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Estado de Minas Mina$ em foco

Mais da metade dos pequenos negócios pretende buscar crédito em 2021

Pesquisa mostra que 30% de empreendedores de micro e pequenas empresas desejam financiamento para melhorias em geral, sinal de recuperação da economia


16/07/2021 04:00 - atualizado 16/07/2021 07:17

De janeiro a junho último os recursos liberados a pequenas empresas de vários setores com o aval do fundo equivaleram a cerca de 70% do montante global oferecido e realizado no ano passado (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 22/4/21)
De janeiro a junho último os recursos liberados a pequenas empresas de vários setores com o aval do fundo equivaleram a cerca de 70% do montante global oferecido e realizado no ano passado (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 22/4/21)
Mais da metade dos empreendedores de micro e pequenas empresas de Minas Gerais pretendem recorrer aos bancos neste ano, movimento que requer avaliações cuidadosas sobre a recuperação da economia. Esse é apenas um dos lados da realidade que a pretensão medida em pesquisa do Sebrae Minas indica.

Não há como negar a importância do crédito, mas é preciso haver limites seguros de endividamento e motivações adicionais ao pagamento de despesas correntes. O que não faz sentido são os arroubos de comemoração, por vários ocasiões, de integrantes do governo e do próprio presidente Jair Bolsonaro.
 
A intenção de buscar crédito em 2021 foi manifestada em levantamento recente por 52% de 800 empresários ouvidos pelo Sebrae Minas, entre donos de micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais. Todos eles tiveram acesso a alguma linha de financiamento entre janeiro de 2020 e março último com recursos do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe) no estado.
 
A principal justificativa para voltarem a recorrer ao empréstimo neste ano não mudou, consistindo na geração de fluxo de caixa, como responderam 47% desses empreendedores. No ano passado, era também essa a maior necessidade de 46% dos entrevistados. A mudança positiva agora é que 30% dos empresários se encorajam a buscar financiamento para melhorias em geral, representando o dobro do universo de empreendedores que, em 2020, indicaram esse desejo.
 
Reforçando esse ambiente mais favorável, 27% dos entrevistados neste último levantamento, de maio, estão empenhados na procura de financiamento como precaução devido ao impacto que a COVID-19 provoca nos negócios, percentual que era de 33% em 2020. A nova acomodação dos resultados, para o diretor técnico do Sebrae Minas, João Cruz,é significado de nova e boa perspectiva.
 
“Há uma expectativa de futuro otimista por parte dos empresários, apontada inclusive no índice de confiança dos pequenos negócios em maio, que chegou a 107 pontos”, afirma João Cruz. A oferta de crédito para os pequenos empreendimentos provocou polêmica no Brasil no último ano e meio de pandemia, expôs as dificuldades de acesso aos financiamentos e enfrentou atrasos nas deliberações do governo a respeito da medida em Brasília. O problema para apresentar garantias e ter acesso ao crédito não é novo e nem desconhecido.
 
João Cruz afirma que além da iniciativa de ampliar a destinação de recursos do Fampe no ano passado, o Sebrae reforçou também o atendimento àqueles que conseguiram aprovação com acompanhamento da gestão financeira dos negócios. Consequência disso, só em 2020, as operações com garantidas do fundo, o Fampe, em Minas cresceram mais de 10% acima do total das transações feitas nos três anos anteriores.

O total de contratos somou, no ano passado, 12.754 operações no estado, avaliadas em mais de R$ 578 milhões. Desse valor de liberações, 64% corresponderam ao aval concedido pelo programa. O Sebrae trabalha em parceria com três instituições financeiras operadoras: a Caixa Federal, o BDMG e o sistema Sicoob.
 
De janeiro a junho último, os recursos liberados com o aval do fundo equivalem a cerca de 70% do montante global oferecido e realizado no ano passado. Em todo o estado, foram fechadas 7.536 operações avalizadas pelo fundo em Minas, as quais passaram de R$ 394 milhões, dos quais aproximadamente 80% foram garantidos pelo Fampe.

A mudança no panorama do crédito que o programa permitiu que chegasse às empresas revela alento e melhora na confiança dos pequenos negócios. De outro lado, requer controle, cuidado com o endividamento e a capacidade de quitação dos empréstimos.
 
Outra rodada do crédito oferecido por meio do programa federal Pronampe foi disponibilizado este mês a custo maior, baseado na taxa Selic acrescida de 6%. Serão até R$ 25 bilhões em empréstimos e o governo, diferentemente do que pediu o Congresso, restringiu a R$ 5 bilhões a destinação de recursos ao fundo garantidor das operações.

Não é prudente pressupor resultados com apenas 10 dias de funcionamento. A promessa é atender a 325 mil empresas. Como diz o ditado, “devagar com o andor, que o santo é de barro”.

Balanço

20 mil é o número aproximado de empresas de pequeno porte e microempreendedores individuais que receberam empréstimos por meio do Fampe nos últimos dois anos em Minas

Artesanto

A Frente Parlamentar e Popular do Artesanato Mineiro foi lançada nesta semana na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, composta de deputados federais e estaduais, vereadores, entidades do setor e instituições públicas e privadas. O grupo promete criar ainda este ano o Plano Mineiro do Artesanato.Estima receita de R$ 2,2 bilhões movimentada pela atividade no estado em 2019 e geração de renda para 300 mil famílias.

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