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Estado de Minas MINA$ EM FOCO

Paulo Guedes quer se livrar do passado para vencer crise

Para os mineiros e brasileiros mais afetados pela crise econômica e sanitária, nada indica que será fácil vencer as dificuldades decorrentes do tombo de quase 10% da economia no segundo trimestre, que o ministro colocou na conta do passado


05/09/2020 04:00 - atualizado 05/09/2020 07:14

Como no Brasil, em Minas, a indústria é o setor mais afetado pelos efeitos da pandemia e só deve mostrar recuperação importante no ano que vem(foto: Euler Júnior/EM/D.A Press - 29/6/16)
Como no Brasil, em Minas, a indústria é o setor mais afetado pelos efeitos da pandemia e só deve mostrar recuperação importante no ano que vem (foto: Euler Júnior/EM/D.A Press - 29/6/16)


Bem diferente da personagem de Christopher Reeve na produção americana “Em algum lugar do passado”, que mergulha numa viagem ao tempo antigo e prefere morrer a deixar de lutar pela felicidade que buscava numa vida anterior, o ministro da Economia, Paulo Guedes, quer se livrar o mais rápido do que decretou como passado: o infortúnio da economia brasileira representado no tombo de quase 10% do PIB no segundo trimestre. O cinema, contudo, imita a vida e para os mineiros e brasileiros mais afetados pela crise econômica e sanitária nada indica que será fácil vencer as dificuldades – para eles, sim, presentes –, mas colocadas na conta do passado por Guedes.

Minas Gerais também não fugiu à forte retração. De abril a junho, o PIB estadual encolheu 9,8%, na comparação com o primeiro trimestre. Trata-se do pior resultado em 19 anos de apuração do PIB estadual. Ante o segundo trimestre do ano passado, a queda alcançou 11,2%, como apuraram os pesquisadores da Fundação João Pinheiro. Pesaram, sobretudo, setores determinantes na produção de bens e serviços no estado, a indústria de transformação, serviços de transporte, além do comércio e da atividade extrativa mineral.

Independentemente do tamanho da queda e do fato de ela se referir a três meses atrás, melhor seria que o ministro da Economia assumisse a obrigação que cabe a ele, no cargo, de apresentar saídas à população prejudicada em seu emprego e renda por uma crise que já preocupava antes da pandemia. É também do que precisam se ocupar os governos estaduais e municipais.

Quem milita no dia a dia das famílias que lutam para ter vida digna e próspera sabe que pouco adianta um governo assentado sobre a reação de indicadores do mercado financeiro, câmbio, e de grandes setores exportadores. Não se pode também desconsiderar que por trás da recuperação indicada pelo IBGE da indústria brasileira, que cresceu 8% em julho ante maio, existe perda de 27% acumulada em março e abril que não foi eliminada.

Com base nas projeções da Fundação João Pinheiro, divulgadas em agosto, portanto antes de conhecido o resultado do PIB, o estado poderá encolher 4,9% neste ano, com tropeços de 7,7% da indústria e 4,2% do setor de serviços. A agropecuária tende a crescer, dada a pujança do café, soja e açúcar, com expansão possível de 4,2%. Ao ritmo atual, sem medidas muito ativas de recuperação, Minas só deve voltar a crescer no segundo trimestre de 2021.

Não se trata de ser pessimista; é perceber a realidade e repensar saídas, com políticas inclusivas, de uma dificuldade que não é momentânea, mas estrutural da economia, como afirma a economista Tânia Cristina Teixeira, presidenta do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais (Corecon-MG).  “Cabe criar possibilidades de ativar a economia internamente, com medidas de apoio às micro e pequenas empresas (grandes empregadoras no país), investimentos públicos, políticas setoriais de apoio à indústria e de desenvolvimento.”

Envolvida num programa lançado pelo Corecon-MG para oferecer consultoria voluntária à pequenas empresas, cursos de planejamento financeiro e campanha contra as fakenews, Tânia Teixeira lembra que o cenário de 2021 traz ao estado e ao país maiores preocupações, diante do aumento do desemprego e da queda da renda.

“Com um programa de renda mínima, de fato, pode-se ativar a economia interna. Outros países já fizeram isso. Ou vamos depender do auxílio emergência?”, observa. Também não basta oferecer crédito e que não esteja acessível às pequenas empresas. Em Minas, a agropecuária, e não só os segmentos exportadores da atividade, podem dar resposta positiva para o PIB estadual. Mas, nada disso, na avaliação de Tânia Teixeira, pode ser feito sem investimento público e privado, visão oposta à cartilha muito comum no estado e no país concentrada em corte de gastos.

PADARIAS

O consumo de energia fotovoltaica pelas padarias de Minas Gerais deve crescer. Parceria entre o sindicato do setor (Amipão) e a empresa Solatio, que desenvolve projetos solares, permitiu aos estabelecimentos usar a nova matriz energética, por meio de uma usina em Manga. Segundo a Amipão, há outras duas usinas disponíveis para incrementar o acordo.

EMPREGOS

A fabricante de alimentos CJ Selecta, subsidiária no Brasil do grupo sul-coreano Cheil Jedang, informou à Prefeitura de Uberlândia que vai transferir para o município sua matriz, hoje, localizada em Goiânia. A transferência deve resultar em abertura de 80 a 100 empregos na cidade-polo do Triângulo mineiro.

CAPACITAÇÃO

25 mil
É o número de vagas anunciado pelo governo de Minas em cursos gratuitos e on-line para qualificação profissional, em parceria com a empresa privada Digital Innovation One.Cadastro de interessados no site www.uaitec.mg.gov.br.


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