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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

180 minutos para salvar o ano do Atlético

"Se Hulk reclamar menos e jogar mais, se os jogadores entenderem a importância da vitória e da classificação, talvez possam conseguir o objetivo"


02/08/2023 04:00 - atualizado 02/08/2023 07:47
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Jogo do Atlético contra o Palmeiras no Allianz Parque
Na última vez que se enfrentaram pelo mata-mata da Copa Libertadores, ano passado, no Allianz Parque, Palmeiras eliminou o Atlético nos pênaltis (foto: NELSON ALMEIDA / AFP - 10/8/22)


O Atlético tem os primeiros 90 minutos, de um duelo de 180 minutos, para fazer um grande resultado, salvar o ano e garantir vaga na próxima fase da Libertadores. O adversário é o Palmeiras, que eliminou o time mineiro nos dois últimos anos, justamente nessa competição. O Galo vem de uma excelente partida contra o Flamengo, em que foi derrotado, na minha visão, injustamente, pois praticou futebol melhor no jogo como um todo. Mas pesa contra ele o fato de Felipão não ter até aqui nenhuma vitória, em oito partidas. Ele, os jogadores e os dirigentes acreditam que há uma evolução e que bastará uma vitória para as coisas entrarem no eixo. Quem sabe não será esta noite? Claro que não será fácil, pois o Palmeiras tem um treinador que conhece o grupo há três anos, que ganhou tudo e que já corrigiu a rota de colisão. O time vinha mal havia cinco jogos, mas goleou o América e ganhou moral para a decisão desta noite. O Mineirão passou por uma reforma no gramado e, ao que parece, está em melhores condições do que há um mês.

A torcida, fanática e apaixonada, já disse sim, e vai lotar o Gigante da Pampulha. Se Hulk reclamar menos e jogar mais, se os jogadores entenderem a importância da vitória e da classificação, do ponto de vista financeiro e técnico, talvez possam conseguir o objetivo. Do outro lado terá uma equipe bem qualificada, que ganhou quase tudo nos últimos tempos, e um técnico estudioso e questionador. Aliás, os treinadores atuais questionam tudo e todos. Querem até pautar as perguntas dos jornalistas. São os novos tempos do futebol. Abel Ferreira vive no Brasil com um visto de trabalho, não é cidadão brasileiro. Deveria ser grato ao país e tratar melhor as pessoas que vivem aqui. Ninguém o conhecia até o Palmeiras e o Brasil abrirem as portas para ele. O mínimo que deveria ter é um pouco mais de cortesia com nosso povo. Os jornalistas estão ali para perguntar e não para agradar ou “passar pano”, como dizem os jovens.

O Atlético, agora SAF, terá que passar por um processo de paciência, para ajustar a casa. Exatamente o que aconteceu com o Flamengo, que em seis anos da gestão Bandeira de Melo não formou grandes times e conquistou apenas uma Copa do Brasil. Porém, Rodolfo Landim está colhendo os frutos de um clube sem dívidas, superavitário, que fatura R$ 1,2 bilhão por ano, com elenco milionário. Aliás, o Flamengo é campeão de vendas de jovens talentos. Essa semana mesmo, vendeu Matheus França por R$ 100 milhões. Os novos donos do Galo prometem ajustar o clube até 2027 e, daí em diante, montar equipes fortes e faturar canecos. O torcedor tem que jogar junto, pois somente um clube saneado e superavitário pode disputar as taças em condições de vencer.

Voltando ao jogo de hoje, Felipão foi contratado pela bela campanha que fez com o Athletico-PR, ano passado, chegando à decisão da Libertadores e garantindo a equipe na competição deste ano. Até aqui, entretanto, não conseguiu uma vitória sequer. No Brasileiro, o Atlético está a sete pontos do G-4, mesmo com a péssima campanha. Mas é inadmissível uma equipe que tem folha salarial mensal de R$ 20 milhões ocupar a décima terceira posição. O futebol brasileiro é viciado em demitir treinadores. Se o Galo for eliminado da Libertadores, será muito difícil manter Felipão, mas o objetivo da diretoria é esse, e o contrato vai até dezembro do ano que vem. O torcedor é passional e imediatista, mas terá que ter paciência com Felipão e com o time em caso de um fracasso. É apostar em uma grande vitória esta noite, apoiar do começo ao fim. Um 2 a 0 para o Galo seria um resultado fantástico. Felipão é estrategista em Copas, não à toa tem várias em sua carreira, inclusive o último título mundial com a Seleção Brasileira, em 2002. Façam suas apostas!

Pedro

O atacante, que para mim, é o mais qualificado do Brasil, está em rota de colisão com Sampaoli. Fontes rubro-negras garantem que o ambiente entre o argentino e os demais jogadores é péssimo. Aliás, não só com os jogadores. Sampaoli trata mal vários funcionários mais humildes. Ele é assim, um cara ruim. Não ganhou nada no futebol, tem visto de trabalho e está empregado no Brasil, mas não faz a menor questão de aprender o português. Se eu fosse Pedro, entraria na Justiça e ganharia o direito de sair, pois ele foi agredido, fisicamente, pelo preparador físico de Sampaoli. Ficar num clube onde o técnico não gosta dele será ruim para sua carreira. É um garoto do bem, e um atacante pretendido por clubes do Brasil e exterior. Sampaoli será demitido, mais cedo ou mais tarde, mas Pedro é patrimônio do clube. A diretoria do Flamengo, fraca e omissa, “passa pano” para tudo. Landim, Braz e Spindel se acham donos do Flamengo. Uma vergonha!

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