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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Galo, Palmeiras e Flamengo, nessa ordem, são os favoritos do Brasileiro

O Flamengo, embora tenha jogadores mais badalados e tecnicamente superiores aos de Palmeiras e Atlético, mais parece um bando, comandado pelo fraco Paulo Souza


10/04/2022 04:00

O português Abel Ferreira, treinador do Palmeiras
O português Abel Ferreira, treinador do Palmeiras (foto: Giuseppe Cacace/AFP)

O Brasileirão começa e há 3 candidatos ao título: Atlético, Palmeiras e Flamengo. Nessa ordem, exatamente, pois o time mineiro é o dono do Brasil até que a competição se defina, no fim do ano, além de dono da Copa do Brasil. O Palmeiras tem o melhor treinador em atividade no país, o português Abel Ferreira. O Flamengo, embora tenha no grupo os jogadores mais badalados e tecnicamente superiores aos de Palmeiras e Atlético, mais parece um bando em campo, comandado pelo fraco Paulo Souza. Não acredito que irá longe em nenhuma competição. 

Correndo por fora vejo o Fluminense, de Abel Braga, que é um baita treinador e já deu outra cara ao tricolor carioca, que se reforçou com o goleiro Fábio, o volante Felipe Melo, e o atacante Willian Bigode. Além disso, Abel recuperou Paulo Henrique Ganso, cerebral e genial, mas que não consegue correr como os demais jogadores, por causa de três cirurgias no joelho.

Se der algo diferente disso, será surpresa para mim. São Paulo, Santos e Corinthians serão coadjuvantes, assim como o Internacional. Não acredito no Bragantino, nem nas equipes do Nordeste.

Portanto, a competição que diziam ter 12 candidatos, no passado, hoje se limita a três equipes. Uma delas deverá confirmar o favoritismo, mas tudo isso no campo teórico, pois, quando a bola rola, as equipes se equivalem, num futebol pobre, sem inspiração e qualidade, como é o nosso. 

Ainda produzimos grandes jogadores, mas eles vão para a Europa bem cedo, alguns sem nem sequer jogar pelas equipes principais. Saem dos juniores direto para o Velho Mundo.

Li num desses sites que o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, pensa em Pep Guardiola para substituir Tite, que já anunciou sua saída após a Copa do Mundo do Catar, ganhando ou perdendo.

Aplaudo de pé, caso essa notícia se confirme, pois Guardiola é meu sonho de consumo, não só para a Seleção principal, como também para mudar nossa filosofia de trabalho desde as divisões da base. 

Ele sempre foi um entusiasta do nosso futebol e pode inovar, trazendo seus conceitos para o Brasil. Precisamos resgatar os velhos e bons tempos, e Guardiola, que aprendeu a amar o futebol brasileiro com o pai, seria o cara certo, na hora exata. 

Dinheiro não será problema, se bem que a CBF se dispõe a pagar até R$ 70 milhões, anualmente. Para uma entidade que tem R$ 2 bilhões em caixa, isso é fichinha. Tomara que Guardiola aceite conversar e pegue o emprego. Com ele no comando, vejo boas perspectivas para nossa mudança de atitude. 

Quando a gente vê um jogo de equipe europeia e assiste a um jogo do Brasil, percebe a distância abissal que nos separa. Quem sabe, com o técnico espanhol, as coisas voltem ao normal. O normal é o nosso futebol-arte, de dribles, de toques, tabelas e gols. Qualquer coisa diferente disso jamais foi o verdadeiro futebol brasileiro.

É sabido que os clubes brasileiros têm dívidas impagáveis. A chegada do clube-empresa dá um alento, pois, segundo os dirigentes, a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) garante que vai dissociar a dívida do clube da dívida da empresa que compra o clube.

Segundo advogados com quem conversei não é bem assim: os credores vão entrar com ações contra a SAF, e a Justiça dará ganho de causa, pois a dívida do clube permanece com a SAF.

Lembram-se da Varig, empresa aérea, que com dívidas gigantescas criou a "Varig boa e a Varig ruim"? No fim, os funcionários e credores entraram com ações contra a "Varig boa" e a empresa acabou falindo.

É mais ou menos isso o que vai acontecer com os clubes de futebol que estão virando empresas. Pelo menos é o que me disseram dois grandes juristas. Como sou leigo nessa área, procurei os especialistas.

Porém, é a única salvação para o futebol brasileiro. Os donos dos clubes farão uma limpeza, tirando os dirigentes amadores, pondo CEOs em seus lugares e conduzindo os clubes como se conduz uma empresa. Terão que dar lucros e taças.

Os presidentes atuais vão cuidar do cloro, da piscina, bocha e atividades sociais dos clubes. Nada além disso. 

Futebol é para profissionais preparados e graduados. Acho, porém, que ter no corpo diretivo ex-jogadores, que se destacam em gestões, é importante. Ter alguém que conheça do riscado, efetivamente, ajudará na composição e no projeto. 

Enfim, o futebol brasileiro ainda tem solução, que passa por profissionalismo, qualidade, transparência e pela chegada de Pep Guardiola, caso aceite o provável convite da CBF. "Antes tarde do que nunca".

Você apontaria o campeão brasileiro de 2022? Deixe aqui o seu palpite!

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