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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Libertadores: Atlético tem 90 minutos para o céu ou para o inferno

A chance de se reerguer estará no Allianz Parque. Se derrubar o poderoso Palmeiras lá, o Atlético irá forte para a semifinal da Libertadores


10/08/2022 04:00 - atualizado 10/08/2022 08:49

Galo perdeu a chance, no Mineirão, de abrir vantagem sobre o Palmeiras nas quartas de final da Libertadores, mas pode dar o troco no jogo em São Paulo
Galo perdeu a chance, no Mineirão, de abrir vantagem sobre o Palmeiras nas quartas de final da Libertadores, mas pode dar o troco no jogo em São Paulo (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)


O Atlético vive sua pior fase nos últimos tempos, com atuações irregulares, que não condizem com o atual dono do Brasil por duas vezes. Sim, para quem não sabe ou não se lembra, até novembro, quando terminam a Copa do Brasil e o Brasileiro, o dono do país é o Atlético, que ganhou as duas competições, em 2021. Aliás, quando isso acontece, a CBF deveria garantir uma das vagas na Libertadores do ano seguinte, já que cada uma dessas competições garante vaga no torneio Sul-Americano. O papo hoje é Libertadores e está tudo em aberto. No Mineirão, jogo de ida, 2 a 2, em grande bobeada do alvinegro, que vencia por 2 a 0. Esta noite, no Allianz Parque, quem vencer estará na semifinal. Muitos já apontam o Palmeiras mas, nessa competição, é preciso pé no chão e cuidado. Como diz meu amigo e grande narrador João Guilherme, “a Libertadores é uma competição traiçoeira”.

Cuca voltou para ajustar e ajeitar o time. Porém, a coisa mudou, pois o tempo é curto e, caso haja eliminação hoje, o ano estará perdido. A não ser que o Galo dê uma arrancada daquelas no Brasileirão e deixe os concorrentes para trás. Com 13 pontos a menos que o líder Palmeiras é improvável. Eu disse a Cuca que ele não deveria voltar a três meses do fim das competições. Os jogadores são os mesmos do ano passado, mas o futebol ficou por lá. Hulk e cia não estão jogando absolutamente nada e precisam dar uma satisfação esta noite. Há quem culpe exclusivamente o ex-técnico Turco Mohamed. Discordo! Ele pegou um grupo que já não estava jogando nada e fez o que pôde. Talvez a diretoria tenha demorado em trocá-lo, já que não havia liga com a torcida. Mas isso é passado. Cuca já está aí há três jogos e não conseguiu vencer nenhum. Ele é dos melhores técnicos que temos, mas não adianta tentar mudar uma filosofia quando os jogadores não conseguem render o esperado.

Hulk é ídolo, está na história do clube por tudo o que fez na temporada passada. Mas, sem as penalidades neste ano, tem apenas sete gols no Brasileiro e quatro na Libertadores. Muito pouco para quem encantou o Brasil. Os zagueiros não têm mais dificuldades em marcá-lo e ele vive de reclamações com os árbitros, querendo pênalti e falta em todos os lances. Menos, Hulk. Volte a jogar sua bola, marque gols e você será idolatrado outra vez. São 21 jogos e apenas sete gols, uma média que não condiz com o que mostrou em 2021. A culpa não é só dele. É de Alonso, Arana, Jair, Nacho, Everson e outros jogadores importantes que caíram de produção. Talvez tenham dado o máximo na temporada passada e não consigam render mais. Pode acontecer!

De qualquer forma, com todos os problemas, a chance de se reerguer estará no Allianz Parque. Se derrubar o poderoso Palmeiras lá, o Galo irá forte para a semifinal da Libertadores. Particularmente, acho que o vencedor desse confronto estará na final. Não acredito em Athletico-PR e em Estudiantes. Se for eliminado, porém, a crise estará instalada. O déficit financeiro vai aumentar e isso será péssimo. O importante para equipes com folhas salariais acima dos R$ 15 milhões é chegar nas finais. Ganhar ou não a taça é outra história. Entretanto, chegando à final, a grana que entra no clube é espetacular e salva o ano. Está nas mãos dos jogadores. Eles vão escolher entre produzir o futebol bonito e vencedor do ano passado ou esse aí, que é de péssimo nível. Cuca não tem culpa de nada. Largou seu projeto em Curitiba, cuidando de garotos, para ajudar o clube e seus dirigentes. Porém, acho que entrou numa canoa furada. Com toda a competência que tem e conhecedor do grupo que é não faz milagre. O papel de um treinador se limita aos treinamentos da semana e mudanças no intervalo dos jogos. O resto é para inglês ver. Se os jogadores quiserem, de verdade, caberá a eles mudar esse quadro atual. Caso contrário, é o Galo preparar a barca de dispensas para 2023. Tem muita gente que não vai render mais do que rendeu até aqui. Se o galo avançar na Libertadores, tudo voltará ao normal, pois no futebol brasileiro a distância entre o céu e o inferno é de 90 minutos.

Mudanças na CBF


O presidente Ednaldo Rodrigues fez uma grande mudança na estrutura da CBF, demitindo todos os diretores e pondo sua equipe de trabalho. É normal um novo gestor colocar gente de sua confiança nos cargos. A última grande contratação foi a de Rodrigo Paiva, diretor de comunicação, com trânsito no mundo inteiro, que fala seis idiomas e é querido por toda a imprensa. Ednaldo só não vai mexer na Seleção Brasileira, pois herdou o que aí está e não vai querer ser acusado, caso haja um fracasso. Porém, após o Mundial do Catar, vai mudar toda a comissão técnica. Fernando Diniz e Jorge Jesus são os preferidos atualmente mas, até dezembro, muita coisa pode mudar. A verdade é uma só: Ednaldo Rodrigues faz um excelente trabalho, transparente e seguindo a cartilha da lisura. Tem trazido ex-jogadores, campeões do mundo, para perto dele, buscando informações importantes para sua gestão.

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