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Estado de Minas OPINIÃO SEM MEDO

Facada em Bolsonaro, Malhação de Judas, Marielle Franco e tortura juntos

Mau gosto e apologia ao crime não têm ideologia ou lado político; apenas não servem à civilização


20/04/2022 10:12 - atualizado 20/04/2022 11:27

Bolsonaro, carregado, geme depois de facada sofrida durante passeata em Juiz de Fora na campanha de 2018
(foto: Reprodução/internet)


Quando extremistas anti-Bolsonaro colocam em dúvida a facada sofrida pelo então candidato, em Juiz de Fora, durante a campanha de 2018, muito mais do que negar a realidade fazem, por vias tortas, apologia ao crime.

A atitude desprezível, entretanto, encontra eco, infelizmente, dentro do próprio clã das rachadinhas, já que papis e pimpolhos vivem enaltecendo e condecorando criminosos, sobretudo torturadores e assassinos de aluguel.

Aliás, Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, nem sequer reconhece a ditadura militar como um período em que crimes foram cometidos pelo Estado, pois, em sua visão tosca de mundo, tudo aquilo não passou da expressão da vontade popular.   

Ora, ainda que grande parte da população, à época, apoiasse o golpe, ninguém outorgou - ainda que fosse juridicamente possível - aos militares, o direito de torturar e matar milhares de brasileiros em nome da repressão à ameaça comunista.

BOLSOJUDAS

Uma procuradora do Maranhão andou brincando de malhar Judas na Páscoa e usou um boneco do devoto da cloroquina no lugar do apóstolo traidor. Um vídeo, que circula pela internet, mostra a moça com uma faca nas mãos.

A procuradora diz que usou o ‘aço’ para cortar a corda, e não para simular estocadas. O vídeo, inclusive, por provocação da própria servidora, é alvo de investigação, já que foi indevidamente vazado por alguém ainda desconhecido.

O fato é que, ainda que tenha sido uma brincadeira de mau gosto, configuraria apologia à violência, o que é crime, caso assim restasse provado. Porém, não é nada diferente do que fazem bolsonaristas a todo o instante pelo País.

Por exemplo, o deputado Daniel Silveira, o brutamontes que se lascou com o STF, já posou - e não apenas uma vez! - ao lado de outro bolsominion, quebrando uma placa com o nome da vereadora assassinada no Rio de Janeiro, Marielle Franco.

CLÃ DAS RACHADINHAS

Eduardo Bolsonaro, o Bananinha, dias atrás, debochou da jornalista Miriam Leitão, uma senhora com mais de 70 anos de idade e que foi torturada grávida pelos militares, sendo colocada ao lado de uma jiboia em uma cela escura.

O bolsokid disse ter pena da cobra, invertendo a ordem natural das coisas, em franco apoio à tortura. O pai, recentemente, enalteceu outra vez a memória de Brilhante Ustra, oficial do Exército tido como um dos mais cruéis torturadores.

Negar a tentativa de assassinato do amigão do Queiroz ou idolatrar a figura criminosa de Adélio Bispo equivalem-se, judicialmente e moralmente, aos atos praticados e defendidos com fervor pelo bolsonarismo aguerrido.

Se você, leitor amigo, leitora amiga, estão do lado dos fatos, da civilização, não importando o nome e o rosto dos bárbaros, então precisam condenar os atos, e não apenas os agentes da selvageria que tomou conta do Brasil.

Do contrário, como dizia uma antiga propaganda, ‘não faça de seu carro uma arma, pois a vítima pode ser você’, correm o risco de serem alvos do mesmo tipo de barbárie, venha de onde vier, por quem e quando vier.

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