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O progresso tecnológico a baixos preços e que melhora a vida do cidadão

O que mais interessa é o progresso que torna a vida melhor e mais barata, independentemente se isso representou menos crescimento para os paises, na forma tradicional de medir a produção de bens e serviços, conhecida como PIB


postado em 28/09/2019 04:00 / atualizado em 28/09/2019 12:22

Um termo que começa a ser empregado nos Estados Unidos (EUA), e a reverberar em ambientes inovadores brasileiros, é “deflação tecnológica”. É difícil de ser medida usando as ferramentas de uma época industrial, mas é fácil de ser compreendida quando analisadas diferentes trajetórias de queda de preços de bens de consumo e serviços. Quanto já custou – e quanto custa hoje – um aparelho de telefone celular, um computador, uma passagem? Esse movimento, que resulta em pressão menor dos custos de energia e transporte, por exemplo, no orçamento familiar, provoca necessidade de mudança na condução de uma política monetária moderna, exige uma correção de rumo.

O que produz a queda nos preços é o mesmo progresso tecnológico que vem pressionando o mercado de trabalho. Poucos países, entretanto, estão preparados para o que vai ocorrer antes de 2030, alertou o canadense Amin Toufani (foto), líder da área de economia e finanças da Singularity University, localizada no Vale do Silício (EUA), durante o Finance Exponential Brazil, realizado recentemente em São Paulo. “A deflação é a mãe da inovação, mas fomos ensinados a temê-la por associá-la à recessão”, disse. Ele acredita que vamos olhar para esse período da história humana e reconhecê-lo como a demarcação entre a era inflacionária e a era deflacionária.

Catherine Wood, CEO da Ark Invest, que tem US$ 10 bilhões sob gestão, foi eleita pela Bloomberg uma das 50 pessoas que mais impactaram negócios globais em 2018. Para ela, estamos entrando no período mais poderoso da inovação – chave do crescimento para a economia mundial. Mas isso exige nova mentalidade, incluindo novas percepções sobre juros, inflação, Produto Interno Bruto (PIB, ou GDP em inglês) e outras tradicionais métricas de “desenvolvimento” de um país. A deflação tecnológica estaria aí para atestar que melhorar as condições de vida e bem-estar dos cidadãos não necessariamente implica avanço percentual do PIB.

Mais progresso, menos PIB

Empresário e capitalista alemão-americano, Albert Wenger é sócio-gerente da Union Square Ventures, uma empresa de capital de risco sediada em Nova York. Ele destaca em seu livro World after capital (O mundo após o capital) alguns setores onde a redução dos preços provocada por soluções tecnológicas pode trazer 'enormes ganhos” para as pessoas: alimentação (agricultura próxima a centros urbanos), educação (cursos on-line), saúde (diagnósticos mais rápidos e assertivos, telemedicina, prevenção em vez do tratamento de doenças, correção genética) e moradia. “A tecnologia está definitivamente tornando mais barata a construção de um edifício. No início de 2017, a primeira casa impressa usando a tecnologia de impressão 3D móvel foi construída na Rússia em apenas 24 horas”, exemplificou.

A lógica dos economistas preocupados especialmente com o PIB – e não necessariamente com o progresso – é, segundo Wenger, a seguinte: “Se as pessoas antecipam que os preços cairão graças à deflação, elas terão menos probabilidade de gastar dinheiro hoje, o que significa que a produção será menor do que poderia ser. Por sua vez, isso leva os proprietários de capital a fazer menos investimentos, o que resultaria em menos inovação e emprego. Isso levaria as pessoas a gastar ainda menos, fazendo com que a economia se contraia. “Cada vez mais, o PIB não é uma boa medida de progresso porque ignora as externalidades positivas e negativas. Educação e a saúde drasticamente mais baratas serviriam para diminuir o PIB e, claramente, melhorar as pessoas”.

Amin Toufani, líder da área de economia e finanças da Singularity University, localizada no Vale do Silício (EUA), estuda a deflação tecnológica(foto: Finance Exponential/Divulgação)
Amin Toufani, líder da área de economia e finanças da Singularity University, localizada no Vale do Silício (EUA), estuda a deflação tecnológica (foto: Finance Exponential/Divulgação)
 
"O sistema financeiro é a luta da humanidade contra a assimetria da informação, isto é, o que alguns sabem contra o que os outros não sabem. As fintechs reduzem este degrau. Assim, os bancos de fomento devem criar condições para o desenvolvimento dessas empresas”
Juan Ketterer, 
líder de Mercados e Conectividade e Finanças do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)

Agenda
» A CDL-BH e o Sebrae-MG promovem a 4ª edição do Varejo Inteligente Conecta – programa que busca resolver desafios do varejo. O evento de lançamento será na próxima segunda-feira, no Espaço Varejo Inteligente (Av. João Pinheiro, 495, Boa Viagem, BH). Inscrições em bit.ly/2kP9W3M.

» O Inforuso, um dos mais tradicionais eventos de tecnologia da informação, traz como tema as relações humanas na sociedade 5.0 e abriga o StartupCity Summit Minas Gerais. Será nas próximas terça e quarta-feira, no Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1.537, Centro de BH). Saiba mais em sucesuminas.org.br.

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O SingularityU Belo Horizonte Chapter realiza, em parceria com a Localiza, o evento Futuros da Mobilidade, em 30 de outubro, no Órbi Conecta (Av. Antônio Carlos, 681, Lagoinha, BH). Inscrições, com vagas limitadas, serão abertas na terça-feira no site bit.ly/SUbelohorizonte.

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O RD Summit 2019, maior evento de marketing e vendas da América Latina, promovido pela Resultados Digitais, será realizado entre 6 e 8 de novembro, em Florianópolis. Estão previstos 12 mil participantes de todo o país. Informações em rdsummit.com.br. 

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