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Estado de Minas MINA$ EM FOCO

Uma nova inflação, dos apps e do pão de queijo

Do cálculo na Grande BH, saíram o cafezinho fora de casa, quiabo, farinha de milho, doces, aparelho de som, aparelho de DVD e máquina fotográfica, entre outros


postado em 25/10/2019 06:00 / atualizado em 25/10/2019 10:01


Cafezinho tomado fora de casa foi um dos itens que saíram da estimativa da inflação na Grande BH Quiabo Café Inflação IPCA Queijo Doces (foto: Museu do Café/Reprodução )
Cafezinho tomado fora de casa foi um dos itens que saíram da estimativa da inflação na Grande BH Quiabo Café Inflação IPCA Queijo Doces (foto: Museu do Café/Reprodução )


Será o fim do cafezinho? Difícil imaginar uma cesta típica de gastos dos mineiros sem contar a xícara tão familiar pedida na lanchonete, além de outros produtos sempre presentes na mesa, como o quiabo e o fubá de milho.

Os tempos é que são novos para o orçamento e a inflação na Grande Belo Horizonte e no Brasil, medida pelo indicador oficial do custo de vida, o IPCA, do IBGE. A revisão do cálculo, com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, que o instituto anunciou na semana passada, promete retratar agora com mais fidelidade a vida moderna das grandes cidades.     

Da estimativa da inflação na Grande BH saíram o cafezinho tomado fora de casa, quiabo, fubá de milho, doces, aparelho de som, forno de micro-ondas, CD, aparelho de DVD, máquina fotográfica, fotocópia e telefone público, entre 64 subitens excluídos do cálculo.

Outros 46 entraram, entre eles mandioca, farinha de mandioca, picanha, tilápia, conserto de aparelho celular, conserto de bicicleta, cabeleireiro e barbeiro, instrumento musical, serviço de higiene para animais, cinema, teatro e concertos, transporte por aplicativo, serviços de streaming, combo de telefonia, internet e TV por assinatura.   

Pão de queijo e os ingredientes da iguaria – queijo e polvilho – continuam a ser pesquisados dentro e fora do domicílio, mostrando a força da receita mineira nas despesas. Os novos hábitos captados pelo IBGE mostram, contudo, que as refeições fora de casa tomaram seu espaço e produtos a exemplo do cafezinho, de baixo valor individual, perderam representatividade nos gastos familiares, como observa Venâncio Otávio Araújo da Mata, coordenador da pesquisa de índices de preços do IBGE em Minas.   

“As pessoas da Região Metropolitana de BH têm consumido mais lanches e fast-food”, afirma. O café não deixou a pesquisa, permanece na lista de subitens dentro do domicílio. “Acreditamos que os subitens de alimentação retirados do cálculo da inflação saíram pela perda de espaço em relação aos gastos com transporte.”   

A primeira conclusão dos técnicos, ao analisar os resultados da POF 2017-2018, foi que o mineiro da Grande BH tem gastos maiores de locomoção do que com alimentos e bebidas. Isso explica o ingresso dos aplicativos de transporte no cálculo do IPCA. A revisão dos orçamentos após década também tratou de introduzir hábitos que já faziam parte da vida da população, mas eram desconsiderados.   

Os técnicos do IBGE enfrentaram essa dificuldade no dia a dia da pesquisa. Venâncio da Mata se lembra de como era difícil encontrar, nove anos atrás, os cartões de telefone público e medir as variações de preços de revelação de filme fotográfico e xerox. Não foi diferente com relação aos telefones públicos. “São itens que entraram em desuso, mas continuávamos a pesquisá-los com muita dificuldade pela falta de revisão do cálculo da inflação”, afirma.  

 Parte dos subitens que entraram na pesquisa se deve ao avanço da tecnologia, a exemplo dos serviços de streaming. À comunicação moderna pode também ser atribuída a retirada de outra parte de despesas, como telefone público, xerox e revelação de filmes fotográficos.   

Há também uma boa carga de mudanças prevista na nova inflação a partir do próximo ano que pode ser creditada aos novos hábitos de mineiros e brasileiros. O suco em pó é um desses produtos favorecidos com a celebridade.

Até então, era pesquisado dentro de uma categoria dedicada ao item e, com a revisão, passou a fazer carreira solo na pesquisa do IPCA. Da mesma forma, o requeijão, tão apreciado pelo consumidor em Minas, ganhou espaço com o desmembramento da classe de despesas decorrentes dos alimentos e passou a aparecer sozinho, pleno de relevância nos gastos da população.   

Leite em pó e manteiga, e sorvete e picolés fora do domicílio conquistaram lugar especial, fazendo jus ao peso maior entre as despesas das famílias. O tratamento de animais cumpriu o mesmo caminho. O IBGE marcou para janeiro de 2020 a primeira coleta de dados baseada no novo cálculo do IPCA e do INPC.

Os resultados vão compor a nova inflação que os brasileiros conhecerão em fevereiro. Expectativas à parte, a rigor, cada um tem a sua inflação e aquele sentimento que a dona de casa jamais consegue esconder sobre como vê sua família representada no índice oficial do governo. Valerá a pena conferir em 2020.    

PORTA ABERTA
12,1% 

Foi quanto aumentou o número de registros de abertura de empresas em Minas Gerais de janeiro a setembro, de 40.560, frente aos primeiros nove meses do ano passado. 



ESTÁGIO NA USIMINAS
A siderúrgica Usiminas recebe até domingo inscrições ao programa de estágio da companhia para 2020. São, ao todo, 120 oportunidades relativas a 40 cursos nos níveis de formação superior e técnica para diversas cidades em Minas, São Paulo e Espírito Santo. A Usiminas oferece bolsas-auxílio, alimentação na empresa, transporte e seguro de vida. Os interessados devem se inscrever no site https://estagiousiminas.com.br.


ESTÁGIO NA VALLOUREC
As inscrições ao Programa de Estágio 2020 da Vallourec Soluções Tubulares do Brasil (VSB) poderão ser feitas de 28 de outubro a 17 de novembro pelo site estagiovallourec2020.com.br. A siderúrgica vai oferecer vagas a estudantes de nível técnico e de graduação na unidade Barreiro (para moradores de Belo Horizonte e região metropolitana), no parque industrial de Jeceaba (moradores de Jeceaba, São Brás do Suaçuí, Entre Rios de Minas, Congonhas, Ouro Branco e Conselheiro Lafaiete) e na Vallourec Mineração (moradores de Piedade de Paraopeba, Brumadinho, Nova Lima, Belo Horizonte e Grande BH). 

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