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Que a despedida de Tite seja com o sonhado hexa do Brasil

A caminho da Copa do Catar, é um bom sinal que o técnico tenha mudado sua filosofia, apostando em jovens talentos


27/02/2022 12:59

 Seleção Brasileira comemora um gol
Comandada por Tite, a Seleção Brasileira lidera as Eliminatórias: mesmo bem, treinador se despede da equipe após o Mundial (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press - ½/22)

O técnico Tite anunciou que após a participação do Brasil na Copa do Mundo do Catar deixará o cargo, independentemente do resultado. Ele já havia falado isso ano passado, pois estará completando um ciclo de seis anos, que nenhum outro treinador teve na Seleção Brasileira. Os números sob seu comando são excepcionais, embora o que importe para o torcedor brasileiro seja apenas o Mundial. Copa América, das Confederações ou qualquer outro torneio que envolva a seleção canarinho não tem relevância. Talvez seja um erro da nossa cultura esportiva, mas é assim que nos sentimos.

A Argentina valorizou a conquista da Copa América no Maracanã, como se fosse uma Copa do Mundo. A justificativa foi em cima de mais de duas décadas sem troféus para a seleção principal daquele país. O primeiro título de Messi com seus jovens companheiros.

Tite foi campeão do Superclássico das Américas, em 2018, e da Copa América, em 2019. Foi eliminado pela Bélgica nas quartas de final da Copa em 2018, e perdeu a Copa América para a Argentina em 2021. Pegou a Seleção pelo meio do caminho, quando Dunga foi demitido após uma derrota para o Peru, em Los Angeles, em 2016. De lá pra cá, fez um trabalho excelente no quesito resultados, mas, sob seu comando, o Brasil nunca encantou, praticando futebol pobre. As convocações de jogadores que não vivem bom momento são outro questionamento, mas é bom lembrar que cada treinador tem suas preferências e escolhas.

Lembro-me de uma matéria que fiz com Parreira, perguntando-lhe sobre o motivo de não ter levado o goleiro Fábio a uma Copa do Mundo. Ele respondeu que “goleiro é cargo de confiança do treinador”, e que levou Taffarel, que era reserva do Parma, para a Copa de 1994, “porque confiava nele”. E o goleiro foi um dos heróis, defendendo uma das penalidades contra a Itália na final que deu o tetracampeonato ao Brasil. Tite sempre gostou de contar com Fernandinho, Paulinho, Renato Augusto, Fagner, Thiago Silva, Daniel Alves, entre outros, porque confia nesses atletas, embora, na Seleção, não tenham correspondido. Esse é um direito do treinador. A gente pode questionar, o torcedor pode criticar, mas se ele confia, o que podemos fazer?

Tite mudou sua filosofia do meio do ano para cá, confiando nos jovens talentos Vinicius Junior, Raphinha, Matheus Cunha e Antony. Todos entraram no time principal e deram conta do recado. Procuramos um camisa 9 há tempos, e parece que, a nove meses da Copa, achamos Matheus Cunha, que tem brilhado no Atlético de Madrid. Vinicius Junior amadureceu no Real Madrid e hoje é o grande nome da equipe. E Tite tem dado oportunidades, maturidade e rodagem para eles.

Tenho feito críticas duras e severas a Tite, mas resolvi mudar a minha postura. Críticas e elogios ocorrerão na mesma medida, mas num tom ameno e menos agressivo. Reciclar faz parte da vida, e quando a gente faz isso fica mais leve e mais feliz. Eu tenho uma máxima que, independentemente do técnico ou jogadores, vestiu a amarelinha, sou Brasil. Tive o privilégio de ver o time canarinho in loco nas três primeiras Copas que cobri – Estados Unidos, França e Coreia-Japão. O Brasil chegou a três finais seguidas e ganhou duas. De 2002 para cá, acumulamos eliminações, uma delas vergonhosa, os 7 a 1 contra a Alemanha em nossa casa.

Vou torcer muito para Tite ajustar o grupo e ter um ataque com Raphinha, Matheus Cunha e Vinicius Junior, com Neymar sendo o verdadeiro 10, abastecendo a garotada com seus lances geniais. Se Tite ganhar a Copa, seremos todos campeões, pois, acima de tudo, somos brasileiros.  Portanto, força aos jovens, a Neymar e a Tite. São eles que vão representar a nossa camisa em busca do hexa. Que os ajustes sejam feitos e que cheguemos fortes para a disputa. Se jogarmos bonito, como sempre fizemos, e ainda assim não ganharmos, o povo entenderá. Resgatar o velho e bom futebol é o que mais desejo. Se for recheado com a taça, melhor ainda.

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