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Estado de Minas CRUZEIRO 100 ANOS

Sorín: de reforço mais valioso do Cruzeiro a ídolo de valor inestimável

Argentino é o sexto estrangeiro que mais defendeu o Cruzeiro


28/12/2020 08:31 - atualizado 28/12/2020 08:41

Sorín em comemoração de gol sobre o Atlético, em vitória por 4 a 2, em 2000. Foto de Jorge Gontijo, do Estado de Minas, ilustra bem o espírito do argentino com a camisa do Cruzeiro(foto: Jorge Gontijo/EM/D. A Press)
Sorín em comemoração de gol sobre o Atlético, em vitória por 4 a 2, em 2000. Foto de Jorge Gontijo, do Estado de Minas, ilustra bem o espírito do argentino com a camisa do Cruzeiro (foto: Jorge Gontijo/EM/D. A Press)
Contratação mais cara da história do Cruzeiro, que pagou US$ 5,08 milhões para tirá-lo do River Plate, em 2000, o lateral-esquerdo argentino Juan Pablo Sorín justificou cada centavo do investimento. Nem tanto pelos 18 gols que marcou, mais pela garra e liderança que demonstrou nos 127 jogos que fez com a camisa azul, com a qual jamais deixou de entregar o máximo em campo.


Com muita vontade de se integrar à cultura mineira e à história do Cruzeiro, Sorín logo conquistou o primeiro título: a Copa do Brasil de 2000, com a emocionante vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo na final do Mineirão. A conquista só fez aumentar a empatia entre torcida e o recém-chegado ídolo.

Em 2001, Sorín foi campeão da Copa Sul-Minas. Em 2002, voltou a erguer a taça do torneio interestadual numa final dramática. A decisão contra o Athletico-PR marcava a despedida do lateral, vendido à Lazio da Itália por US$ 9,5 milhões (R$ 22,2 milhões). Diante de 69.533 pagantes no Mineirão, o argentino atuou boa parte do jogo com a cabeça enfaixada devido a um choque com o lateral Alessandro, do Furacão. E coube a ele fazer o gol do título aos 30 do segundo tempo, após grande jogada do lateral-direito Ruy: 1 a 0. Foi o adeus sonhado pelo capitão Sorín.

”Eu fiz muitos gols importantes na minha vida, mas este gol é inesquecível, pela maneira como foi. Gol do título em um jogo contra o campeão brasileiro da época, depois de um corte na cabeça, o juiz não queria deixar eu voltar ao jogo. Parecia um filme, mas foi real. Ficou na pele e no coração para sempre”, disse Sorín, ao Superesportes, em 2012, em reportagem sobre os dez anos da conquista.

Devido à crise econômica da Lazio, que chegou a decretar falência, a venda de Sorín acabou desfeita no decorrer do primeiro ano de contrato. O Cruzeiro recebeu dos italianos apenas US$ 1 milhão e voltou a ter os direitos do lateral. Mas o desejo do argentino era seguir na Europa. Foi emprestado ao Barcelona e ao PSG. Sem ofertas de compra, Sorín voltou ao Cruzeiro em 7 de setembro de 2004, fez nove jogos e foi novamente vendido em 4 de novembro por US$ 1,9 milhão. Dessa vez, o destino seria o Villarreal da Espanha.
Sorín em sua apresentação ao Cruzeiro, em 2000, como contratação mais cara da história. Na foto, o então presidente Zezé Perrella(foto: Jorge Gontijo/EM/D. A Press)
Sorín em sua apresentação ao Cruzeiro, em 2000, como contratação mais cara da história. Na foto, o então presidente Zezé Perrella (foto: Jorge Gontijo/EM/D. A Press)

Sorín ainda defenderia o Hamburgo da Alemanha, por dois anos, antes de acertar seu retorno ao Cruzeiro em setembro de 2008 para se tratar de uma lesão no joelho direito. Ele só voltou a atuar em 2009, fez seis apresentações e decidiu encerrar a carreira no clube em 28 de julho devido a uma série de contusões musculares que o atormentavam. 

Em 4 de novembro de 2009, Sorín fez o seu jogo de despedida, no Mineirão, na vitória do Cruzeiro por 2 a 1 sobre o Argentinos Juniors. “Me sinto feliz por fazer meu último jogo me divertindo e sorrindo como sempre gostei”, disse o ídolo cruzeirense.

Sorín é o sexto jogador estrangeiro que mais defendeu o Cruzeiro.

Pela Seleção Argentina, Sorín disputou as Copas do Mundo de 2002, na Coreia do Sul/Japão, e 2006, na Alemanha. Nesta última, foi capitão da equipe, como havia se acostumado com o manto azul.

Além de ter defendido o time azul, Sorín se tornou cidadão mineiro. Recebeu o título de cidadão honorário de Belo Horizonte em 2010 e sempre visitou o estado, tendo predileção não só pela capital, mas por cidades históricas, como Tiradentes.

Depois de encerrar a carreira, Sorín trabalhou como colunista do Superesportes e do Estado de Minas, comentarista esportivo na TV Alterosa e em canais internacionais. No Brasil, ainda foi criador e apresentador do programa Resenha ESPN. Atualmente, tem um programa na internet.

Números de Sorín no Cruzeiro:
126 jogos e 18 gols
 
Títulos:
Copa do Brasil 2000
Copa Sul Minas 2001 e 2002
Campeonato Mineiro 2009
 
Conquistas individuais:
Bola de Prata Revista Placar 2000
Melhor lateral-esquerdo das Américas 2000/2001 (Jornal El País-URU)

Ficha completa

Juan Pablo Sorín

Nascimento: 5/5/1976, em Buenos Aires

Clubes:
Argentinos Juniors (1994/1995)
Juventus (1995/1996)
River Plate (1996/2000),
Cruzeiro (2000/2002, 2004 e 2008/2009)
Lazio (2002/2003)
Barcelona (2003)
Paris Saint-Germain (2003/2004)
Villarreal (2004/2006),
Hamburgo (2006/2008)

Seleção Argentina:
Copas do Mundo de 2002 e 2006 (capitão)

Títulos por clubes
Liga dos Campeões da Europa’1996, Libertadores’1996, Supercopa Libertadores’1997, Torneio Abertura Argentino’1996, 1997 e 1999; Torneio Clausura Argentino’1997, Copa do Brasil’2000, Copa Sul-Minas’2001, 2002; Copa da França’2004 e 2006, Mineiro’2009

Título pela Seleção
Mundial Sub-20’1995 (capitão)

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