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Estado de Minas COLUNA DE JAECI CARVALHO

Cruzeiro vence Paraná, sai do inferno e volta a sonhar com a elite

Sob o comando de Felipão, Cruzeiro faturou sua segunda vitória, com 7 pontos em 9 disputados, uma média excelente


30/10/2020 23:33

(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D. A Press)
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D. A Press)
O Cruzeiro manteve a invencibilidade sob o comando de Felipão e faturou sua segunda vitória, com 7 pontos em 9 disputados, uma média excelente. Os 2 a 0 sobre o Paraná mostraram um time mais organizado, consciente, com tabelas e um meio-campo mais criativo. As peças são as mesmas, pois os reforços pedidos pelo novo treinador, ainda não chegaram. Mas ele é o Felipão, não é o “Zé das Couves”. 

159.562 mortos pela Covid-19, com 5 milhões e 500 mil casos no Brasil. E a bola rola para Cruzeiro e Paraná, Série B. Para essa gente do futebol, as vidas não valem nada. Por isso, acho o minuto de silêncio, antes de os jogos começarem, uma grande hipocrisia. Felizmente, temos gente séria comandando algumas capitais, que salvaram vidas. 

O Cruzeiro estava no inferno, namorando a Série C, sabedor que para voltar à elite terá que fazer campanha de campeão. E que sorte Felipão tem. No primeiro ataque o Cruzeiro abriu o placar. Falta na direita, Régis cobrou e Marcelo Moreno, de cabeça, fez Cruzeiro 1 a 0. Se tem um cara que estava merecendo isso, esse é Moreno. Lutador, atacando e defendendo, ajudando o time de verdade. 

Com esse resultado, o time azul saía da zona de rebaixamento. Lembram-se quando eu sugeri Felipão para técnico, há uns 3 meses? Pois é. Eu disse que uma coisa é o jogador olhar no vestiário e perceber que é o Felipão comandando o time. Outra é olhar esses técnicos de Série B. O resultado deixava o Cruzeiro com 20 pontos, sendo que o quarto colocado tem 28. Não é uma distância tão grande e o torcedor pode até voltar a ter esperança. 

Mas, à frente do Cruzeiro, há mais de uma dezena de times. Teria que haver uma combinação extraordinária e o Cruzeiro ganhar 15 jogos. Quem tem fé tem tudo. Será que dá? Vejam que o Cruzeiro tem organização em campo. Não é mais aquele bando. 

Outra grande jogada pela direita. Airton tocou para Moreno fuzilar e Marcos fazer defesa milagrosa. Viram que quando a bola chega o centroavante aparece? Com Ney Franco e Enderson, ela não chegava de jeito nenhum! O Paraná arriscou pela primeira vez aos 20 minutos. Sem perigo. O Cruzeiro não fazia uma partida magistral, mas, tinha que aproveitar para matar o jogo no primeiro tempo.

 O Paraná jogava fechadinho. Como dá gosto em ver Fábio, 40 anos, mais de 900 jogos pelo Cruzeiro. Um símbolo, um ídolo, há 16 anos vestindo a mesma camisa. Coisa rara nos dias de hoje. 

Posso fazer uma pergunta? Por quê os jogadores brasileiros não chutam de fora da área, principalmente, quando o campo está molhado? Gols em cobranças de faltas são raros. Eu mesmo vou responder: eles não treinam. Enquanto Nelinho, Zico, Neto e outros grandes cobradores de faltas, treinavam 100 cobranças a cada sábado, os de hoje não treinam nem uma. Saem das atividades procurando os empresários para saber se há propostas. E o futebol brasileiro vai ficando cada vez mais pobre. 

Pela direita era o caminho ontem. Fábio lançou Patrick Brey. Ele tocou para Airton, que driblou o goleiro e fez 2 a 0. Em três toques o Cruzeiro chegou ao segundo gol. A organização do time era outra. E foi assim o primeiro tempo.

Sobre o segundo tempo há pouco a dizer. Um Paraná um pouco mais avançado e um Cruzeiro esperando um contra-ataque para fazer o terceiro gol, que acabou não saindo. O mais importante foram os 3 pontos e a esperança viva de quem ainda respira por aparelhos, mas que já consegue abrir os olhos. 

Tenho minhas críticas a Felipão, mas sempre disse que para esse momento do Cruzeiro, não havia técnico melhor. O Cruzeiro venceu. Sete pontos em nove disputados. Média possível para subir. Como há o returno todo pela frente, com 20 pontos, o Cruzeiro precisa de mais 43 para subir. Não gosto de matemática no futebol, pois se a bola não entrar na casinha, nada feito. Porém, como o futebol hoje mudou tanto, a geração nutella se apega a qualquer coisa. O importante para a China Azul, como batizou o saudoso, Roberto Drummond, é que o Cruzeiro ganhou fôlego e a esperança continua. 

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