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Um pouco do Tuntum, adversário do Cruzeiro na Copa do Brasil

O Tuntum, que apareceu agora no cenário nacional, é só um dos exemplos de nomes singulares de clubes que o esporte nos proporciona


10/03/2022 20:15 - atualizado 10/03/2022 20:27

O estádio onde o Tuntum, adversário do Cruzeiro na Copa do Brasil, treina na cidade maranhense de mesmo nome
O estádio onde o Tuntum, adversário do Cruzeiro na Copa do Brasil, treina na cidade maranhense de mesmo nome (foto: Reprodução de Internet)
Em um futebol com tanta mesmice e figurinhas repetidas, volta e meia aparece um clube como o Tuntum para aguçar nossa curiosidade. O clube do Maranhão, que chegou à Copa do Brasil com apenas oito meses de fundação, traz, além da pitoresca precocidade, um nome inusitado. E é justamente a alcunha diferente que ajuda a atrair ainda mais interesse para sua história.   

O Tuntum Esporte Clube se intitula (e se orgulha de ser) o "clube mais novo na história a participar da Copa do Brasil". O nome vem do município maranhense onde foi fundado, de população estimada de 42.242 pessoas – 39.183 segundo o último Censo do IBGE, em 2010 - e que fica 374 km distante da capital São Luís.

Até mesmo o nome da cidade é incomum – e são várias as versões da origem dele. Há quem diga que Tuntum vem do nome de um riacho perto do qual se desenvolveu o povoado, nos idos de 1890. Outra explicação é a de que ele seria derivado do som produzido por caçadores da região, que batiam um cajado no chão para atrair caça.

Fato é que o time de futebol leva o nome da cidade. Mais do que isso: é patrocinado pela prefeitura, que lhe fornece toda a estrutura, de estádio para treinamentos e jogos a material esportivo e o pagamento dos salários.

A classificação para a segunda fase da Copa do Brasil, deixando para trás o Volta Redonda-RJ, valeu premiação de R$ 150 mil, a serem rateados entre o grupo. Desbancar o Cruzeiro vai render mais: R$ 200 mil a serem divididos entre todos.

O Tuntum, que apareceu agora no cenário nacional, é só um dos exemplos de nomes singulares de clubes que o esporte nos proporciona. Pelo Brasil e fora dele há outros casos exóticos, até engraçados.

Como o Anti Drugs Strikers (Atacantes Anti-drogas, em tradução para o português), que disputa a Primeira Divisão de Serra Leoa. O lema do time, claro, é "Diga não às drogas" e aparece no escudo, que traz também um ramo de folhas de coca em cima de uma bola. 

A equipe está em 14º lugar no campeonato deste ano, primeira posição fora da zona de rebaixamento. Curiosamente, o lanterna da competição é o Serra Leoa Police FC. 

A Amazônia equatoriana conta com uma equipe que representa bem a fauna local. Literalmente: o Anaconda FC. Nunca chegou às divisões principais do futebol do país, mas gosta de ressaltar sua maior goleada em competições nacionais: 23 a 0 sobre o Abuelos FC, um time que homenageia os avós. 

Da Venezuela vem o Carabobo, que já disputou a Copa Libertadores três vezes, fazendo a festa dos narradores e comentaristas que adoram trocadilhos e diziam que não tem mais bobo no futebol. 

O Sport Vereniging Robinhood é um clube de futebol do Suriname que, claro, foi inspirado no lendário arqueiro da floresta de Nottingham. A equipe, que é uma das mais populares do país, foi criada em 1945 e é uma espécie de papa-títulos.

O Simba Sports Club, da cidade de Dar es Salaam, na Tanzânia, também traz uma referência artística. Simba significa leão no idioma local, e o felino está presente no escudo do clube – portanto, não é mera coincidência com o protagonista da franquia da Disney. O time está em segundo lugar no Nacional.

Um dos mais singelos integrantes desta lista é o Santa Claus FC. Sim, é o time do Papai Noel (!). Ele é sediado na cidade de Rovaniemi, capital da Lapônia, na Finlândia, conhecida como a cidade oficial do bom velhinho. Inclusive, ele é figura constante nas redes sociais do time.

Por fim, o impronunciável (para nós) Clwb Pel Droed Llanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogoch Football Club, da cidade de Llanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogoch, situada na Ilha de Anglesey, na costa noroeste do País de Gales. 

A localidade é a de maior nome da Europa e o segundo maior nome do mundo, atrás apenas de Taumatawhakatangi-hangakoauauotamatea-turipukakapikimaunga-horonukupokaiwhen-uakitanatahu, nome maori de uma colina na Nova Zelândia.

A cidade e o time, na verdade, são fruto de uma ação de marketing. O nome original do município era Llanfair Pwllgwyngyll, que significa "A igreja de Nossa Senhora junto ao lago perto das aveleiras brancas". O que já não era simples.

Com a chegada da linha férrea, os moradores decidiram fazer um acréscimo para atrair quem estivesse viajando de trem, mudando para "A igreja de Nossa Senhora junto ao lago perto das aveleiras brancas perto de um rápido redemoinho de água e da igreja de São Tisílio da gruta vermelha".

Bem naquela linha: se pode complicar, por que simplificar?






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