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Protesto e reivindicação por uma educação básica de qualidade

Que tipo de adulto se tornarão os órfãos dos governos, jogados na vida sem escuta ou olhar? Crianças de nosso país precisam de afeto, cuidado e atenção. Elas são o futuro do Brasil


postado em 19/01/2020 04:00

De todas as análises sobre o governo no último ano, a que mais me impressionou foi a crítica ao Ministério da Educação. Embora fosse promessa de campanha investir no ensino básico e fundamental, nada decolou. E pelo que vemos ninguém fala nada sobre os planos para este ano. Será que nunca veremos o Brasil cuidar de suas crianças e seus jovens, sabendo-se que a educação de base é formadora de toda uma sociedade?

Realmente, nada de relevante foi realizado nesta gestão do ministro Abraham Weintraub e o que queremos é que ou se apresente serviço ou caia fora e deixe quem sabe fazer. Afinal, o ministro recém-saído (Ricardo Vélez Rodríguez) era um completo desconhecido e não tinha experiência alguma em gestão pública quando empossado. Está claro que nada mais podíamos esperar.

O Ministério da Educação conta com funcionários de carreira experientes, com bons planos e boas ideias para melhorar de fato a educação e não foram escutados e o pior: foram submetidos a um incauto que ameaça demitir aqueles que não concordarem. É grosseiro e sem educação distribuindo respostas no Twitter que dão vergonha até de ler.

Desconhece Paulo Freire. De fato, o que fez este ministro senão escolas militares para agradar ao governo Bolsonaro? Nada contra escolas militares se a qualidade da educação é boa, mas quem não quer carreira militar está à revelia dos cuidados do Ministério da Educação no Brasil.

Decepção, mais uma vez, é o que experimentamos quando se trata de atender aos menos favorecidos da sociedade, já que dependem do Estado para o estudo de seus filhos.

Sabemos que há escolas públicas melhores e piores, porém o investimento é baixo demais. Professores são mal remunerados, material escolar é jogado fora por má gestão, e se não fosse a ajuda de cotas no Enem, provavelmente muitos desses alunos jamais teriam acesso à faculdade.

Fala-se que nem todos precisam ter diploma de nível superior, mas aqui no Brasil profissões de nível técnico são extremamente mal remuneradas, abrindo-se um grande desnível quando comparadas aos profissionais de nível superior.

Então, pais, mães e aqueles que se interessam pela educação de seus filhos precisam fazer pressão para serem contemplados. Vejam o que me disseram sobre uma escola estadual. Uma mãe de uma já mocinha, de 10 anos, que estuda em colégio público, em tempo de tomar a vacina de prevenção contra o HPV, esperou metade do ano pela vacinação que não apareceu.

Para aqueles que não sabem, o HPV é um vírus transmissível sexualmente que pode evoluir para câncer de colo de útero. É silencioso, assintomático e perigoso por isto mesmo. Durante meses estas crianças andaram com seus cartões de vacinação e nada. Nem explicação para a omissão.

E assim é para os órfãos dos governos federal e estadual jogados na vida sem atenção, nem escuta ou olhar, desvalorizados pelas promessas não cumpridas. Que tipo de adulto se tornarão?

Assim como as plantas precisam de adubo, poda e terra nova sempre revolvida e oxigenada, as crianças de nosso país precisam de afeto, cuidado e atenção para se sentirem importantes, tornando-se, então, por este investimento, pessoas que são e se sentem valorizadas.

Vai aqui meu protesto e, ao mesmo tempo, minha reivindicação pelos direitos desses alunos do ensino público, pois são o futuro do Brasil.

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