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Estado de Minas COLUNA JAECI

Racismo no futebol é mancha histórica e vergonhosa até hoje

Brasil e Estados Unidos têm uma dívida muito grande com os negros, pois foram cruéis durante o período da escravidão. Uma dívida impagável


postado em 04/06/2020 04:00

Reinaldo comemora gol pelo Atlético: o braço erguido, em apoio ao movimento de afirmação Panteras Negras(foto: ARQUIVO EM/D.A PRESS %u2013 6/1/80)
Reinaldo comemora gol pelo Atlético: o braço erguido, em apoio ao movimento de afirmação Panteras Negras (foto: ARQUIVO EM/D.A PRESS %u2013 6/1/80)



O movimento contra o racismo tomou conta do mundo. De repente, até quem foi demitido de uma TV justamente por racismo aparece em outra comentando o assunto. Muita gente postando no Instagram para aparecer, para se mostrar solidário por uma causa que nunca foi apoiada por eles. Quantas piadas racistas já ouvimos no futebol? Quantos goleiros negros foram e são discriminados até hoje? Barbosa, que sofreu dois gols que deram o título ao Uruguai na Copa de 1950, no Maracanã, disse que cumpriu “pena em vida”, pois foi acusado de falhar no segundo gol. Sofreu com o racismo e carregou uma culpa até o dia da sua morte. Reinaldo, o eterno Rei do Galo, sempre comemorou seus gols com o braço esticado e o punho erguido, dando força ao movimento dos Panteras Negras, dos Estados Unidos. Cassius Clay (Muhammad Ali) protestou inúmeras vezes contra o racismo, assim como vários jogadores da NFL (futebol americano), do basquete, do beisebol. Martin Luter King, símbolo dessa luta, pastor, pacifista e ativista, foi assassinado em abril de 1968, quando apoiava uma greve de trabalhadores do serviço sanitário. Isso ocorreu há 52 anos e, até hoje, os negros sofrem com o racismo, principalmente aqui nos Estados Unidos.
 
No Brasil não é diferente. Negros são assassinados, como o garoto João Pedro, que dentro de casa levou um tiro desferido por um fuzil de um policial. Quantos crimes fazem parte dessa estatística cruel por causa da cor da pele? O que gerou a revolta mundial desta vez foi o assassinato a sangue frio de George Floyd pelo policial Derek Chauvin, que o asfixiou com o próprio joelho. Porém, esse é mais um caso, pois os crimes contra negros são recorrentes. Desta vez, a população foi para as ruas com mais força, com menos tolerância e, infelizmente, com violência também. Todo movimento pacífico em prol de uma causa é legítimo e merece nosso aplauso. Entretanto, sempre há bandidos que se infiltram para roubar, saquear, incendiar patrimônio alheio. Esses merecem cadeia, pois se aproveitam dos movimentos pacíficos para instaurar o caos. Vimos movimentos corretos, de gente deitada no chão, com as mãos para trás, como se estivessem algemadas, gritando: “I can’t breathe (eu não posso respirar), últimas palavras proferidas por Floyd antes de ser declarado morto. O policial assassino e seus três colegas foram demitidos. Ele foi preso sob acusação de homicídio culposo. A população exige a prisão dos outros três, que foram coniventes, e exige que o crime passe de culposo para doloso, quando há intenção de matar. Os protestos já duram nove dias e provocam o caos em várias cidades dos Estados Unidos.

Como muito bem disse meu irmão Galvão Bueno na segunda-feira, Brasil e Estados Unidos têm uma dívida muito grande com os negros, pois foram cruéis durante o período da escravidão. É verdade! Uma dívida impagável. O que me espanta é saber que em pleno século 21 ainda há espaço para essa barbárie, para crimes que discriminam a cor da pele. Somos todos iguais. Negros, brancos, asiáticos, gays, héteros, homem, mulher, religioso, ateu, e por aí afora. O que define o caráter de uma pessoa não é a cor da pele ou qualquer outra coisa relativa a isso. Sejamos mais tolerantes. Vamos dizer não ao preconceito de qualquer espécie. O futebol convive com isso há anos. Há jogadores que chamam os outros em campo de “macaco, urubu” e outros adjetivos pejorativos. Isso tem de acabar! Vejam as dificuldades que as pessoas negras têm para arranjar emprego, para ganhar um bom salário, para morar melhor. São as injustiças desse mundo cruel, onde o dinheiro fala mais alto que tudo.

Outro dia, vi uma imagem revoltante de um empresário em São Paulo dizendo assim aos policiais: “Eu ganho R$ 300 mil por mês. Vocês ganham R$ 1 mil. Quem são vocês para virem aqui me prender”. Esse tipo de lixo é quem tem dinheiro no Brasil. Pessoas que não têm berço, caráter, mas que ganharam dinheiro sabe-se lá como. Ele se sentiu acima do bem e do mal, humilhou os policiais. Fosse aqui nos Estados Unidos, teria sido preso com os rigores da lei, pois resistir à prisão é grave. É esse tipo de gente que comanda o dinheiro no Brasil. Gente despreparada, que ganhou dinheiro com governos corruptos, que os privilegiaram. Gente nojenta, que não vale o prato de comida que come. Esses são os verdadeiros racistas, encobertos por uma sociedade podre, que vê no cifrão uma forma de poder. Basta! Chega! Que nossos filhos e netos possam mudar isso para um mundo melhor, em que todos sejam iguais perante os outros e perante a lei. Que esses protestos de hoje não sejam em vão, e que não existam mais policiais ou gente como o asqueroso e cruel Derek Chauvin. Não há mais espaço para esse tipo de gente nem para aquele empresário covarde e nojento que agrediu os policiais que foram à sua casa, num condomínio de luxo, atendendo uma denúncia de violência doméstica a pedido da mulher. O mundo está cheio de idiotas, intolerantes, racistas. A essa gente, o desprezo dos que são do bem e que prezam pela humanidade, em todos os sentidos!

Cazares

O equatoriano bom de bola continua aprontando das suas, dando festas num período em que já temos mais de 31 mil mortos no país, em que as pessoas estão confinadas, lutando para sobreviver. Uma atitude de moleque, de quem não se importa com a vida das pessoas. Contaminado pelo coronavírus, assintomático, mas não se importa com a vida dos outros. Esse cara não quer nada com a bola ou com as boas maneiras. Fosse eu o presidente do Galo, dava um pé na bunda dele e o mandava aprontar lá no Equador. A Cidade do Galo não é lugar para quem não respeita o ser humano! Suma, Cazares. Vá aprontar na tua casa. Aqui no Brasil, não!



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