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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Viramos um país doente, seja no futebol, na música ou política

A cultura do ódio tem criado 'inimigos obrigatórios' até mesmo no esporte, enquanto o futebol brasileiro mergulha na lama


22/11/2021 04:00

futebol inglês
O futebol inglês é um dos exemplos a ser seguido nas restrições que varreram torcedores vândalos dos estádios (foto: ADRIAN DENNIS/AFP)


O Brasil virou um país doente, onde A tem de ser inimigo de B. Onde se mata por R$ 1, por um celular ou simplesmente porque o outro veste uma camisa do time rival. Um país onde o presidente do conselho deliberativo do Brusque comete um ato racista contra um jogador do Londrina e o STJD, que havia punido o clube com a perda de 3 pontos, lhe devolve os 3 pontos e tudo fica por isso mesmo. Um tribunal que perdeu uma grande chance de acabar com o racismo no futebol, mas fez o contrário, ao devolver os pontos ao infrator. E olha que sábado foi o “Dia da Consciência Negra”, que, na minha visão, deveria ser todos os dias. Racismo é crime hediondo e deveria dar cadeia severa aos criminosos. Tivemos um período maravilhoso nas arquibancadas. Sem brigas, xingamentos, guerras entre bandidos, travestidos de torcedores. Mas bastou a pandemia dar uma trégua e o público ser liberado para as cenas recorrentes ocorrerem. Vimos a bandidagem solta no jogo Athletico x Atlético Mineiro, pelo Brasileirão. Aqueles vândalos que digladiaram não são torcedores de uma agremiação nem de outra. São bandidos!

O ódio é generalizado. Logo no futebol, onde deveríamos ter o fair play, que surgiu para unir povos, e não afastá-los. Os ingleses, inventores do esporte bretão, sofreram com os Hooligans, grupos de malfeitores que sujavam o futebol da Terra da Rainha. Mas as autoridades precisavam proteger a sociedade e os torcedores de bem. Então, acabaram com os Hooligans. Hoje, o futebol inglês é o mais forte do mundo e tem disciplina e punição.

O futebol brasileiro está na lama. Clubes tradicionais, ultrajados e roubados, disputam a Série B. Dirigentes posam de bonzinhos, quando, na verdade, alguns se aproveitam dos clubes. É preciso ficar de olho nos “santinhos do pau oco” que dizem dedicar as 24 horas do dia ao clube. Jogadores são repatriados da Europa, onde fracassaram, e no futebol brasileiro são ídolos e fazem o diabo. Nosso futebol está tão por baixo, que qualquer jogador que volte da Europa, não importa a idade, se dá bem. Lá são rejeitados e mandados embora. No Brasil, respeitados, idolatrados, com salários fabulosos. Tá tudo errado!

A geração nutella não reconhece os gênios do passado. Outro dia, postei no meu Instagram um vídeo do Pelé, e alguns idiotas disseram que ele “não jogava nada”. Que em sua época o futebol era lento e com pouca marcação. Ledo engano. Naquela época, cada clube tinha dois craques por posição, alguns tinham verdadeiros gênios da bola. Quem viu Reinaldo, Zico, Adílio, Éder, Falcão, Sócrates, o saudoso Mário Sérgio, sabe muito bem do que estamos falando. Assim como na política, na música, na arte, no futebol, estamos mais pobres a cada dia. Não temos ídolos, não temos orgulho. Uma pena! Desde pequeno ouço que o Brasil é o “país do futuro”. Futuro esse que nunca chegou. Políticos condenados são absolvidos e soltos. Os que governam são negacionistas. Salvam-se poucos!

Os árbitros no futebol são uma vergonha, assim como o “VARgonha,” dispositivo criado para dirimir erros crassos e acabar com eles, mas, que na verdade, está decidindo jogos contra e a favor de todos. O “pão e o circo” estão aí para quem quiser! A Seleção Brasileira é comandada por um técnico que privilegia sua trupe e seu filho, que não tem histórico nem história, para ser auxiliar do time canarinho. Mas as vaquinhas de presépio concordam. Em tempos de vacas magras, de pandemia, estamos vendo estádios lotados, como se o dinheiro estivesse sobrando.

E, para fechar, moças estão sendo assediadas nos bares dentro dos estádios e nas próprias arquibancadas. Marginais dão beijos forçados, passam a mão nas meninas e ninguém toma uma providência mais severa. Os relatos no Mineirão e em outros estádios ocorrem a cada jogo. O Superesportes tem mostrado os casos e batido forte nos bandidos. “Que país é esse?” Perguntava o gênio da música, líder do Legião Urbana, Renato Russo. Ele fez a música na década de 1980 e até hoje não temos uma resposta positiva! Uma pena! O país de um futuro que nunca chega!


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