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Estado de Minas BRASIL EM FOCO

O giro da roda da economia para 2020

Faltam investimentos e empregos para dar sustentação a uma retomada mais firme


postado em 19/12/2019 04:00 / atualizado em 19/12/2019 08:14

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

A economia terá um desempenho melhor em 2020, com o crescimento do PIB superando 2% e, ao contrário de 2019, quando as projeções começaram em 2,5% e foram sendo reduzidas até ficarem abaixo de 1% e depois ajustadas para algo de 1% a 1,3%, no próximo ano a expectativa é de que a previsões de aceleração da atividade econômica sejam paulatinamente elevadas ao longo do ano. Pelo menos é o que está desenhado até o momento. Mas ainda ficará faltando consistência para apostar numa trajetória sustentável de alta nos próximos anos.
 
Faltam investimentos e empregos para dar sustentação a uma retomada mais firme. Embora empresários não resistam à tentação de inverter a lógica do liberalismo e pedir investimentos do governo, no Orçamento do ano que vem, aprovado na noite de terça-feira no Congresso, o volume de recursos alocados para investimentos da União, de R$ 40,5 bilhões, é um pouco maior do que os R$ 36 bilhões orçados para 2019. Mas como o orçado conta com receitas de R$ 6 bilhões que ainda não foram aprovadas no Congresso, o valor efetivo será de 34,5 bilhões. Com as despesas obrigatórias em ritmo crescente e o teto de gastos, o governo corta nos investimentos. Considerando os investimentos feitos pelas estatais, de R$ 121,4 bilhões, o total de recursos aportados pelo setor público sobe para R$ 151,9 bilhões. Mesmo assim, são só 2,2% do PIB.
 
Os investimentos necessários para dar sustentabilidade ao crescimento econômico brasileiro terão de vir do setor privado. Até mesmo para suprir a demanda da sociedade por infraestrutura, que está sendo sucateada pela falta de recursos até para sua manutenção. Nas contas da Associação Brasileira a Infraestrutura e da Indústria de Base (Abdib), o Brasil vem investindo pouco mais de 2% em infraestrutura nos últimos anos, quando o necessário seria uma taxa superior a 4%. A retomada dos aportes em petróleo e gás, no setor elétrico e de transportes, a partir das privatizações, pode melhorar esse indicador, mas não no curto prazo.
 
Os juros baixos e o aumento da ocupação das fábricas favorecem os aportes em projetos industriais, como revela a pesquisa da Confederação Nacional das Indústrias com 84% das grandes empresas afirmando que planejam investir em 2020, sendo que 67% desses recursos destinados à compra de máquinas. Apesar dos investimentos, a indústria não espera uma retomada firme do emprego em 2020, com a taxa de desocupados ficando ainda acima de 11%. Nesse cenário, a informalidade continuará sendo a regra das ocupações no ano que vem. Informalidade essa que mina a capacidade de crescimento da economia, por agregar pouca produtividade à geração de riqueza.
 
Em números, nossa taxa de investimentos está na casa de 16% do PIB, enquanto a economia informal (subterrânea) representa 17,3% de toda a geração de riqueza do país, ou R$ 1,12 trilhão. Esse número mostra o que é produzido e comercializado de bens e serviços no país que não é informado oficialmente ao governo, portanto não paga impostos, e que está à margem das regulamentações trabalhistas e previdenciárias. É esse quadro que empurra 41,2% do mercado de trabalho brasileiro para a informalidade. Uma reforma tributária pode contribuir para mudar esse quadro, mas, pelo visto, ela será feita pela ótica da geração de receita com a criação de novos impostos, (uma nova CPMF), para substituir outros (leia-se os encargos da folha de salários das empresas). E assim vamos andando em círculos.

Carga pesada R$ 2,4 trilhões

É o valor do que os brasileiros já pagaram em impostos este ano, até a madrugada desta quarta-feira, segundo o “Impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).


Startup de reformas

Com um mercado que movimenta mais de R$ 75 bilhões por ano no país, o setor de reformas também conta com a atuação de startups. A Home Hero, plataforma que oferece soluções para reformas de apartamentos (desde a fase do projeto de arquitetura, compra de materiais, eletrodomésticos e decoração até a gestão e execução da obra), pretende movimentar R$ 100 milhões nos próximos 12 meses em obras apenas na cidade de São Paulo.

Empresas de crédito

Autorizadas a funcionar em abril deste ano, as Empresas Simples de Crédito vão fechar este ano com 538 unidades abertas em 24 estados e no Distrito Federal. O capital total dessas empresas soma mais de R$ 232,9 milhões em todo o país. Elas são empresas comerciais de pequeno porte, que podem fazer empréstimos, realizar financiamentos e descontar títulos de crédito exclusivamente para pequenos empresários com recursos próprios.

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