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Estado de Minas minas em foco

Mercados atacadistas antecipam aumentos de preços de hortaliças e frutas

Ao menos parte das remarcações, que superaram 60% nas negociações entre produtores e distribuidores devem chegar aos sacolões e supermercados


20/08/2021 04:00


Difícil satisfazer desejos de consumo diante da inflação que não tem dado trégua e de um inferno astral determinado pela conjugação de crise hídrica e elevação dos preços dos combustíveis e da energia. Em Minas, as famílias devem preparar o bolso para uma nova safra de aumentos que acabaram de chegar ao atacado, em parte devido aos efeitos das geadas que atingiram as lavouras em julho. Ao menos parcela das remarcações deve alcançar o varejo, encarecendo hortaliças e frutas.

Na Ceasa Minas, as altas de julho chegaram a 13,84% no preço do quilo do mamão negociado entre produtores e distribuidores e varejistas e a 11,87% para a banana, duas das frutas mais consumidas. Houve expressiva correção, da mesma forma, nos preços da maçã, de 8,74%. Os repasses devem se juntar aos de alguns itens que já encareceram nos sacolões, supermercados e mercados, como o tomate e a cenoura.
 
 
Além de frutas como mamão e banana, tomate e cenoura encareceram, no mês passado, nos principais entrepostos da Ceasa(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press - 28/12/20)
Além de frutas como mamão e banana, tomate e cenoura encareceram, no mês passado, nos principais entrepostos da Ceasa (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press - 28/12/20)
 
 
Os reajustes dos preços de tomate e cenoura alcançaram 43,85% e 51,28%, respectivamente, no atacado. Boletim de acompanhamento de preços produzido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) destaca que as elevações de preços nos mercados atacadistas atingiram os principais entrepostos da Ceasa no país.

A maior variação para o preço do tomate, no mês passado, foi observada em Vitória, de 64,57%. A oferta do produto caiu, fato que pressionou os preços, devido ao atraso no desenvolvimento do fruto e no ponto de colheita provocado pelas baixas temperaturas de julho. As perdas promoveram correções de preços na maioria dos entrepostos do país e, de acordo com a Conab, a tendência é de elevação.

A reversão de preços que estavam em queda para a alta de julho, no caso da cenoura, é explicada como consequência do frio intenso e das geadas que caíram em Minas, afetando o fluxo da produção. Os fenômenos climáticos adversos ocorreram entre o fim da safra de verão e o início da temporada de inverno.

A redução da oferta da banana-nanica combinada às exportações da fruta resultaram no aumento de preços no atacado. Na mesma direção, vendas externas positivas da maçã teriam contribuído para os aumentos das cotações do produto negociado entre produtores e distribuidores. Por fim, as ofertas de duas variedades de mamão acompanhadas pela Conab tiveram queda, tanto a formosa quanto a papaya, em decorrência do frio e da entressafra. Com isso, os preços tiveram expressivos aumentos em sete dos 10 mercados atacadistas do país.

Fora do orçamento da comida, não se trata também de tarefa fácil ir ao consumo. Aperto financeiro e inflação alta se incumbem de balançar a pretensão de compra do consumidor. Pesquisa realizada pela Fundação Ipead, vinculada à UFMG, mostrou que o Índice de Confiança do Consumidor de BH subiu, no mês passado, para 36,52 pontos, frente a 35,37 no mês anterior, mas isso não significa uma situação confortável como se poderia imaginar. A progressiva flexibilização das atividades econômicas na capital é coerente com o aumento da pretensão de compra na capital, que avançou 5,49%. A percepção positiva da inflação aumentou 9,02%, seguida de outro componente do ICCBH, a situação financeira da família, que teve crescimento de 6,12%.

A despeito da melhora dos números, a perspectiva pode não se confirmar, tendo em vista a tendência de alta de diversos preços. A mesma pesquisa indicou dois componentes do ICCBH em campo negativo. São eles a situação econômica do país (-3,58%) e o desemprego (-2,41%). Da lista de objetos de desejo, itens de vestuário e calçados representam 13,81% das intenções de compra e lideram a intenção das mulheres. Na segunda posição, aparecem móveis, com 7,14% do total, e em terceiro lugar estão veículos, que respondem por 6,67%, preferidos dos ideais de consumo dos homens.

O risco de calote é que mais preocupa. No Brasil, o primeiro semestre de 2021 terminou com 69,7% das famílias brasileiras endividadas, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O percentual aumentou 1,7% em junho, frente a maio, e 2,5% na comparação com junho de 2020. Outra má notícia é que cresceu de 10,5% em maio para 10,8% em junho a proporção de famílias que disseram não ter condições de pagar contas e dívidas, ou seja, vão continuar inadimplentes.


SONHOS

43,56%

É o percentual de homens que pretendem fazer compras nos próximos três meses em BH, de acordo com a pesquisa do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de Belo Horizonte, realizada pela Fundação Ipead/UFMG
 
 
 
INTEMPÉRIE
Levantamento feito pela Emater-MG estimou que as geadas de julho afetaram 16.622,7 hectares de cultivo de frutas em Minas, o que significa 28% do total dos pomares. O fenômeno também atingiu 13.942,5 hectares com plantio de hortaliças no estado, representando 25,9% da área plantada. Na floricultura, o gelo se formou sobre 13,1 hectares, correspondendo a 39,5% de extensão da cultura.
 
 
A VEZ DO QUEIJO
Hoje e amanhã, os queijos artesanais produzidos na Serra da Canastra terão evento especial para lojistas de São Paulo, realizado em instalações do Sebrae no Centro Histórico da capital paulista. Trata-se da primeira edição do “Canastra na Estrada” para divulgar o produto típico mineiro e a ampliar a sua comercialização.
 

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