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Estado de Minas FORA DA CAIXA

Um balanço da nova economia e seus bons momentos em 2019

Teorias e práticas econômicas conscientes e antenadas com as transformações vividas pelo consumidor marcaram o ano


postado em 28/12/2019 04:00 / atualizado em 28/12/2019 08:21

O líder indígena e escritor Ailton Krenak, que nasceu na região do Vale do Rio Doce, em Minas, vem se destacando como um dos mais importantes pensadores brasileiros(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press - 27/9/19)
O líder indígena e escritor Ailton Krenak, que nasceu na região do Vale do Rio Doce, em Minas, vem se destacando como um dos mais importantes pensadores brasileiros (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press - 27/9/19)
Esta é a última coluna Fora da Caixa de 2019. Ao longo deste ano foi possível abordar novas teorias e práticas econômicas, sejam as já instaladas, sejam aquelas que ainda engatinham: as economias da felicidade, do amor, do propósito e do impacto positivo, a budista, a circular, a ecológica, a digital, a exponencial. Tratamos aqui das comunidades da Terra, ecovilas, permacultura, agricultura sintrópica, êxodo urbano, a “localização” frente a “globalização”.

Destacamos os ecossistemas de startups e inovação, as fintechs e os desbancarizados, blockchain e criptomoedas, tecnologias capazes de mudar os rumos do mercado. Também falamos sobre as transformações em organizações de trabalho e nos comportamentos de consumo. Diferentes conceitos e práticas nos mostraram que vivemos em 2019 uma realidade híbrida, onde lidamos com resquícios de uma era industrial e, ao mesmo tempo, com as novidades da era digital. Sofremos as dores de uma transição, estejamos conscientes disso ou não. Mais do que comemorar indicadores econômicos positivos (que refletem uma estrutura do passado), foi intensificada a reflexão sobre o viver bem dentro dos limites planetários (presente).

Afinal de contas, em 29 de julho, a humanidade esgotou os recursos naturais que o planeta Terra seria capaz de oferecer para o ano inteiro – três dias antes de 2018 e mais cedo do que em toda a série histórica, medida desde 1970. Desde então e até hoje, geramos um crédito negativo a cada dia. Para manter o mesmo padrão de consumo atual, seria necessário 1,75 planeta Terra. As estimativas são da Global Footprint Network. As contas não fecharam em 2019 e não fecharão em 2020.

Em uma edição especial, o Financial Times estampou em sua capa a manchete: “Capitalism – Time for a reset”. Defendeu que o modelo capitalista liberal entregou paz, prosperidade e progresso tecnológico nos últimos 50 anos, reduzindo drasticamente a pobreza e elevando os padrões de vida em todo o mundo. Mas, desde a crise financeira global, esse modelo ficou sob pressão, particularmente o foco em maximizar lucros e valor para os acionistas. “Esses princípios de bons negócios são necessários, mas não suficientes”, destacou em seu editorial.

''Precisamos ser críticos a essa ideia plasmada de humanidade homogênea na qual há muito tempo o consumo tomou o lugar daquilo que antes era cidadania. Transformamos pessoas em consumidores, e não em cidadãos''

Ailton Krenak no livro Ideias para adiar o fim do mundo (Companhia das Letras, 2019)

A posição do Financial Times atesta vozes pulverizadas pelo mundo, da ativista sueca Greta Thunberg, eleita personalidade do ano pela revista Time, ao líder indígena e escritor Ailton Krenak, que nasceu na região do Vale do Rio Doce, em Minas. Krenak – que desde seu discurso na Assembleia Constituinte, em 1987, vem se destacando como um dos mais importantes pensadores brasileiros – critica a ideia de humanidade como algo separado da natureza. Trago essas duas perspectivas em uma provocação: se a conta não fecha com o que está posto, quais são as vozes que também devem ser ouvidas (e não excluídas)? Quem você escuta reflete o passado ou o presente?


Pílulas


» A equipe vencedora do NASA Space Apps Challenge Belo Horizonte, realizado em outubro no Raja Valley, está entre as finalistas do desafio global. Os resultados serão divulgados em breve.

» A belo-horizontina Toro Investimentos foi pioneira ao lançara primeira plataforma de investimentos em renda variável do país que aposentou o Home Broker, complexo sistema de negociação de ações em bolsa de valores. Agora, para estimular a cultura de investimentos, lança campanha que premia clientes com R$ 100 para cada amigo indicado, limitado a 10 (R$ 1 mil).

» A BitcoinTrade lançou uma novidade: o BitcoinBack, sistema de cashback (dinheiro de volta) de bitcoin. O projeto nasce com mais de 300 parceiros, entre eles Submarino, Carrefour, Americanas, Fastshop e Aliexpress. Por meio de uma extensão instalada no navegador, ao fazer compras nesses lugares o usuário pode receber de volta uma porcentagem (até 35%) do valor da compra em bitcoin.

» A startup mineira Nucont, da área contábil, recebeu o seu primeiro aporte: R$ 4,5 milhões injetados pela gestora Cedro Capital, com foco em negócios tecnológicos, e a FC Partners, empresa de fusões e aquisições. Assim, colocará em prática plano de alcançar 50 mil clientes no Brasil.

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