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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Fifa quer realizar a Copa do Mundo a cada dois anos

"Querem quantidade, querem dinheiro a todo custo, como se fosse a Fifa uma empresa que precisa ter lucros e dividendos"


22/08/2021 04:00

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, acredita que reduzindo o período entre um Mundial e outro tornará o torneio mais atraente(foto: Koen van Weel/AFP)
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, acredita que reduzindo o período entre um Mundial e outro tornará o torneio mais atraente (foto: Koen van Weel/AFP)


O presidente da Fifa, Gianni Infantino, e seus pares querem realizar Copa do Mundo a cada dois anos, a partir de 2028. Teremos a Copa do Catar, ano que vem, e em 2026, já decidido, aqui nos Estados Unidos, México e Canadá, em conjunto. Ele acredita que reduzindo o período entre um Mundial e outro, tornará o torneio ainda mais atraente e poderá beneficiar a China e a África, por exemplo, que dificilmente receberiam um Mundial. Somente a África do Sul, em 2010, foi sede de uma Copa do Mundo, naquele continente.

É claro que Infantino só pensa nos milhões de dólares que entrarão nos cofres da entidade, nos patrocinadores e em agradar os dirigentes de várias confederações. Com isso, banalizará a competição mais importante do planeta bola, e a descredenciará. Já teremos um aumento substancial no número de participantes em 2026, e se sua ideia for aprovada, com certeza vai inchar a competição com jogos sofríveis e ruins. Sim, na Copa do Mundo há partidas sem a menor expressão, que não despertam o interesse de ninguém.

O charme da Copa do Mundo, criada em 1930, tendo o Uruguai do meu amigo Francisco Tomás, leia-se Parrilla Del Mercado, como o primeiro campeão. Por causa da Segunda Guerra Mundial, não tivemos a competição em 1942 e 1946. Ela retornou no Brasil, em 1950, e o Uruguai, mais uma vez, faturou o caneco, diante de 200 mil incrédulos brasileiros, em pleno Maracanã. Final que ficou conhecida como “Maracanazo”.

O problema da Fifa é ter dirigentes que não se importam com a qualidade do futebol. Querem quantidade, querem dinheiro a todo custo, como se fosse a Fifa uma empresa que precisa ter lucros e dividendos. Por isso, já tivemos duas Copas do Mundo, 1994 e 2006, decididas nas penalidades. E na África do Sul, 1 a 0, para a Espanha, na prorrogação, já no finalzinho, e a de 2014, no Brasil, do mesmo jeito. Eu discordo veementemente e sugiro até mais qualidade do que quantidade. Quando o Mundial era disputado por 16 seleções, tínhamos grandes jogos, e, é bem verdade, muitos craques. Subiram para 24 seleções e a qualidade começou a cair. Com 32, número atual, repito: temos jogos de qualidade duvidosa e seleções sem o mínimo de consistência técnica.

TORCIDA NOS ESTÁDIOS

Belo Horizonte liberou público nos estádios, com 30% da capacidade do Mineirão, por exemplo. No jogo entre Galo e Ríver Plate foi terrível, com um desrespeito total às determinações das autoridades sanitárias. Era um evento teste e evento teste é feito para que correções aconteçam. E o Galo deu um “baile no Ríver Plate, é bem verdade, com a maioria da torcida não usando máscara”. O Cruzeiro jogou na sexta-feira, com um público bem menor que o do Galo. Vi algumas aglomerações, pela TV, mas já houve uma melhora, talvez pelo número menor de torcedores.

A verdade é uma só. Quando vemos na Europa os estádios lotados, é porque lá eles estão em condições mais avançadas que o Brasil. E outra coisa: não ouvimos falar em testes falsificados. Os bilheteiros têm condições de conferir um a um, cada exame, e tudo funciona. No Brasil, ouvimos casos de falsificações de testes, de vacina e tudo o mais. Se os “bandidos travestidos de torcedores” não respeitam nem a polícia, como vão respeitar o fiscal, na roleta, mostrando testes e cartão de vacinação? Utopia. Não brinquem com o melhor prefeito do Brasil, Alexandre Kalil. Para ele virar a chave e voltar a proibir público nos estádios, pouco custa. Para ele, a vida estará sempre em primeiro lugar. O que nos entristece é saber que há pessoas que não ligam para suas vidas, e muito menos para a dos outros. Estamos vivendo uma pandemia, que está longe do fim. Se não respeitarmos o que as autoridades médicas e sanitárias determinam, estaremos ainda mais perdidos.


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