Mário Fontana

A eleição do jovem senador por Amapá Davi Alcolumbre Tobolem (DEM) para a presidência da Casa, derrotando o alagoano Renan Calheiros, marcou a ascensão ao cargo, pela primeira vez na história parlamentar do Brasil, de um político de origem judaica. O pai  dele é o mecânico José Tobelem, judeu marroquino. Davi foi deputado federal duas vezes. Cumpre o primeiro mandato no Senado, para cuja presidência foi eleito com apoio de Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil de Bolsonaro.

Foi publicado em São Paulo o primeiro compêndio sobre o uso adequado do telefone celular por parte dos brasileiros. Ensina como o dono do aparelho deve se comportar na vida social e em negócios a fim de evitar ferir suscetibilidades, demonstrar falta de polidez e de atenção com seus interlocutores. São apontadas 31 infrações cometidas constantemente. O uso desvairado do celular na mesa de refeições, conversas, estudos, espetáculos, direção de veículos, concertos, conferências e ao caminhar – enfim, em vários locais públicos ou fechados – tornou-se uma praga, principalmente por parte dos jovens.

***

Pior é que o mal parece ser universal. É claro que o livro não vai adiantar, mas pelo menos é mais um instrumento a denunciar abusos que ocorrem numa área em que atos de falta de consideração para com o próximo estão ultrapassando os limites.

O agente de viagens Roberto Fagundes, ex-presidente da Associação Comercial de Minas, foi quem levou a primeira turma de turistas mineiros para conhecer o famoso hotel Sabi Sabi, especializado em safáris. Fica no Parque Nacional Kruger, na África do Sul, e está completando 40 anos. Por sorte, este colunista fazia parte da turma. Na década de 1980, o Sabi Sabi só dispunha de um hotel-safári, o Bush Lodge. Atualmente, são cinco locais de hospedagem de luxo em plena selva.

***

Como a caça foi proibida na região há 50 anos, os animais andam à solta. Principalmente os cinco grandes: leão, elefante, rinoceronte, leopardo e búfalo. O Sabi Sabi organiza jantares ao ar livre, à luz de velas, sob o reflexo pálido da lua africana. Em volta, ecoam rugidos assustadores...

Amanhã, completam-se 39 anos da visita histórica do papa João Paulo II a Belo Horizonte, a primeira de um Sumo Pontífice ao país. Evento monumental, que, acredita-se, jamais será repetido na cidade. Estimou-se que cerca de 2 milhões de belo-horizontinos e mineiros de outras praças saudaram João Paulo II nas ruas, aclamando-o com o refrão “rei, rei, rei, o papa é nosso rei”. Nada menos de 1 milhão de pessoas assistiram à missa rezada na hoje chamada Praça do Papa. Na época da visita, em julho de 1980, a população católica do Brasil ainda não havia sofrido os desfalques portentosos registrados em suas fileiras devido à expansão das igrejas neopentecostais.

O advogado Igor Rousseff, boa praça e único irmão da ex-presidente Dilma Rousseff, que nos dias de glória dela jamais usufruiu do parentesco, de vez em quando tem sua ausência lamentada por amigos do Automóvel Clube, local que frequentava com assiduidade até o impeachment. Como não dá notícias, amigos suspeitam que se recolheu de vez à cidade de Passa Tempo, onde viveu nos últimos 20 anos, devido à insuspeitada condição de misantropo. 

Em decisão acertada, diretores do Sindicato das Indústrias de Panificação e da Associação Mineira da Indústria de Panificação, entidades fundadas há cerca de 50 anos, resolveram atuar sob o comando de um só presidente. O primeiro escolhido é o empresário Vinicius Dantas, que responderá pela administração do sindicato e da associação, unidos sob a sigla Amipão. Isso facilita decisões e a união da classe, responsável por sete mil empresas de médio, pequeno e micro portes. Emprega cerca de 80 mil funcionários.

O mercado varejista brasileiro, principalmente no que toca a supermercados e redes de eletrodomésticos, não só continua fustigado por duas grandes mazelas, além do aumento de contratempos desagradáveis. Amarga perdas provocadas por encalhes, vencimento de datas de validade e conservação de bens perecíveis. Tem ainda de lidar com os furtos, que, em 2018, aumentaram 7% e este ano devem crescer mais ainda. Desemprego, crise econômica e falta de dinheiro só fazem aumentar o problema. É uma pena...

O tempo passa, o tempo voa. A data de hoje marca o 17º aniversário da morte de Chico Xavier, mineiro de Pedro Leopoldo, que se tornou a maior figura do espiritismo no Brasil. O médium morreu em 2002, em Uberaba, com 92 anos. Dedicou a vida a atividades espirituais e à filantropia. Foi um dos autores que mais vendeu livros no país, junto com Paulo Coelho e Jorge Amado. Calcula-se que teria psicografado 450 livros e vendido mais de 50 milhões de exemplares. Em 2012, em uma promoção do SBT/Alterosa, foi eleito o maior brasileiro de todos os tempos, o que faria o general Guedes dizer: “Tinha de ser Minas”. Em 1981, Chico foi indicado para receber o Prêmio Nobel da Paz, mas não vingou.

A respeito do megainvestimento de R$ 349 milhões que a Magnesita fará em seu complexo em Contagem, divulgado na sexta-feira pela coluna, o presidente para a América Latina da empresa, Francisco Carrara, informa que que R$ 64 milhões serão aplicados na construção da nova sede, na Cidade Industrial. O valor dá a entender que será algo portentoso. Já os restantes R$ 285 milhões serão destinados a quatro fábricas de refratários paraa  siderurgia e a indústria de cimento. O objetivo é aumentar em 35% a exportação de produtos. Detalhe: a empresa é dona da segunda maior mina de magnesita do mundo, em Brumado, na Bahia, e fabrica 30 mil tipos de refratários diferentes.