(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas OPINIÃO SEM MEDO

Gente de bem: Jair '1000%' Bolsonaro e Eduardo 'Triplo do Preço' Pazuello

É pura lenda o governo diferente do PT, que não rouba nem deixa roubar. O Brasil jamais estará acima de tudo


16/07/2021 15:08

General-capacho de Bolsonaro, Eduardo Pazuello negociou vacinas por valores três vezes maiores(foto: EVARISTO SA/AFP)
General-capacho de Bolsonaro, Eduardo Pazuello negociou vacinas por valores três vezes maiores (foto: EVARISTO SA/AFP)
A CPI da COVID, provavelmente, terminará como terminam 99,9% das Comissões Parlamentares de Inquérito no país: em uma bela pizza! Convenhamos, assistir a Renan Calheiros investigar suspeitos e distribuir lições de moral, entre uma dose e outra de omeprazol com engov, me faz crer menos na Justiça que na inocência de um certo Luiz Inácio, o meliante de São Bernardo.

Contudo, essa comissão deixará um legado inestimável à nação: provará que Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, na Presidência da República, não é melhor ou diferente do que foi durante seus obscuros 30 anos de vida parlamentar, regada a funcionários fantasmas, rachadinhas e Queiroz. Restará claro e evidente que, com raríssimas exceções, a política brasileira é isso mesmo.

Muita gente, mas muita gente mesmo - eu inclusive - acreditou que era melhor ou, vá lá, menos pior, ter no comando do país militares, supostamente de altíssimo preparo técnico e conduta moral inquebrável, do que o mesmo bando de chupins sindicalistas e apaniguados, pendurados em infindáveis cabides de emprego, sócios de empresários corruptos como há malditos 16 anos seguidos.

BRASIL ACIMA DE TUDO

Nada mais falso, porém, do que a crença em falsos moralistas que ‘chegaram para mudar tudo e acabar com a velha política’. O lema ‘Brasil acima de tudo e Deus acima de todos’, repetido à exaustão pelo devoto da cloroquina e seu séquito, se possui algum tipo de verdade, ela se encontra na segunda parte. Até hoje, e este desgoverno aloprado é prova disso, nada esteve, ou estará, acima dos bolsos gulosos de servidores públicos - inclusive presidentes - e empresários safados.

Outra dessas babaquices (sendo provérbio religioso ou não; pouco me importa) repetida pelo maníaco do tratamento precoce, ‘conhecereis a verdade e a verdade vos libertará’, traz consigo o maior dos temores das castas políticas espúrias que exploram o País, ininterruptamente, há décadas, senão séculos. Pois a verdade, meus caros, é uma só: são um bando de larápios, com menor ou maior grau de ganância e cinismo, e nada mais. O ‘Golpe do Fundão’, aprovado ontem (15/7), que nos surrupia 6 bilhões de reais, está aí como mais uma evidência.

BOLSOPETISMO

Jair Bolsonaro, o pai do senador das rachadinhas e da mansão de 6 milhões de reais, se omitiu - no mínimo!! - vergonhosamente diante de uma suspeita de superfaturamento de 1000% na compra de vacinas. Agora, a CPI descobriu que seu general-capacho, Eduardo Pazuello, que o ajudou a espalhar coronavírus e drogas ineficazes pelo país, aumentando de forma desnecessária e exponencial o número de vítimas fatais por COVID-19, negociou a ‘vachina chinesa do Doria’ por valores três vezes maiores que os do próprio Instituto Butantan, laboratório paulista que produz o imunizante em consórcio com a Sinovac.

Nota-se, portanto, ou melhor, comprova-se, que militares ou não, sindicalistas ou não, o propósito de quem ascende aos governos, em todas as esferas e Poderes, em grande parte não é nem nunca foi trabalhar por um País melhor e pela população que banca a farra toda, mas tão somente adquirir, para si e os seus, benefícios inescrupulosos e, por que não?, pixulecos, rachadinhas e rachadões. 

E tanto pior quando tamanha cretinice parte justamente de quem, se aproveitando e abusando da boa-fé das pessoas, promete fazer exatamente o oposto de tudo aquilo que faz com a caneta nas mãos. Sarney e Calheiros, Collor e Jefferson, Lula e Palocci, Bolsonaro e Pazuello, pouco importa a dupla, entra ano e sai ano, nós continuamos acreditando e… pagando a conta.

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)