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Estado de Minas Bra$il em foco

Poupança interna acelera negócios na pandemia e deve agilizar retomada

Há, hoje, o que os analistas chamam de liquidez, com recursos disponíveis para investimentos que podem favorecer a recuperação da atividade econômica


01/04/2021 04:00 - atualizado 01/04/2021 07:43

Mesmo com avanço da COVID-19, no ano passado houve 28 lançamentos de empresas na bolsa de valores brasileira (foto: Paulo Silva Pinto/CB/D.A Press %u2013 14/1/18)
Mesmo com avanço da COVID-19, no ano passado houve 28 lançamentos de empresas na bolsa de valores brasileira (foto: Paulo Silva Pinto/CB/D.A Press %u2013 14/1/18)


Apesar de a pandemia de coronavírus se agravar e chegar ao seu ponto mais crítico até agora em termos de aumento de casos e mortes, o fato de o país já ter atravessado a primeira onda e de a taxa de juros estar muito baixa permitiram a liberação de uma poupança interna, representada pelo caixa das empresas e a fortuna das famílias – antes aninhadas no ganhos financeiros – que pode ajudar na recuperação da economia, depois de passado o pico atual da doença e as nuvens que turvam a economia neste momento.

Nas contas do Centro de Estudos do Mercado de Capitais (Cemec) da Fipe, no fim do ano havia uma poupança financeira das famílias estimada em R$ 329 bilhões. Há, hoje, o que os analistas chamam de liquidez, com recursos disponíveis para investimentos que podem favorecer a retomada da atividade econômica após a imunização em massa e o controle da COVID-19.

Esses recursos das famílias, aliados ao que deixaram as tesourarias das empresas, foram as alavancas que permitiram o crescimento das operações de fusões e aquisições no ano passado e a estabilidade dos negócios no mercado de capitais, apesar da queda de 4,1% do PIB.

“Com a taxa de juros muito baixa, há um apetite maior ao risco, com a possibilidade de alocar recursos onde o risco é maior, mas com retorno maior”, lembra Felipe Argemi, fundador e CEO da Santis, especializada em M&A (fusões e aquisições) e gestão de valor com foco em empresas médias. Em 2020, foram realizadas, segundo ele, 1.038 operações de M&A, aumento de 12% em relação aos 912 negócios de 2019.

Foram essas operações que giraram a roda dos negócios mesmo com a pandemia mostrando resiliência e ampliando mortes e casos em todo o país. Argemi lembra que houve expansão nos investimentos dos fundos de Private Equity e Venture Capital.

Para o CEO da Santis, com um amadurecimento do mercado de capitais brasileiro, esses fundos viram na abertura de capital de empresas investidas uma forma de retorno dos recursos, o que alavancou as operações de abertura de capital (IPO) de companhias no Brasil. No ano passado, foram 28, contra apenas cinco em 2019 e três em 2018. E apenas em janeiro e fevereiro já foram 15 aberturas de capital na bolsa brasileira.

“Esses fundos fizeram o movimento de saída no ano passado e o capital recuperado com bom retorno volta a ser investido. No momento, os fundos estão capitalizados e o mercado está bastante líquido”, observa Felipe Argemi. Ele acredita que este ano possam ser realizadas 1.200 ou mais operações de fusões e aquisições, com expansão de 20% sobre 2020.

“Temos uma situação delicada e que gera insegurança, mas se conseguir superar essa fase mais delicada não será surpresa se essas expectativas forem superadas”, destaca o CEO da Santis. E essa situação delicada reúne uma série de fatores elencados no informe financeiro divulgado ontem pela Associação Nacional de Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Anefac).

O informe da Anefac aponta para uma debilidade da situação econômica atual. “Crise pandêmica aguda, frequentes paralisações das atividades, inflação elevada e perda de poder aquisitivo de significativa parte da população, conflito frequente e instabilidade política, risco fiscal permanente, aprovação de Orçamento Geral da União para 2021 inchado e inconsistente, juros básicos em alta e taxa de câmbio pressionada” são fatores que minam a confiança da população e dos empresários.

Para o economista Nicola Tingas, que assina o informe, “enquanto não houver avanço firme na vacinação e retomada consistente da confiança será difícil reverter a atual condição de debilidade da atividade econômica no curto prazo, e talvez no médio prazo”. Há o desafio, mas há capital.


Inflação

31,10%
É o acumulado pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) nos últimos 12 meses, segundo a FGV

Do Chile

Relatório do ProChile, do Ministério das Relações Exteriores do Chile, mostra um aumento de 24% nas exportações de vinho do país para o Brasil, com valor de US$ 185 milhões de receita. Outra iguaria chilena que caiu nas graças dos brasileiros no ano passado foi a avelã, cujas vendas para o Brasil tiveram crescimento de 690%, passando de US$ 1,32 milhão em 2019 para US$ 10,43 milhões em 2020. Cebola e alho também na pauta.

Consumo

As classes C e D consumiram 28% menos em fevereiro sobre janeiro, segundo revela a pesquisa Hábitos de consumo das classes C e D, da Superdigital, fintech do Santander. Os dados por região apontam que o maior recuo foi no Sudeste, com queda de 31%, seguido por Nordeste e Centro-Oeste, onde a diminuição do consumo foi de 25%, Norte (-21%) e Sul (-10%). Menos dias, carnaval sem festa e pessoas em casa provocaram a queda.

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