(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas Corpo humano

Os pelos são exclusividade dos mamíferos. Entenda

Os pelos do corpo humano têm a função de conferir proteção contra danos físicos à pele. Assim como os cabelos, eles têm um verdadeiro ciclo de vida


30/08/2020 04:00 - atualizado 28/08/2020 14:12


Bill Bryson, em seu livro Corpo – Um guia para usuários, faz um passeio pelo corpo humano, dos pés à cabeça, de forma envolvente e divertida. São informações incríveis, como o fato de que quanto mais exercício fizermos, mais nossos ossos produzirão um hormônio que melhora o humor, a fertilidade e a memória.

Assim como lembra que os pelos são exclusivos dos mamíferos. “Com a pele sob eles, servem a uma multiplicidade de fins: fornecem calor, amortecimento e camuflagem, protegem o corpo da luz ultravioleta e permitem a membros de um grupo sinalizar entre si, demonstrando raiva ou excitação.”

Mas não se esqueçam, chama a atenção o autor, “de que algumas dessas coisas claramente não funcionam tão bem, já que somos quase pelados”.

André Giannini, cirurgião plástico, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e associado da Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar (ABCRC), explica que os pelos são uma proteção contra os danos físicos à pele.

Ele destaca que a remoção dos pelos, cortando, raspando ou depilando, não tem consequências na raiz. “Ao longo da vida, produzimos cerca de 8 metros de pelos. Temos cerca de 15 milhões de folículos capilares no couro cabeludo. Perdemos cabelo com a idade – cerca de 20% dos homens estão calvos aos 30 anos e 50% dos homens ficam calvos aos 50. O cabelo é bastante resistente à decomposição e dura milhares de anos após a morte. O cabelo e a barba ainda crescem depois da morte por um tempo determinado, até as reservas do corpo se esgotarem, mas não é possível saber por quanto tempo continuarão crescendo.”
 
 
"Poucos imaginam, mas os pelos têm múltiplas funções. Eles fornecem calor, amortecimento e camuflagem, protegem o corpo da luz ultravioleta e até demonstram raiva ou excitação. Já os cabelos têm outras especificidades

André Giannini, 
cirurgião plástico, membro titular da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
 
Os pelos que crescem pelo corpo (pernas, braços, tórax, rosto, pés e genitais) demoram cerca de dois a seis meses para chegar ao seu comprimento máximo, conforme o cirurgião plástico. Já os que ficam no couro cabeludo têm um ciclo de crescimento de dois a seis anos.

Já o tipo de cabelo, conta André Giannini, é definido pelo formato do folículo piloso (onde o fio sai do corpo). Se o canal é cilíndrico, o fio sai liso. Se for achatado, o pelo sai ondulado; se o folículo for muito achatado, o fio sai crespo.

Os cabelos muito cacheados são os mais eficazes, segundo o especialista, porque aumentam a grossura do espaço entre a superfície do cabelo e o couro cabeludo, permitindo que o ar circule. Os cabelos têm cores diferentes devido à melanina, que é a substância que dá cor aos fios. Mas o que define o tom dos cabelos é o balanço entre os dois pigmentos que compõem essa “tintura natural”.

Quando a concentração de eumelanina é maior, o cabelo é mais escuro. Já os cabelos claros e ruivos têm maior predominância de feomelanina, um pigmento mais avermelhado. Os idosos e os albinos têm ausência parcial ou total de melanina, por isso os cabelos brancos.

André Giannini diz que cada fio de cabelo do nosso corpo tem a sua própria glândula sebácea. Pelos e cabelos têm um verdadeiro ciclo de vida.

O cabelo começa a crescer a partir de uma raiz no fundo do folículo, que é alimentada pelo sangue dos vasos sanguíneos do couro cabeludo. Assim, as células que compõem a raiz aumentam, fazendo o cabelo crescer.

Crescendo na pele, em seguida encontra as glândulas sebáceas, que o “engorduram”, tornando-o brilhante e macio. "Com o tempo, no entanto, o cabelo fica gorduroso, e é por isso que precisamos lavá-lo. Quando os fios saem da pele, eles morrem. Por isso, não sentimos dor quando cortamos o cabelo.”

O médico lembra que o cabelo é a moldura do rosto. E o maior estigma estético do homem é a calvície, uma patologia progressiva e incurável. Porém, há vários tratamentos eficazes.

“O transplante capilar é a segunda cirurgia mais realizada em homens: houve um aumento desse procedimento em todo o mundo, subindo 76% entre 2006 e 2014, sendo que neste último ano foram feitas quase 400 mil cirurgias de restauração capilar em todo o mundo, incluindo também o transplante de barba e de sobrancelhas. Provando que a falta de cabelos ou pelos incomoda muito os homens e as mulheres em todo o planeta.”



receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)