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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Filho realiza sonho do pai após AVC

"Quando lhe faltaram pernas, nos divertimos comigo empurrando a cadeira de rodas"; aos 82 anos, o aposentado nunca havia feito uma viagem internacional"


06/07/2023 04:00 - atualizado 05/07/2023 20:02
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Pai e filho com bandeira do América em jogo da Final da Liga dos Campeões entre Manchester City e Internazionale no dia 10 de junho
Filho realiza sonho do pai após AVC (foto: Arquivo pessoal/Guilherme Lima)


Na reestreia da coluna, após um período de férias em junho por conta do nascimento da mais nova ilustre americana, minha filha Sofia, vamos contar cada vez mais histórias de torcedores e como o futebol e a relação com o América impactam suas vidas, seus destinos e suas famílias.

Na última semana, me tocou muito um caso de pai e filho que realizaram o sonho um do outro. O gerente comercial Guilherme Lima, de 28 anos, ajudou seu pai, o aposentado Antônio Henrique Lima, de 82 anos, a tirar seu primeiro passaporte para levá-lo à sua primeira viagem internacional.

E não foi qualquer viagem. Eles foram assistir à final da Liga dos Campeões, entre Manchester City e Inter de Milão, em Istambul, na Turquia, no dia 10 de junho (vitória do City).

Antônio havia sofrido um AVC em 2021 e, de lá para cá, convive com algumas restrições, que não foram suficientes para impedir o ímpeto do filho de levá-lo ao estádio olímpico e hastear a bandeira do Coelhão em um dos eventos de maior audiência do esporte mundial.

Guilherme contou à coluna com exclusividade que, por conta de trabalho, essa foi a primeira oportunidade em oito anos que teve para viajar com o pai. “Ele teve o AVC e, de lá para cá, tento ter mais momentos com ele, mas por algum motivo, desculpas furadas ou receio, a viagem nunca saía. Até que consegui convencê-lo”.

O aposentado participou de todas as programações com vontade única e, segundo o filho, não ligou para as limitações. “Quando lhe faltaram pernas, nos divertimos comigo empurrando a cadeira de rodas ou jogando em cima de um carrinho de carga”.

Guilherme conta ainda que o que viveu vai ficar marcado e não tem preço, reforçando que são por esses momentos que o futebol ainda respira, ao unir pessoas. “Meu senso de realização depois de ter vivido tudo isso é gigante. Seis dias incríveis, que para sempre vou lembrar com muito carinho”.

Paixão antiga

Antônio nos disse que sua relação com o América começou em 1958, quando veio de São Gonçalo do Pará para trabalhar em Belo Horizonte. “Já fui em muitos jogos quando jovem, mas só agora tive a oportunidade de viajar com meu filho para a Turquia, na viagem da minha vida, e ver um jogo como este. Melhor que isso, só o presente que ganhei dele: a bandeira do Decacampeão, que hasteamos juntos na grande final, para ficar marcado para sempre”.

Difícil não se emocionar, não é? Se você também tem um caso marcante para compartilhar e quer ter ele contado aqui, envie email para imprensa@scapolacomunica.com. O futebol é mesmo feito de histórias! Vida longa ao Seu Antônio... E vamos juntos, nação americana, que o segundo semestre promete! Avante.


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