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Estado de Minas OPINIÃO SEM MEDO

100 dias de governo: Lula 3.0 não surpreende e só não é pior que Bolsonaro

Passados cem dias desde a posse, pessoalmente me dou por satisfeito, já que nunca imaginei nem uma coisa nem outra


10/04/2023 11:34 - atualizado 10/04/2023 16:30

Lula da Silva
100 dias de solidão e embromação (foto: Gladyston Rodrigues/ EM/ D.A. Press)
Luiz Inácio Lula da Silva, a quem pejorativamente chamo de “ex-tudo” (ex-condenado, ex-presidiário, ex-corrupto e ex-lavador de dinheiro), foi eleito cercado de forte expectativa por metade dos eleitores que se motivaram a comparecer às urnas. Contudo, a outra metade jamais lhe dedicou o menor voto de confiança, ao contrário, acreditou piamente que o Brasil iria - ou vai - acabar. No mínimo, se transformar na Venezuela ou em Cuba.

Passados cem dias desde a posse, pessoalmente me dou por satisfeito, já que nunca imaginei nem uma coisa nem outra. Desde o início dos anos 2000, eu combato vigorosamente o lulopetismo, que considero um dos grandes males do País. Por outro lado, nunca imaginei que a eleição do líder do mensalão resultasse no fim do Brasil. Aliás, se não torci por sua vitória, desejei fervorosamente o fim do desastre bolsonarista em curso. 

Nestes pouco mais de três meses, muito pouco, ou quase nada, foi feito de verdade. Do pouco visto, só besteiras: mudança (para pior) na Lei das Estatais, no Marco Regulatório do Saneamento Básico, no Voto Qualificado no CARF, ataque à Independência do Banco Central e à Reforma Trabalhista, e ministros demonizando a iniciativa privada e o sistema financeiro. Sem contar, é claro, a costumeira defesa de ditadores e ditaduras mundo afora.

No campo do “quase nada”, de prático, a interrupção do processo demolidor de desmanche da saúde, da educação, do meio ambiente, das relações internacionais, das instituições democráticas, da imprensa livre, enfim, um freio de arrumação no ciclo perverso de destruição, iniciado e muito bem gerido pelo patriarca do clã das rachadinhas e das mansões milionárias, compradas com panetones e dinheiro vivo - e talvez joias arabes.

A boa notícia até o momento é uma só, o tal “arcabouço fiscal” que, por ora, não passa de um bom conjunto de ideias "printadas" sobre um papel em branco, e como muito bem ensina a sabedoria popular, “o papel aceita tudo”. Aumento substancial do salário mínimo, reajuste (para 5 mil reais) da tabela de isenção do Imposto de Renda, Reforma Trabalhista e outras promessas de campanha, nadica de nada, afinal, promessas são só promessas.

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