(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas TIRO LIVRE

Alemanha cai, de novo, na primeira fase da Copa: a praga brasileira pegou

A alegria vivida pelos germânicos em solo brasileiro em 2014 sofreu um revertério implacável nos Mundiais seguintes


01/12/2022 19:02 - atualizado 01/12/2022 19:22

Alemanha foi eliminada na Copa do Mundo do Catar
Alemanha foi eliminada na Copa do Mundo do Catar (foto: FRANCK FIFE / AFP)
Se tem algo que se pode deduzir das duas últimas edições da Copa do Mundo é isso: os deuses do futebol não perdoaram a Alemanha por aquele 7 a 1 impiedoso no Mineirão, em 8 de julho de 2014, que impôs ao Brasil sua pior derrota da história. Não há outra conclusão possível além dessa.

Quiçá seja até um alerta: ninguém sai impune de tamanha crueldade com a seleção que presenteou o futebol com a magia das equipes de 1970 e 1982. Que levou aos gramados do mundo craques do quilate de Pelé, Garrincha, Didi, Tostão, Zico, Júnior, Reinaldo, Romário, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo... 

A prova está aí: a alegria vivida pelos germânicos em solo brasileiro em 2014 sofreu um revertério implacável nos Mundiais seguintes. A poderosa equipe, respeitada nos quatro cantos do planeta pelo currículo vitorioso e também pelo histórico de craques, deixou as Copas de 2018 e 2022 pela porta dos fundos. Sem nem sequer conseguir passar da primeira fase. 

Na Rússia, praticamente com o mesmo time que levantara a taça quatro anos antes, estreou com derrota para o México, por 2 a 1; conseguiu uma virada no último lance contra a Suécia (2 a 1), se safando de ser eliminada já na segunda rodada; e entrou em campo na terceira precisando vencer a (em princípio) frágil Coreia do Sul para avançar às oitavas de final. Perdeu por 2 a 0, mesmo tendo 70% da posse de bola, e voltou para casa mais cedo.

O roteiro no Catar não foi muito distinto. Com uma equipe consistente, ainda com jogadores como o goleiro Neuer e o atacante Müller, estreou com a surpreendente derrota para o Japão por 2 a 1 - na primeira vez que os nipônicos conseguiram sair de um placar adverso numa Copa. 

Na partida seguinte, se complicou mais ao empatar com a Espanha por 1 a 1. Entrou na derradeira rodada precisando vencer a frágil Costa Rica e contar com ajudinha dos espanhóis diante dos japoneses para ir às oitavas de final.

A Alemanha até ganhou, de virada, dos costa-riquenhos, mas viu a Fúria ser derrotada, e o Japão terminar como primeiro do grupo, seguido pelos espanhóis, que ficaram à frente dos alemães no saldo de gols.

Alguns brasileiros, com uma pitada de rancor escondida em um cantinho do coração, não perdoaram. Discretamente ou não, comemoraram a queda germânica. Um tetracampeão a menos pelo caminho, e aqui vale uma lembrança: como a Itália, também dona de quatro títulos mundiais, não conseguiu nem ir ao Catar, o Brasil, único penta, não pode ser alcançado, caso não traga na bagagem a taça.

Esse processo de vingança pode até ser mais amplo do que pensa nossa vã filosofia. Não afetaria apenas a Alemanha, pelo 7 a 1. Nas redes sociais, um internauta lembrou existir uma sequência de resultados adversos que configuraria quase uma praga a quem atravessa o caminho brasileiro nas Copas. 

A França, por exemplo, levou o título de 1998, em casa, em cima da seleção canarinho. No Mundial, seguinte, de 2002, na Coreia do Sul e Japão, caiu na fase de grupos. Em 2006, na Alemanha, novamente os Bleus foram os algozes do Brasil, nas quartas de final. Em 2010, na África do Sul, não passaram da primeira fase mais uma vez. 

Em 2014, o carrasco foi a Alemanha, e já sabemos o aconteceu em 2018 e 2022 - tenho pra mim que a maldição veio em dose dupla por causa do impacto da goleada no Mineirão. Tivesse aquela derrota sido mais econômica, talvez o efeito já tivesse passado.

E, para corroborar com a tese de retaliação do destino sobre quem despacha o Brasil das Copas, vem a Bélgica, que eliminou os brasileiros na Rússia, nas quartas de final, e, no Catar, parou na primeira fase.

Por isso, não custa nada avisar a quem cruzar com o Brasil agora, na edição de 2022. Atrapalhar os planos de Tite no Catar e companhia pode custar bem caro mais adiante.

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)