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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

A sombra de Cuca no Galo e de JJ no Flamengo

Eles são o passado, e não há o que fazer. Mohamed e Paulo Souza têm suas convicções, formas diferentes de trabalhar uma equipe, e isso gera insegurança


11/05/2022 10:09 - atualizado 11/05/2022 10:20

Turco Mohamed, treinador do Atlético
Turco Mohamed, treinador do Atlético (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Por mais que os técnicos contratados por Atlético Mineiro e Flamengo tentem fazer o seu trabalho, não há como fugir da sombra de Cuca e Jorge Jesus, que realizaram os melhores trabalhos dos últimos tempos do futebol brasileiro.

No caso do Flamengo, Rogério Ceni ainda conseguiu, aos trancos e barrancos, e pela incompetência de Galo e Inter, ganhar o Brasileirão de 2020. Em 2021, o Fla passou em branco, ganhando apenas as irrelevantes Supercopa e Campeonato Carioca. Antes, em 2019, Jorge Jesus ganhou 6 títulos em 1 ano, e perdeu apenas 4 jogos, sendo os principais títulos o Brasileiro e a Libertadores, ficando com o vice-mundial.

Cuca fez cabelo e barba, ganhando o Brasileiro e a Copa do Brasil em 2020. Só não fez o bigode por causa do regulamento, que eliminou o Galo da final da Libertadores, por causa do gol marcado, fora de casa, pelo Palmeiras. Uma das maiores injustiças do futebol.

E Cuca preferiu não trabalhar nesta temporada, fazendo um ano sabático. Com isso, o Atlético foi ao mercado e chegou a conversar com JJ, mas o técnico garantiu que jamais houve proposta financeira. Sem muita opção, contratou Antônio Mohanmed, o Turco, que não tem agradado à torcida.

É preciso dizer que tanto os torcedores de Atlético, quanto de Flamengo, não podem ficar reféns de Cuca e Jesus. Eles são o passado, e não há o que fazer. Mohamed e Paulo Souza têm suas convicções, formas diferentes de trabalhar uma equipe, e isso gera insegurança.

O belo futebol praticado por Fla e Galo, não foi visto mais. Aquela intensidade na marcação, na saída de bola, é coisa de 2019 e 2020. Os técnicos atuais, não conseguem fazer os jogadores renderem o mesmo. Mas o futebol é assim.

Os torcedores não podem ficar "viúvos" dos dois treinadores. E os técnicos atuais não podem e não devem viver á sombra, dos antecessores, mas, infelizmente é isso que está acontecendo.

Nenhum dos dois times ocupa o G-4, mas é preciso lembrar que o Brasileirão está apenas em sua quinta rodada, mas dá para perceber que tá tudo muito nivelado, e por baixo.

Conforme escrevi na segunda-feira, não há uma equipe referência no nosso futebol, um time a ser idolatrado. É tudo muito do mesmo e o resultado é a pobreza técnica. Não duvido que com mais um ou dois fracassos, Paulo Souza seja demitido. Ele já perdeu dois jogos em 5 no Brasileirão, o que é uma vergonha para um clube com folha salarial de R$ 35 milhões mensais. Foi vaiado na derrota para o Botafogo, domingo, e a torcida vive gritando o nome de JJ.

No caso do Galo, ainda não ouvi o torcedor pedindo Cuca, mas isso acontecerá, caso o Turco não consiga engrenar a equipe.

Os jogadores estão fechados com ele, e dizem que as críticas são injustificadas. Vale lembrar, que vários jogadores não estão rendendo o esperado e isso compromete o trabalho. Além do que, 5 meses de trabalho é muito pouco, já que os estaduais não são referência para nada. Competições fraquíssimas, que servem para iludir o torcedor. Na hora da verdade, Brasileirão, Libertadores e Copa do Brasil, a banda toca diferente.

Com tudo isso, Galo, Palmeiras e Fla, nessa ordem, são os candidatos mais fortes aos troféus, mas o Corinthians, líder do Brasileirão e do seu grupo na Libertadores, corre por fora. Curiosamente, todas as equipes citadas têm técnicos estrangeiros, 3 portugueses e 1 argentino, o que prova que os treinadores brasileiros estão em baixa.

Com a aposentadoria de Luxemburgo e Abel Braga, dos veteranos só resta Felipão, que assumiu o Athletico-PR, querendo provar não sei o quê. Já deu, Felipão! Você é o último técnico campeão do mundo com a seleção, e também o único a tomar de 7 a 1 numa semifinal de Copa do Mundo. Sua carreira é vitoriosa sim, não há dúvida, mas o vexame dos 7 a 1 jamais será esquecido.

E assim caminha o nosso futebol, sem um técnico e um time referências, sem um craque por essas bandas, desorganizado, com dirigentes querendo levar vantagem na criação da Liga, olhando apenas para o próprio umbigo.

Será que um dia voltaremos a ser o que já fomos? Deixe aqui a sua opinião. E para Souza e Turco, um conselho: esqueçam as sombras de JJ e Cuca. Sejam vocês mesmos, ainda que isso venha a lhes custar o cargo.

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