uma tendência a terem uma diminuição de condicionamento muscular e cardiovascular maior. O estímulo é importante para manter essa capacidade funcional até para as atividades básicas do dia a dia, para não terem tanta repercussão funcional e clínica no sentido de deixá-las mais vulneráveis a doenças crônicas, e o processo de envelhecimento ter um impacto maior em cima da qualidade de vida.”

Ana Maria também destaca o valor da educação física, ainda que muitos estudantes continuem a pedir dispensa nas escolas. “Em um mundo moderno, na era da tecnologia e da informação é um grande desafio não perder esse aluno. Reforço a questão de buscar a preferência, a socialização, o lúdico e o fato do desafio da atividade esportiva. Além disso, tentar individualizar e trabalhar o componente educacional com os alunos no sentido de eles entenderem as consequências de serem sedentários, de viverem em um país em que mais da metade da população está acima do peso e das doenças que estão relacionadas a isso. Ou seja, é sempre casar o componente educacional com a individualidade e preferência de cada um.”

Mulher correndo
A corrida é uma opção, acessível a todos e sem custo (foto: StockSnap/Pixabay)
 

SEM DESCULPAS 

Cada um é livre para escolher, é possível encontrar um jeito de se movimentar que lhe dará prazer. E falta de dinheiro não é desculpa, há muitas atividades sem custo nenhum, a não ser o da sua vontade. Tem as academias ao ar livre em muitas cidades, sem falar nas ruas, pistas, praças, calçadões, praia, parques, enfim. Ana Maria reforça que, sem dúvida, as academias ao ar livre contribuem para que as pessoas pratiquem mais atividades físicas.

Mas a orientação e execução dos exercícios devem ser respeitadas e observadas. “Os aparelhos foram projetados para pessoas com estatura média, então, aqueles que são mais altos ou mais baixos podem ter alguma dificuldade de posicionamento no aparelho. Eles são fáceis de ser feitos, mas é válido procurar uma orientação para prevenir sobrecargas em articulações, por exemplo. Lembrando que é sempre melhor movimentar do que não fazer nada.”

O corpo é capaz de se adaptar a estímulos. A orientação é que se a pessoa que estiver iniciando determinada atividade e sentir algum desconforto, isso é normal e com frequência e regularidade esse incômodo vai sumir. “Porém, qualquer condição que aumente o desconforto, uma dor persistente ou dificuldade de movimentação em algum membro ou região deve ser analisada por um profissional médico.”

E MAIS...

Comportamento sedentário, você sabe o que é?*

O comportamento sedentário envolve atividades realizadas quando você está acordado sentado, reclinado ou deitado e gastando pouca energia. Por exemplo, quando você está em uma dessas posições para usar celular, computador, tablet, videogame e assistir à televisão ou à aula, fazer trabalhos manuais, jogar cartas ou jogos de mesa, dentro do carro, ônibus ou metrô. Evite ficar em comportamento sedentário. Sempre que possível, reduza o tempo em que você permanece sentado ou deitado assistindo à televisão ou usando o celular, computador, tablet ou videogame. Por exemplo, a cada uma hora, movimente-se por pelo menos 5 minutos e aproveite para mudar de posição e ficar em pé, ir ao banheiro, beber água e alongar o corpo. São pequenas atitudes que podem ajudar a diminuir o seu comportamento sedentário e melhorar sua qualidade de vida.


Exercícios físicos para pessoas com deficiência*

Você pode fazer atividade física independentemente da sua deficiência. Apesar de algumas dificuldades vivenciadas, é preciso encontrar formas de praticar atividade física, seja em atividades individualizadas, que consideram as especificidades de cada pessoa, ou em atividades em grupo, que proporcionam a socialização e interação. A prática deve ser adaptada para que seja confortável e segura. Busque entender quais são as adaptações necessárias para que a prática de atividade física seja acessível. Incentive que os estudantes com deficiência participem ativamente das aulas de educação física. Busque apoio das escolas para que suas estruturas ofereçam boas condições e acessibilidade. Se é um gestor, priorize a acessibilidade. Antes mesmo de ajudar uma pessoa com deficiência em alguma situação, pergunte primeiro como pode auxiliar. Por exemplo, não empurre a cadeira de rodas ou pegue no braço de uma pessoa com deficiência visual sem permissão.

*Fonte: Guia de Atividade Física para a População Brasileira


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