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Estado de Minas Bra$il em foco

Indicadores econômicos ignoram otimismo do governo com desaceleração

Os números de outubro mostram que a economia, que vem de quedas no segundo e terceiro trimestre, começa o período dos últimos três meses do ano desaquecida


16/12/2021 04:00 - atualizado 16/12/2021 07:42

O ministro da Economia tem afirmado que a economia brasileira terá desempenho melhor do que o projetado pelo mercado financeiro
O ministro da Economia tem afirmado que a economia brasileira terá desempenho melhor do que o projetado pelo mercado financeiro (foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados - 23/11/21)
A equipe econômica do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) insiste em defender que os economistas estão errados e que o crescimento econômico brasileiro será mais forte do que projetam os números. Ocorre que economistas e analistas financeiros não se comportam como torcedores para que os indicadores caminhem para este ou aquele lado. Analisam os números e estes são frios – embora com relação a estatísticas estejam sempre um pouco atrasados. São os números que lastreiam as projeções feitas semanalmente e compiladas no boletim Focus – Relatório de Mercado, do Banco Central.

Uma análise dessas projeções do ponto de vista da equipe econômica do governo vai identificar um erro já de cara em relação a este ano. Em janeiro, às vésperas da segunda onda da COVID-19, os economistas previam um crescimento de 3,49% para este ano e de 2,50% para 2022, com uma inflação medida pelo IPCA em 3,50% nos dois anos. Nesta semana, o Relatório de Mercado projeta aceleração do PIB de 4,65% agora e de 0,50% nos próximos 12 meses. A previsão “errada” que incomoda o governo não é a que aponta para um crescimento acima do esperado em janeiro para o PIB deste ano, mas sim o tombo na projeção para 2022. Para este ano, apenas a partir do fim de maio e início de junho o mercado começou a projetar crescimento de mais de 5%, uma vez que ali já se sabia que a atividade econômica no primeiro trimestre crescera acima do previsto. Com a inflação alta e a elevação dos juros as projeções foram caindo.

Essa piora nas projeções é fruto da expectativa dos agentes financeiros em relação à omissão da equipe econômica em tomar medidas para evitar desarranjos nas contas públicas (postergar pagamentos de títulos não está dentro da normalidade) ou o risco de racionamento que elevou as tarifas de energia e fez a inflação catapultar e estar hoje quase três vezes maior do que a projeção do início do ano. Nesta semana, o Focus trouxe projeções de alta do IPCA em 10,05% este ano e em 5,02% em 2022. Para conter essa escalada, o Banco Central eleva os juros básicos da economia, o que encarece o crédito e afeta o crescimento da economia. A expectativa é de que a Selic, hoje em 9,25% ao ano, se aproxime de 12% em 2022.

Os números de outubro mostram que a economia, que vem de quedas no segundo e terceiro trimestre, começa o período dos últimos três meses do ano desaquecida. As vendas do comércio varejista recuaram 0,9%, a produção da indústria caiu 0,6% e o faturamento do setor de serviços teve retração de 1,2%. Desses setores, comércio e indústria estão em queda há três meses seguidos, enquanto serviços tiveram a segunda retração consecutiva. Com isso, o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-br), divulgado ontem, revelou redução de 0,4% em outubro em relação a setembro e de 1,48% em relação ao igual mês do ano anterior.

Para o ano que vem, o que se vê agora são as condicionantes que apontam para uma expansão menor do que pelo menos 1,5%. As apostas vão do otimismo do governo, que mesmo reconhecendo impacto sobre o crescimento projeta alta de 2%, até o Banco Itaú, que prevê PIB de -0,5% em 2022, passando pelo mercado financeiro que vê alta de 0,50% e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) que divulgou ontem esperar crescimento de 1,2%. Há explicação para todos esses índices, mas por hora são apenas projeções e, no muito, indicam tendências. Como teremos eleições em 2022, mais do que descredenciar economistas, o governo vai precisar segurar os ímpetos de gastos eleitorais e adotar medidas que atraiam investimentos para que o país volte a crescer e a gerar empregos.

Consórcio

R$ 200 bilhões


É a previsão de vendas do setor de consórcios para este ano, segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios. Até outubro já são R$ 181,85 bilhões.

A trabalho

Mesmo com as restrições da pandemia, a VOLL, traveltech de gestão de viagens a trabalho e mobilidade corporativa triplicou de tamanho, chegando a 300 mil usuários, com o faturamento devendo chegar a R$ 200 milhões, alta de 25% sobre os R$ 160 milhões de 2020.  O aplicativo integra toda a jornada do funcionário fora da empresa, da reserva de transporte urbano, passagens aéreas e hospedagem ao pagamento.


13º salário

Pesquisa da Onze, fintech de saúde financeira e previdência privada, mostra que 52% dos brasileiros que vão receber a segunda parcela do 13º na segunda-feira (prazo legal) vão usar o dinheiro extra para pagar dívidas com cartão de crédito (57%), empréstimos/consignado (28%) e contas da casa (23%). Entre os endividados, 56% estão negativados e para 46% o principal motivo para o não pagamento das dívidas é a inflação alta.



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