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Estado de Minas EM DIA COM A PSICANÁLISE

Segundo turno e as nossas escolhas diante dos candidatos

Ideais éticos norteiam nossas escolhas naquilo que o candidato pode e pretende fazer diante do sofrimento humano. Pelo próximo, pelo mundo, pelo planeta


09/10/2022 09:40 - atualizado 09/10/2022 09:43

Regina Teixeira da Costa

Ilustração traz a figura de um homem andando por caminho que se divide em dois à frente dele

Depois do último domingo, quando fomos às urnas registrar nosso desejo, nossa aposta, votamos em nossos candidatos e ficamos felizes por sermos escutados e contabilizados. O sentimento de que nosso voto é importante e até mesmo indispensável nos valoriza.

Cada cidadão é um voto que vale e produz resultado nas diferenças. Não simplesmente somos apenas cidadãos, mas também o sujeito capaz de tomar posições, que se somam num coletivo que determina os caminhos e o que virá.

Nos sentimos muito importantes e valorizados. Mas o grande impasse continua. Ainda será preciso retornar às urnas e reafirmar o que desejamos e teremos nos próximos quatro anos. E mesmo vendo na realidade os danos causados por um e outro, ainda assim defenderemos um. Ou então nos anulamos e nos omitimos.

Para tal é preciso parcimônia, equilíbrio e tolerância, porque sem problemas não existe nenhum candidato. Enfim, não existe candidato perfeito. Mas é interessante que isso faz notar que somos divididos, separados dos outros que discordam. Sermos divididos é nossa condição mesmo, pois em nós o inconsciente é um outro. E este, do qual nada sabemos ou pouco sabemos, nem sempre concorda com a consciência, mas que habita em nós.

Por isso perguntamos: você quer o que deseja? Uma coisa é o querer e outra é o desejo, este parcialmente ou em grande parte inconsciente. A dúvida faz parte da vida e é grande a diversidade. Ainda assim, temos de ter uma boa capacidade de desprezar incômodos para seguir a vida. Não que não existam sempre pedras no caminho, mas se focarmos nelas, empacamos no caminho.

Na vida, nos resta seguir. Somos então praticamente forçados a uma escolha dentre opções limitadas. Não contamos com possibilidades infinitas, mas humanas, finitas, imperfeitas.
Como as pessoas religiosas, por exemplo, acreditam na guerra espiritual que se trava no momento como se um representasse a vontade de Deus e o outro é o inimigo encarnado.

Não podemos ignorar que em nome de Deus barbaridades já foram cometidas no mundo em que vivemos, tais como as Cruzadas, guerras santas, fogueira para hereges e até mesmo a catequização visando uma fé única e absoluta com supremacia sobre as outras, o extermínio dos índios, a escravidão dos pretos, aqui mesmo no Brasil, até hoje tão colonialista...

Logo vemos que a verdade não é única, mas tomada num registro idealizado, o que quer dizer que é inalcançável. Podemos verificar que não existe uma verdade única e absoluta e que igualmente não se pode exigir que todos se submetam ao mesmo modo de pensar e à mesma maneira de lidar com a própria fé.

Porém, um indicador nos é possível. É lembrar sempre que a escolha do candidato vai ser possível àquele que professa ideais mais próximos aos do eleitor. Ideais éticos norteiam nossas escolhas, cada um com seus porquês. Jogar pedra é perder tempo.

Mas é sempre bom nos lembrarmos  de não esquecer o passado, dos erros e acertos de cada um, dos gestos de cada um em relação aos outros, já que somos o coletivo. De nos pautarmos na capacidade de empatia que nosso representante precisa para nos representar minimamente, e naquilo que ele pode e pretende fazer diante do sofrimento humano. Pelo próximo, pelo mundo, no planeta.

Creio que estes são os quesitos que nortearão as escolhas que ainda podemos fazer. Agora é a hora de escolher, na falta de uma verdade única, o que atende melhor ao coletivo. O individual pode esperar. Pois, acima de tudo, devemos nosso respeito à democracia.








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