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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Fase do América nos obriga a mudar de assunto: virei o jogo!

"Depois de três anos na Série A, esperança do torcedor vai se apagando aos poucos; queda para a Série B não é o fim do clube nem do projeto"


28/09/2023 04:00
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Rogério Simões
Rogério Simões lança o programa 'Virei o Jogo', que vai contar histórias de superação, assim como ocorreu com o América nos últimos anos (foto: Ana Melo/Divulgação)



Esta coluna poderia estar toda em branco, sem nada. Nem letras, nem palavras, nem frases. O silêncio às vezes é a melhor explicação do que estamos sentindo agora: uma apatia, falta de esperança e uma sensação de que estamos caindo a cada jogo de volta à Segunda Divisão, aquela que carinhosamente chamamos de Série B.

Eu gostaria muito de falar para o torcedor que vamos “virar o jogo”. Eu até falaria, já que por tantas vezes fui otimista. Só que, desta vez, sendo bem franco, a situação está muito difícil. Mas, se cairmos, é o fim?

Claro que não. A Série A tem 20 times e quatro caem, ou seja, 20%. Nesta edição, tivemos todos os grandes e que, inclusive, não estão lá embaixo, com exceção do Vasco, que agora respira mais aliviado após a vitória na segunda-feira no Independência, e não deve cair.

Se não vamos conseguir virar o jogo a tempo de evitar a queda (e seu estiver errado, que queime minha língua com gosto), precisamos virar a forma de pensar sobre este rebaixamento. Na minha visão, é uma queda diferente.

Estranho falar isso, mas, desta vez, caímos como um grande, entrando com moral para (repito, se cairmos, claro) jogar uma Série B sem sustos e brigando por título.

Tirando o baque financeiro, isso não é de todo ruim. Talvez um ano para colocar as coisas em ordem, buscar uma final de Mineiro e seguir participando bem da Copa do Brasil. Reestruturações terão de ocorrer, assim como estratégias e novas tomadas de decisão da diretoria.

A nossa virada de jogo pode estar justamente em reconhecer que, embora tenhamos crescido muito nos últimos anos, a realidade vez em quando bate à porta, e encarar ela de frente faz parte.

O Coelho continua com a marca forte. Nós já nos posicionamos entre os maiores do futebol nacional. Agora, como diria meu amigo Rogério Simões, jornalista de Uberlândia, que acaba de lançar o programa justamente com o nome “Virei o Jogo”, é hora de entrar em campo e tocar a bola para a frente, literalmente.

A propósito, é assim na vida e no futebol. E, aproveitando o espaço aqui, convido a todos a acessarem no Youtube o programa, que traz histórias de pessoas incríveis que conseguiram dar a volta por cima após adversidades inimagináveis.

E, pensando bem, lembrando daquele América de 2007 que chegou a disputar a segunda divisão do Mineiro e quase faliu, hoje em dia estamos prontos para, mesmo após momentos de crise, dar uma nova virada, mais bonita ainda do que demos nos últimos anos.

Salve nação, futebol é isso: assim como a jornada neste mundo, tem altos e baixos. Cabe a gente seguir acreditando. O nosso jogo é a gente que vira.



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