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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Uma mentira chamada Jorge Sampaoli

Sampaoli se achava rei. À beira do gramado é insuportável, andando de um lado para o outro, causando instabilidade na equipe. Não gosto do trabalho dele


03/07/2023 04:00
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Sampaoli
Sampaoli nunca se interessou em aprender português quando estava no Galo. No Flamengo está estudando a língua brasileiro (foto: Luis Robayo/AFP - 4/5/23)


Não é novidade para ninguém que eu não gosto do trabalho do argentino Sampaoli. Não pela pessoa dele, que sequer conheço e nem quero conhecer, mas sim por sua postura antipática à beira do campo, e por ser um treinador instável, sem conseguir ajustar todos os compartimentos de uma equipe. O time dele é um verdadeiro “samba do crioulo doido”, levando goleadas históricas, perdendo pontos para times inexpressivos. Foi assim no Atlético Mineiro, quando perdeu o título de 2020, por 3 pontos de diferença para o campeão, Flamengo. Naquele ano, o Galo perdeu pontos, no Mineirão, para adversários de qualidade duvidosa e de segundo escalão do nosso futebol. Tenho também um argumento forte: como argentino que é, ele deveria ter dirigido Boca e Ríver, maiores equipes daquele país, mas nunca foi convidado. Realmente deve haver algo errado. Sampaoli se vangloria de ter ganho a Copa América de 2015, com o Chile. Com uma excelente geração, tanto assim, que Juan Antonio PIzzi, técnico hispano-argentino, também ganhou a Copa América de 2016, com a seleção chilena. Ou seja: Sampaoli não fez vantagem nenhuma!

Ele chegou ao Flamengo, depois de fracassar no Olimpique de Marselha e Sevilha. Era seu sonho. Chegou humilde, e disse que não pediria contratações. Não é o que estamos vendo, pois Allan já foi contratado, ele já falou em Soteldo, e especula-se outros nomes, como Claudinho, que está na Rússia. Outro dia, Sampaoli tomou de 4 do Bragantino, num dos jogos mais catastróficos do rubro-negro. O time é instável e o futebol de caráter duvidoso. No Galo, nunca se interessou em aprender o português, e dava entrevistas falando rapidamente o espanhol. Já no Flamengo, está estudando o português, tem dado entrevistas, bem sereno e tem sido cordial com alguns. Ele é grosseiro até a página 2, pois sabe que no Rio de Janeiro a banda toca diferente. Lá, quem manda são os dirigentes e Sampaoli não entra em choque com eles.

No Atlético, não permitia que o ídolo e membro da comissão técnica permanente, participasse do trabalho, das preleções e dos jogos. Sampaoli se achava rei. À beira do gramado é insuportável, andando de um lado para o outro, causando instabilidade na equipe. Não gosto do trabalho dele e não torço por ele. Como flamenguista, abri mão de torcer nesta temporada, principalmente pela covardia que fizeram com Dorival Júnior, ético, correto e um baita treinador, atual campeão da Libertadores e da Copa do Brasil. Como não sou apaixonado, nem doente com meu clube, tenho discernimento para usar sempre a razão. Quem fez o que fez com Dorival Júnior, não merece ganhar nada. E, cá pra nós, com Sampaoli, as chances são bem reduzidas.

12 equipes em condições de ganhar?

Sou um crítico ferrenho do futebol brasileiro, na atualidade. Como convivi e vi os melhores jogadores e jogos, no passado, claro que me tornei exigente. Gosto do que é bom. O Campeonato Brasileiro está embolado e a distância entre os times é bem pequena. Uma equipe que está lá embaixo, com uma vitória, pode chegar ao G-6. Para muitos isso significa equilíbrio. São aqueles que dizem que o Brasileirão é o único no mundo em que há 12 equipes em condições de ganhar a taça. Não é isso que mostram os números, pois Flamengo e Palmeiras têm liderado as conquistas, e em 2021 o Atlético Mineiro foi o grande clube da temporada. Em 2018 o campeão brasileiro foi o Palmeiras. 2019 e 2020 o Flamengo. 2021 foi o Galo. 2022, novamente o Palmeiras.

Onde estão as 12 equipes que têm chances de ganhar a taça? O futebol brasileiro agoniza, com jogos fraquíssimos, arbitragens duvidosas, VAR sem critério e jogadores de péssimo nível. Se alguém estiver enxergando algo diferente, sinceramente, eu não entendo. O argumento é de que na Europa, somente os gigantes vencem e, esporadicamente, aparece uma surpresa. Porém, lá sempre foi assim, pelo poder aquisitivo dos gigantes. No Brasil, no passado dos grandes jogadores e grandes jogos, aí sim tínhamos várias equipes qualificadas para ganhar as taças. Hoje não. Temos 2 equipes que dominam o nosso futebol há 6 anos: Flamengo e Palmeiras, e o Atlético Mineiro, que brilhou em 2021. No mais, é ilusão dizer que temos 12 equipes em condições de ganhar as taças. Balela! Tomara que o Botafogo continue forte, na ponta do Brasileirão. Quem sabe o clube da estrela solitária, quebra essa hegemonia?



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