(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas JAECI CARVALHO

Clube-empresa é a solução para o futebol brasileiro

Para mim, será a redenção do falido e quebrado futebol brasileiro, que anda de pires na mão, maltratando equipes como Vasco, Botafogo, Cruzeiro, e tantas outras


08/08/2021 13:45 - atualizado 08/08/2021 13:53

Os donos terão que prestar contas dos seus atos(foto: Vitor Silva/BFR)
Os donos terão que prestar contas dos seus atos (foto: Vitor Silva/BFR)
projeto Clube-empresa, lançado pelo presidente do senado, o mineiro, Rodrigo Pacheco, foi aprovado na Câmara e no Senado, e na sexta-feira teve a sanção do presidente da república. Para mim, será a redenção do falido e quebrado futebol brasileiro, que anda de pires na mão, maltratando equipes como Vasco, Botafogo, Cruzeiro, e tantas outras tradicionais, que correm o risco de sucumbir.
 
Não há mais espaço para amadorismo, gente que assume a direção do clube, dizendo que é por amor, mas, que na verdade, pelo que já vimos, é pelo dinheiro, pela projeção, pela ganância. É inadmissível uma pessoa dizer que “trabalha por conta do clube 24 horas, sem nada ganhar em troca”. Balela. Algum proveito essa gente tem, e, a maioria se sente dona do clube.

Com a criação do Clube-empresa, o SAF, os clubes terão donos, que terão que prestar contas dos seus atos, com responsabilidade fiscal. Ao abrir capital, os clubes terão parceiros que totalizarão 49% das ações, sendo o clube, com 51%, majoritário. Porém, é preciso mudar certas regras, pois ninguém vai querer investir fortunas para que um conselho deliberativo, tenha o poder de decisão. Na Europa os clubes têm donos, CEOS são contratados e têm que dar lucros e taças. Caso contrário, é rua. A seriedade, o fair play financeiro, o orçamento, tudo isso tem que ser respeitado.

Chega de diretores de futebol canalhas, que fazem conchavos com empresários, que furtam o clube. As denúncias são muitas e se a Justiça quiser investigar, vai pegar um monte de pilantra por aí. Profissionalizar o futebol brasileiro, em todos os aspectos, é fundamental. Não há outra saída para os nossos clubes, quebrados, de pires na mão, na bancarrota. Ou eles viram empresas ou estarão fadados ao fracasso, ao fim.

Desconfie do dirigente que não quiser transformar seu clube em empresa, já que não haverá obrigatoriedade. A razão de ser de um clube é a sua torcida, e esses dirigentes não têm o direito, nem o poder de vetar algo desse tamanho. O torcedor quer o Clube-empresa. Ele vai salvar o nosso futebol, moderniza-lo, torna-lo rentável. Os clubes precisam formar suas próprias Ligas e a CBF cuidar apenas da Seleção Brasileira. É assim no mundo inteiro, somente no Brasil é diferente.

Com os clubes gerindo suas próprias competições, eles entenderão que os campeonatos estaduais são competições falidas, retrógradas e ultrapassadas, não dão lucro, e que não tem mais o apelo de outrora. Só existem para que as federações continuem de pé. Sem os estaduais, não há razão de ser para a existência de tais entidades, que, aliás, só existem no Brasil. É hora de mudança, de seriedade, de acabar com a promiscuidade que impera no futebol brasileiro há mais de um século. O Clube-empresa chegou para ficar. Não há mais volta.

Achei curioso que a Justiça indicou como interventores na CBF, Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, e Reinaldo Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol. Landim foi denunciado pelo Ministério Público Federal pelo crime de gestão fraudulenta por ter atuado em uma operação financeira que causou o prejuízo de R$ 100 milhões a fundos de pensão de funcionários de estatais. Parece piada, mas não é. São esses caras que comandam os clubes, e não fica difícil entender porque todos estão com dívidas astronômicas, impagáveis. A dívida dos grandes clubes beira os R$ 8 bilhões.

Vejam o exemplo do Atlético, que sobrevive graças a dinheiro de mecenas, já que o próprio presidente declarou, em entrevista, que não fosse esse dinheiro, e não conseguiria pagar sequer os salários dos funcionários. Esse tipo de gestão não é a adequada. Ninguém tem que por dinheiro em clube, nem tampouco tirar. Um clube tem que se autogerir, conseguir receitas que sejam superiores as despesas, gastar somente o que o orçamento permitir.

O Flamengo, que se diz superavitário e que teve a casa arrumada pelo ex-presidente, Bandeira de Melo, deve perto de R$ 700 milhões. Que organização é essa? Tem que virar empresa. Um clube com 42 milhões de torcedores precisa se tornar profissional sob todos os aspectos. O torcedor tem que exigir isso!
 
O Cruzeiro já abriu conversas com investidores, para se transformar em empresa. Vale lembrar que ninguém vai emprestar dinheiro ao clube. Vai sim por a grana num fundo de investimento, que vai ajudar a administrar o projeto. Viva o Clube-empresa. Obrigado ao nosso mineiro, Rodrigo Pacheco.
 
Um cara visionário, inteligente e ético. Seria uma grande terceira via para a presidência da república. Por quê não? O Brasil precisa de gente nova, séria, sem o vício da velha política, dos conchavos, dos agrados. O Clube-empresa chegou para ficar. Não tem volta. Olho vivo nos dirigentes que dizem amar o clube. Esses, tem, na verdade, outros interesses, com raras exceções, é claro. Eu quero que o meu Flamengo vire empresa o mais rápido possível, e você, o que quer para seu clube?

DIA DOS PAIS

Parabéns a todos os pais do Brasil. Esses guerreiros que saem de casa cedo e voltam tarde, em busca de uma vida melhor para os filhos. Ser pai é uma dádiva de Deus. Agradeço todos os dias por meus filhos terem me escolhido. E tenho uma grande vantagem: como moro nos Estados Unidos há 5 anos, posso comemorar duas vezes. Em junho, que é quando se comemora aqui, e em agosto, na comemoração aí no Brasil. Feliz Dia dos Pais para todos nós!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)