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Estado de Minas JAECI CARVALHO

Estou devastado, mas o dever de escrever me chama, essa é a minha profissão

Andamos carentes de craques, treinadores e grandes times, haja vista que estamos a procura de um técnico europeu


27/02/2023 04:00 - atualizado 27/02/2023 09:29

português Jorge Jesus
O português Jorge Jesus é o técnico ideal para a Seleção Brasileira, por tudo que fez no Flamengo em 2019 (foto: AFP)

 
Num dia muito triste para mim, e eu explico abaixo, tenho que buscar forças para escrever esta coluna, confesso, tomado por uma imensa tristeza e grande emoção. Mas a vida tem que continuar até que Deus nos chame. É difícil falar de futebol, quando se perde alguém da família, mas essa é a minha profissão e tenho um compromisso com o meu leitor e minha amada empresa, Estado de Minas. Vou abordar o tema Seleção Brasileira e o novo treinador. Pelo jeito, Carlo Ancelotti não vai largar o Real Madrid e estou achando que esse cargo, vago desde a saída de Tite, vai cair no colo do português Jorge Jesus, que tanto o deseja.
 
Aliás, eu acho o técnico ideal, por tudo o que fez no Flamengo em 2019. Um time que jogava bonito, goleava, convencia e fazia até os torcedores adversários vê-lo jogar e admirá-lo. Sei que a segunda opção do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, é José Mourinho. Porém, esse é retranqueiro, marrento e suas equipes jogam feio. Para ganhar a curto prazo, Ancelotti seria a melhor opção. Para um trabalho de médio prazo, para resgatar nosso verdadeiro futebol, Jorge Jesus é o cara.
 
Vamos analisar friamente e dizer a verdade: para nós, brasileiros, o que importa é a Copa do Mundo. Copa América, amistosos, não nos acrescentam nada. Em 2026, completaremos 24 anos sem ver a cor do troféu. A exemplo de 1970 até 1994, será nosso maior jejum, pois ganhamos pela última vez, em 2002, sendo que chegamos em três finais seguidas, ganhando duas, aqui nos Estados Unidos, em 1994, e no Japão-Coréia, em 2002. Em 1998, batemos na trave com o vice-campeonato na França.
 
Nossa história é rica e começou com a genialidade de Garrincha e Pelé, em 1958, e terminou com Rivaldo, Ronaldo Fenômeno e Ronaldinho Gaúcho, em 2002. De lá para cá, não tivemos mais nenhum craque em atividade, pois em 2006, esses mesmos campeões já não tinham a motivação e o futebol de quatro anos antes. Andamos carentes de craques, treinadores e grandes times, haja vista que estamos a procura de um técnico europeu. Inversamente a isso, temos visto estádio cheios, com média de público excepcional, e os clubes se transformando em empresas. Talvez esteja aí o grande caminho para voltarmos aos bons e velhos tempos do nosso futebol, mas isso só será possível com um trabalho desde as divisões de base dos clubes e seleção até os profissionais.
 
Um resgate do nosso verdadeiro futebol, de toque, dribles, tabelas e gols. Espero, realmente, que um técnico estrangeiro, possa nos devolver isso. Infelizmente, no Brasil, não há um treinador com essa capacidade. Não temos mais Zagallo e Parreira, que se aposentaram, nem Luxemburgo, para mim, um dos melhores de todos os tempos. Não temos mais os saudosos Telê e Carlos Alberto Silva, meus mestres, que me ensinaram muito e se tornaram meus grandes amigos. Por isso sou saudosista, pois convivi com os melhores, de todos os tempos.
 
Pobre futebol brasileiro, maltratado dentro e fora das quatro linhas por dirigentes inescrupulosos, fracos e tendenciosos. E os técnicos que mandam “bater, pegar, matar a jogada” são os grandes responsáveis pelo nosso péssimo momento. Ao contrário da maioria, Telê e Carlos Alberto Silva brigavam com seus jogadores, se eles batessem nos adversários. Eles pregavam futebol de verdade, coisa que a maioria dos técnicos enganadores, não conhece. E você, torcedor, quem seria o técnico ideal para a Seleção Brasileira?

ANA PAOLA FELTRE

Perdemos, ontem, uma grande amiga, que faz parte da minha história em BH. Conheci Ana Paola Feltre juntamente com seu marido e meu irmão, Rodrigo, numa tarde, numa lanchonete na Savassi. Logo Rodrigo se apaixonou por aquela que seria sua eterna namorada e mãe do seu filho, Luiz Felipe. Lá se vão 37 anos e temos muitas histórias de viagens, festas, perrengues. Paola era muito alegre, criativa e cheia de vida. Perdeu a mãe, Virgínia, muito jovem, e amadureceu com isso. Aos 52 anos, morreu nos braços do único e grande amor de sua vida, meu querido irmão Rodrigo. Ela partiu jovem, assim como sua mãe, mas é sabido que só a carne e a matéria se foram. Sua alma, seu espírito e sua alegria, continuarão conosco, até que possamos nos encontrar, lá no plano para onde ela foi.
 
Rodrigo, Luiz Felipe, demais familiares e amigos, a Paola continua com sua luz e sua alma junto a vocês. Saibam que ela jamais se afastará, embora tenha deixado esse vazio entre todos nós. Que Deus a receba e conforte o coração de todos vocês. Estamos arrasados e devastados, mas o Criador é soberano, e sabe de todas as coisas. Que nossa querida Paola descanse em paz e esteja ao lado de sua mãe, olhando por todos vocês. Saudades eternas.

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