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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Presa fácil, América segue montando times de Série B na A e de A na B

Time tem de vencer o Cuiabá a qualquer custo na próxima rodada do Brasileiro, com ou sem técnico novo após a saída de Lisca


15/06/2021 05:00 - atualizado 15/06/2021 12:01

Aos prantos, Lisca se despediu do América nessa segunda-feira (14)(foto: TV Coelho/reprodução)
Aos prantos, Lisca se despediu do América nessa segunda-feira (14) (foto: TV Coelho/reprodução)


Era tudo o que eu não queria dizer, não tão cedo assim. Mas como a gente fica depois de três derrotas, mostrando um futebol previsível, com um ataque que incomoda pouco e uma zaga que parece estar na espreita do momento que vai tomar o gol?

Sim, eu falo do time, e não necessariamente do Lisca, que fez um bom trabalho, e talvez saia em momento estratégico tanto para ele quanto para o clube. Mas parece mesmo que ele perdeu o carisma e a vontade de fazer o América grande, como tanto prometeu. Vá na paz.

Quem sabe um dia ele volta com a mesma vibração de quando chegou. Mas o que anda pensando mesmo é na saída do Messias. E como aquele grande zagueiro faz falta no sistema defensivo, como líder seguro e competente... Um dos símbolos do Coelho em 2021 e “deixamos” ele sair. Nessas horas, a gente fica sem entender. Parece que o América é mestre em montar times de Série A na B e de B na A. Pode isso, Arnaldo?

Messias era um grande nome, honrava a camisa em todos os sentidos – equilíbrio inquebrável em campo – que deveria ter sido valorizado como uma joia. Não foi. E aí, se você me perguntar, ele não está em nenhum gigante não, foi para o Ceará em transação relativamente discreta.

E o Neto Berola? Ame ou odeie, é um cara diferente que entra no segundo tempo para mudar jogos e oferecer algum perigo. Não temos esse reserva que incomoda e põe fogo na partida no nosso banco da Série A, mas tínhamos na B. Vai entender. Ah, e ele está brilhando no Confiança (SE).

Fico pensando que, se a mentalidade não mudar, continuaremos sendo conhecidos como o famoso time ioiô. Por mais que esteja cedo, a situação já começa a se desenhar como dramática. E é melhor perceber isso agora! Zero pontos em três jogos diz muita coisa, sim.

Agora, durante a semana, teremos mais um termômetro decisivo. Contra o Cuiabá, no Independência, faremos aquele famoso jogo da “obrigação”, o que também é um perigo, principalmente se tratando de América. Afinal, não tem bobo mais no futebol.

Ganhar ou ganhar. É o mínimo a ser feito para que o time possa dizer que começou o Brasileirão e tem alguma perspectiva de não cair. Eu sei que é duro, caro torcedor, mas, às vezes, só uma grande dose de realidade pode colocar a gente nos trilhos de novo.

Desta vez, não vou mesmo me alongar em questões de técnico novo nem de arbitragem. Também tampouco vou falar que perder para o Flamengo é tragédia, pois não é. É preciso, apenas, entrar em campo na quinta-feira, às 16h, e vencer o Cuiabá de qualquer forma, seja qual for o comando.

Depois, a gente calcula o que dá para fazer. Por ora, o que podemos afirmar é: o Mineiro e a Copa do Brasil já foram (e quantos pênaltis mal batidos...). O título do América em 2021 é, definitivamente, ficar em 16º lugar e não cair. Se isso ocorrer, poderemos comemorar, e muito. Será que vão me deixar ter o prazer de escrever sobre uma vitória quando? Salve o Deca, a esperança segue verde!


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