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Estado de Minas Bra$il em foco

Elevação das taxas de juros joga água fria no crescimento da economia

O próprio Federal Reserve reduziu a previsão de crescimento da economia norte-americana este ano de 2,8% para 1,7% após elevar os juros.


16/06/2022 04:00

Placas com preços em loja do Brooklyn, em Nova York
Anúncio de preços em estabelecimento no Brooklyn, em Nova York: Fed anunciou aumento de juros para tentar conter a inflação (foto: Spencer Platt/Getty Imagens/AFP)

A elevação das taxas de juros nos Estados Unidos em 0,75 ponto, para o intervalo entre 1,50% e 1,75%, veio acima da expectativa inicial de 0,5 ponto mas de acordo com sinalização do Federal Reserve (Fed), o Banco Central.  A taxa e a perspectiva de alta das taxas na Zona do Euro nos próximos dias acenderam o alerta para o risco de uma recessão na economia mundial, com o arrocho monetário para combater as altas taxas de inflação na América e nos países da Europa, pressionadas pela guerra na Ucrânia somada às medidas de restrição social na China. A continuidade da pressão inflacionária pelas incertezas geopolíticas e a elevação das taxas de juros em todo o mundo vão frear uma recuperação mais acelerada da economia no pós-pandemia. No início do mês, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu a projeção de crescimento da economia mundial de 4,5% para 3%.

O próprio Federal Reserve reduziu a previsão de crescimento da economia norte-americana este ano de 2,8% para 1,7% após elevar os juros. “O efeito de um reajuste de taxa de juros não é imediato na economia, onde cada ponto percentual elevado vem a ter efeito de fato na economia entre 3 e 6 meses depois. E esta política de elevação de juros para combater a inflação terá impacto na atividade econômica”, analisa Rodrigo Simões, especialista em finanças e economia e professor da FAC-SP. Crescendo menos e elevando juros, a maior economia do mundo vai afetar a atividade econômica em outros países, principalmente os que exportam para a América.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou ontem a taxa básica de juros da economia brasileira pela 11ª vez consecutiva, com a Selic passando de 12,75% ao ano para 13,25%, sem surpresas e indicando que um novo aumento de 0,5 ponto percentual possa ocorrer. A taxa é a maior desde dezembro de 2016, quando estava em 13,75%. Nos EUA, na Europa e no Brasil, o aumento dos juros vão reduzir a atividade econômica. Para o Brasil, a OCDE baixou o PIB de 1,4% para 0,6% este ano. Para Simões, o Copom terá que fazer um novo ajuste nas taxas de juros na próxima reunião, “para que a inflação brasileira comece a convergir para menos de dois dígitos até o final de 2022 e aproximadamente no teto da meta em 2023”.

“O Banco Central sinalizou, em comentário pós-reunião, outra alta de igual ou menor magnitude, considerando que estamos em ambiente de crescente incerteza”, observa Cristiane Quartaroli, economista do Banco Ourinvest. Ela analisa que tanto a sinalização do Fed quanto a do Copom indicam que a taxa de câmbio deve permanecer em patamar elevado. Para ela, a autoridade monetária brasileira está em convergência da inflação para ao redor da meta em lugar de exatamente na meta, o que deve alimentar a instabilidade no câmbio. “A nota de hoje (ontem) do Copom veio, de certa forma, na mesma coloração da postura do Fed, sinalizando risco de inflação elevada, riscos internacionais e que precisa persistir no ajuste monetário”, avalia o economista-chefe da Acrefi, Nicola Tingas.

Com a cotação de petróleo próxima a US$ 120 o barril do tipo brent e previsões indicando que o barril possa chegar a US$ 150 e os problemas existentes nas cadeias de abastecimento, os preços devem continuar pressionados ainda por mais tempo, obrigando os bancos centrais mundo a fora a elevar ainda mais as taxas de juros, inibindo consumo e investimentos e elevando a dívida de empresas e estados. A previsão para este ano, com as sucessivas elevações da Selic é de que o país gaste R$ 700 bilhões apenas com os juros da dívida, valor R$ 251 bilhões maior do que o registrado no ano passado.


Fundos
R$ 10,3 bilhões

é o valor da captação líquida dos fundos no Brasil entre 6 e 10 de junho, segundo dados da Anbima


Seminovos
Uma das mais valiosas startups do país, a Kavak desembarca em Belo Horizonte com um show room na região do Barreiro. Especializada na compra e venda de carros seminovos, a Kavak iniciou operações no Brasil em 2021 com investimentos estimados em R$ 2,5 bilhões. A startup com 500 veículos na capital mineira e um catálogo virtual com mais de 5 mil veículos seimnovos recondicionados e prontos para venda.

Logística
Polo industrial no Sul de Minas, a região de Extrema (MG) está praticamente sem terrenos para construção de galpões para atender os setores de varejo, transporte e logística e e-commerce. De um total de quase 640 mil metros quadrados instalados na região, praticamente todos estão alugados, segundo levantamento da SiiLA, multinacional de soluções de dados e análises para o mercado imobiliário comercial.



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