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Estado de Minas BRA$IL EM FOCO

Alta dos juros no mundo vai impactar no crescimento do planeta e do Brasil

Inflação alta corrói os salários e juros altos encarecem o crédito e o pagamento de dívidas, além de inibir investimentos. Por consequência desaceleram o PIB


17/03/2022 04:00 - atualizado 17/03/2022 07:47

Portaria do prédio sede do Banco Central do Brasil em Brasília
Diretores do Banco Central decidiram subir a Selic de 10,75% para a 11.75%, como previsto pelo mercado financeiro (foto: JusBrasil)
Apertem os cintos porque os tempos de arrocho financeiro estão de volta para dar conta de uma inflação de preços e de custos que acelera em todo o mundo, na esteira dos reajustes das commodities por desarranjos no mercado global e suas cadeias de suprimento, inicialmente pela pandemia e, agora, pela invasão da Rússia na Ucrânia e as sanções econômicas impostas a Moscou.

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a taxa básica de juros Selic de 10,75% para 11,75% ao ano e a do Federal Reserve – Banco Central dos EUA – de subir as taxas mantidas próximas a zero durante a pandemia em 0,25 ponto marcam um processo que será seguido por bancos mundiais em todo o mundo, principalmente na Europa.
 
O remédio para combater a aceleração dos preços, que corrói o poder de compra dos salários e afeta a demanda, pode estancar o crescimento econômico mundial. Organismos internacionais estão refazendo as contas, mas o Fundo Monetário Internacional (FMI) já sabe que a economia mundial não crescerá os 4,4% projetados anteriormente.

Para os investidores consultados pelo Banco Central, a previsão do PIB, que há 30 dias estava em 0,3% passou, agora, para 0,49% neste ano. No entanto, essa projeção deve voltar a cair com a decisão de ontem do Copom e os efeitos da guerra na Ucrânia se consolidando na economia mundial. Há quem veja risco, inclusive, de nova recessão técnica.
 
Os Estados Unidos enfrentam a maior inflação em 40 anos, com taxa anual de 7,5%, enquanto no Brasil as projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano saltaram de 5,03% na primeira semana de janeiro para 6,45% na última semana, indicando que por mais um ano o índice de preços vai estourar a meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

No ano passado, o IPCA subiu pouco mais de 10%. E essas projeções não incorporam os reajustes aplicados pela Petrobras na semana passada, de 24,9% para o diesel, 18,7% para a gasolina e 16% para o gás de cozinha. Esses aumentos são um complicador, porque representam inflação de custos, pressionando repasse de preços nos setores intermediários até chegar ao bolso dos consumidores.
 
Inflação alta corrói os salários e juros altos encarecem o crédito e o pagamento de dívidas, além de inibir investimentos. Por consequência, desaceleram o PIB. Mas o remédio amargo tem também o efeito de atrair capital externo para o Brasil, contribuindo para a queda do dólar frente ao real – ou impedindo que ele continue subindo com pressões internacionais – e dessa forma auxiliando no combate aos reajustes de preços.

Outro fator que pode contribuir para reduzir pressões inflacionárias no mundo é a nova onda da pandemia de coronavírus, com aumento de casos na China e na Europa, exigindo medidas de restrição social e desaquecendo a demanda.
 
Para os economistas do FMI, o impacto do conflito na Ucrânia sobre a inflação na América Latina é certo, mas o arrefecimento econômico não. Isso, porque o custo maior com a importação de petróleo nos países da região pode ser compensado com exportações de hidrocarbonetos, cobre, minério de ferro, milho, trigo e metais, cujos preços também estão altos e podem gerar uma receita maior do que o custo da importação, impactando positivamente na atividade econômica.

Por enquanto, o que se tem sãos os juros subindo, o que, para os empresários, é um desestímulo aos negócios. Mas esses já começaram o ano estagnados na construção civil e nos serviços.

No lucro

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) fechou o último trimestre do ano passado com receita líquida de R$ 2,4 bilhões, valor 54% superior ao registrado no mesmo período de 2020, enquanto o volume de vendas teve alta de 3% em igual comparação. O resultado mostra o impacto da alta dos preços do alumínio em 2020, que subiram 44%, a US$ 2.672 a tonelada. Detalhe: anteontem, a tonelada estava a US$ 3.217,50 na bolsa de Londres.

Em alta

A Usina Hidrelétrica de Furnas, no Rio Grande, que acabou de completar 65 anos, está celebrando a data com a recuperação do volume útil do reservatório no Sul de Minas. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o reservatório está com 78,51% da sua capacidade, contra 33,13% no fim de fevereiro de 2020. O volume foi alcançado com a estratégia do setor elétrico de preservar água nas usinas no período chuvoso.

Negócios

R$ 22,4 bilhões, foi o valor das fusões e aquisições feitas no Brasil em janeiro, envolvendo um total de 176 transações, segundo relatório mensal do Transaction Track Record. Significa crescimento de 61% no número de transações em relação ao mesmo período de 2021.

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