Os reservatórios das usinas hidrelétricas, que respondem por cerca de 56% da matriz elétrica brasileira, estão iniciando o período chuvoso abastecidos de água. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as hidrelétricas do Sudeste-Centro-Oeste, que somam 70% da capacidade de geração hídrica do país, estão fechando setembro com 51,09%, o que corresponde a um nível quase três vezes maior do que o registrado em 20 de setembro do ano passado, quando estavam em 18,05% e dispararam o alerta para o risco de racionamento de energia elétrica no país, fazendo ressurgir o fantasma do apagão de 2001.
Grandes usinas mineiras também estão com bom nível de armazenamento no início do período chuvoso, indicando que a ocorrência de chuvas na primavera e verão pode permitir o uso contínuo da geração hídrica para atender à demanda. Em Furnas, que tem o maior reservatório do sistema Sudeste-Centro-Oeste e responde por 17%, o nível nesta semana está em 60,15%, enquanto Três Marias, segundo maior reservatório do Nordeste, representando 31,03%, está com 62,70% de água.
Hoje, a CMU tem 80 mil clientes na GD e planeja chegar a 200 mil, enquanto na autoprodução há 70 propostas em negociação. Neste ano, a CMU deve faturar R$ 300 milhões, valor 50% maior do que em 2021.
Eólicas e solares são mais eficientes no período seco, quando os ventos e a incidência dos raios solares são mais intensos. De acordo com o ONS, há uma complementariedade entre a geração eólica na temporada dos ventos no Nordeste (período seco) e a geração hidráulica se beneficiando com as chuvas mais intensas no Sudeste e Centro-Oeste. Hoje, eólica e solar respondem por cerca de 15% da matriz elétrica e a perspectiva é que essa participação aumente progressivamente nos próximos anos.