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Estado de Minas EM DIA COM A PSICANáLISE

O tempo é tema da 23ª Jornada de Psicanálise

Acontecimentos dramáticos na vida do sujeito o expõe ao risco de atos e precipitações que, se não forem escutados a tempo, podem provocar efeitos danosos


postado em 10/11/2019 04:00 / atualizado em 08/11/2019 16:00

“Num claro instante – o tempo da experiência analítica” é o tema escolhido para a 23ª Jornada de Psicanálise da seção Minas da Escola Brasileira de Psicanálise, sob coordenação de Ram Mandil e Graciela Bessa.

As razões que levaram o tempo como tema são apresentadas por Ram Mandil em entrevista ao site da Jornada, abordando os principais eixos temáticos que orientam os trabalhos. Apresento abaixo a proposta do evento anual nas palavras de seus coordenadores.

O convite se dirige a todos os interessados pela clínica psicanalítica. A comissão organizadora propõe entre os temas que serão abordados em diversas conferências e nas mesas de trabalhos que serão apresentados na Jornada Clínica, podemos citar o tempo lógico e seu manejo de acordo como ele é praticado pela psicanálise de orientação lacaniana.
Assim, o que está em jogo em uma sessão analítica não é o tempo cronológico, mas aquele no qual o que importa é a irrupção de um determinado enunciado do paciente, que convoca o analista a fazer uma escansão no tempo. O que se visa é que aquilo que foi dito ganhe importância e, dessa forma, propicie nova leitura do seu sofrimento psíquico.

“Pode me receber ainda hoje?”. Com esta frase tão comum na clínica, queremos designar o tempo da urgência subjetiva. Acontecimentos dramáticos na vida do sujeito o expõe ao risco de atos e precipitações que, se não forem escutados a tempo, podem provocar efeitos danosos. Entretanto, se atendidos no seu caráter de urgência, podem ocasionar, “em um claro instante”, a passagem para um tempo de compreender.

Vão focalizar também as marcas do trauma, um acontecimento que fixa o sujeito em uma determinada posição e que, mesmo que o faça sofrer, ele não consegue vivê-lo de outro modo. As histórias, os atos se repetem, o luto não passa.

Interessa também abordar o tempo que um tratamento analítico requer, o que significa dizer que uma análise pode durar anos, motivo de recusa por parte de alguns que esperam efeitos rápidos, ainda que eles também possam ocorrer. O tempo prolongado de uma análise vai além do desparecimento dos sintomas, pois o que se busca é fazer surgir um saber sobre o que os determina, bem como direcionar a escuta clínica para que o analisante possa se responsabilizar pelo que existe de satisfação em seu sofrimento.

O tempo sempre foi um fator presente na experiência analítica. Desde Freud, a extensão temporal das análises, a duração da sessão analítica e a postulação de que o inconsciente não conhece o tempo foram temas de debates entre os psicanalistas.

Será com Lacan que o tempo se tornará elemento constitutivo da própria prática analítica. Sabemos que seu ensino é atravessado pelas considerações a respeito do tempo, desde a introdução do “tempo lógico” – com as escansões do “instante de ver”, do “tempo para compreender” e do “momento de concluir” – até o seu interesse pelo que podemos chamar de um “tempo topológico”, tema de seu seminário A topologia e o tempo. A 23ª Jornada da EBP-MG retomará o debate em torno da presença do tempo na experiência analítica, tanto em relação ao que um analisante pode dele testemunhar, quanto sobre seu manejo na prática de uma análise de orientação lacaniana.

A jornada será organizada em torno de quatro eixos de discussão nas Simultâneas Clínicas: Manejo do tempo na sessão analítica; Urgências analíticas; Tempo, trauma e acontecimento; Uma análise precisa de tempo.

23ª Jornada de Psicanálise – Seção Minas 
Dias 22 e 23 de novembro, no Hotel Mercure (Avenida do Contorno, 7.315, Lourdes). As inscrições podem ser feitas na secretaria da EBP-MG (Rua Felipe dos Santos, 588, Lourdes), das 15h às 21h, de segunda a quinta-feira; e das 15h às 18h, às sextas-feiras. Informações: (031)3292-5776.

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