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Estado de Minas Mina$ em foco

Efeitos da crise hídrica nas lavouras de grãos de Minas são avaliados

Além dos prováveis efeitos da estiagem na oferta de alimentos, impactos no escoamento e distribuição vão sacrificar o bolso das famílias


25/06/2021 04:00 - atualizado 25/06/2021 07:16

Em preparação, 10º levantamento de safra agrícola deve mostrar efeitos da maior crise hídrica enfrentada pelo país, com destaque para o milho(foto: Faemg/Divulgação - 19/10/19)
Em preparação, 10º levantamento de safra agrícola deve mostrar efeitos da maior crise hídrica enfrentada pelo país, com destaque para o milho (foto: Faemg/Divulgação - 19/10/19)

Os efeitos da maior crise hídrica dos últimos 90 anos na produção de grandes lavouras de grãos de Minas Gerais já poderão ser medidos em julho pela Conab, com a análise de informações que começaram a ser pesquisadas esta semana. Os técnicos da companhia acompanham a colheita da chamada safrinha no estado, em especial, nas plantações de algodão, amendoim, milho segunda safra, feijão segunda e terceira safras, sorgo e girassol.

A Conab havia verificado, em maio, tendência de decréscimo nas estimativas da temporada de todas as culturas de grãos em Minas, devido à estiagem intensa e prolongada de 2021. A falta de chuvas prejudica não só o desenvolvimento das plantas, como também derruba a produtividade. Os dados coletados para análise vão compor o 10º levantamento de safra 2020/2021, a ser divulgado em 8 de julho.

O trabalho vem sendo realizado com informações de mais de 60 municípios de nove macrorregiões de Minas, incluindo dados fornecidos por cooperativas de produtores, empresas técnicas de assistência rural, revendas de insumos e empresas de projetos rurais. Todas as culturas enfocadas têm importância para o resultado do setor agropecuário estadual.

Outra consequência esperada e que sacrifica a população são novos aumentos dos preços. A inflação de maio mostrou a influência do reajuste da conta de energia nas residências, provocada pela aplicação do sistema de bandeiras tarifárias, reflexo do acionamento das usinas termelétricas, que produzem a custo mais alto.

Ainda que a crise hídrica não comprometa a oferta dos grãos, qualquer impacto sobre o escoamento e a distribuição desses alimentos deverá sacrificar o bolso das famílias. De acordo com a Conab, no mês passado as chuvas caíram sem grande contraste no Sudeste. Choveu menos, entre 50 mm e 120 mm, nas regiões Central e Norte de Minas, no Espírito Santo, Rio de Janeiro e na porção Leste de São Paulo.

Áreas no Sul de Minas e no restante de São Paulo, por sua vez, registraram volumes ainda menores, de 20 mm a 50 mm de água. Com o novo levantamento da safra que a Conab prepara será possível avaliar melhor as perspectivas de cada cultura. Entre as lavouras que estão sendo avaliadas, o melhor desempenho é esperado do milho.

O estado aguarda expansão excepcional, de 33,2%, frente a safra passada, da área plantada com milho, que poderá atingir 600,5 mil hectares. No entanto, em maio, a Conab já considerava estreita a janela de plantio e uma possibilidade de perda de terreno para outros cultivos, como sorgo, feijão de segunda safra e girassol. Na velocidade em que se processavam no mês passado os milharais cobriam cerca de 80% da extensão prevista.

Em relação ao milho 1º safra, apesar das intempéries climáticas que afetaram o plantio, as lavouras tiveram bom desenvolvimento e a produtividade registrou 6.171kg/ha. O mercado permaneceu aquecido no mês de maio, uma vez que as condições climáticas não contribuíram para o desenvolvimento da 2ª safra, cuja produtividade está aquém da observada no último ano, alertando assim, a ponta compradora.

A temporada dos cultivos de feijão-comum cores e algodão mostram recuo na área plantada frente a safra 2019/2020. O total de 111,6 mil hectares semeados com feijão nesta segunda safra diminuiu 9,1%. A extensão de 30,9 mil hectares destinados à cotonicultura em Minas caiu 19%. A queda dessa cultura de destaque no estado está relacionada à concorrência com outras lavouras que têm oferecido melhor rentabilidade, a exemplo da soja, milho e feijão.

Será essencial que o poder público estude e ajuste os resultados do próximo levantamento de safra da Conab, sinais do que o campo nos reserva, à capacidade de recuperação da economia e aos preços para o consumidor nas prateleiras.

Tanto no ano passado quanto de janeiro a março, a agropecuária salvou o estado de encolhimento ainda maior que o registrado para esses períodos: 3,9% em 2020 e 0,2% no primeiro trimestre de 2021. Será um ano de dificuldade também porque Minas não poderá contar com o máximo desempenho do carro-chefe das lavouras mineiras, o café.

Num período de bienalidade negativa da cultura, espera-se redução de 32,6% da produção – estimada em 23,344 milhões de sacas de café beneficadas – e de 29,3% da produtividade, que não deverá passar de 23,5 sacas por hectare.

OURO NEGRO

A colheita de café em Minas Gerais deverá somar 8,170 milhões de sacas beneficiadas em julho, representando 35% do total, segundo análise de safra publicada neste mês pela Conab. A expectativa é de que o estado contribua com 47,82% das 48,807 milhões de sacas a ser colhidas no Brasil. Da oferta mineira, a variedade arábica concentra 98,5%.

MAIS FEIJÃO

Após concluída a colheita do feijão primeira safra, a produção registrou aumento de 12% sobre a última temporada. Técnicos da Conab esperam que os preços do grão recuem com ao ingresso do produto de segunda safra no mercado consumidor, associado a algum recuo da demanda estimada.

FORNECEDORES

463 - É o número de municípios produtores de café em Minas Gerais, representando 54,3% do total do estado


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