(none) || (none)

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas

Que se dane mais um domingo sem futebol. Vamos salvar vidas

"Não saiam de casa. Essa é a regra número 1 para continuarmos vivos e combatermos essa pandemia do coronavírus o mais rapidamente possível"


postado em 30/03/2020 04:00


Ontem vivemos mais um domingo sem futebol. E daí? Alterou a vida de alguém? Talvez dos jogadores, que vivem disso, e de outros profissionais da área, ou de dirigentes, que se aproveitam do clube – com exceções, é claro. Pra mim, nada mudou, pois sou jornalista, como dizem os jovens, raiz, que está no esporte por opção, mas que começou a carreira na TV Globo, na geral. E é exatamente o que tenho feito nesses dias difíceis da pandemia do coronavírus. Meus comentários, na rádio Tupi, aqui no EM, no meu blog e no meu canal de youtube, convergem para combatermos a epidemia e nos livrarmos logo dela. Apoiei a eleição de Bolsonaro, para tirar a quadrilha do PT do poder, mas não sou vaquinha de presépio do presidente. Entre abrir as portas dos comércios e salvar uma vida, fico com a vida. “Ah, mas se eu não trabalhar, vou morrer de fome”, dizem. Ok, então que o governo subsidie os salários até que a pandemia seja controlada. Tivemos muitos governantes ladrões, que roubaram dinheiro do povo, vários colarinhos brancos que estão impunes. Que tal tomar de volta o dinheiro roubado e investir na população de baixa renda? Seria uma solução para manter as pessoas em casa e evitar a proliferação e contaminação pelo vírus. Vou dar um exemplo aqui: o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, estava preso e foi cumprir pena em casa por causa do coronavírus. Que tal tomar de volta o dinheiro que ele teria roubado, já que está preso por isso, e pôr na casa dos pobres? Prender o cara, apenas, não adianta. Eles cumprem 1/6 da pena, são liberados e vão usufruir do produto do roubo. Assim como Cunha, há milhares. Onde estão os ladrões da Petrobrás, aqueles que afundaram a empresa e usurparam o dinheiro? Tem gente que já está solta, que roubou milhões e que não devolveu. Tá aí a sugestão para ajudar o povo carente e mantê-lo em casa.

 

Há uma grande indecisão sobre a volta do futebol. Há quem acredite que em maio tudo estará normalizado. Há quem diga que só no segundo semestre, ou quem ache que não teremos mais futebol nesta temporada. Tudo vai depender de como combateremos o coronavírus. Se ficarmos em casa, as chances de combatermos a epidemia será maior. Se abrirmos tudo, como desejam alguns, será um caos. Muita gente vai morrer. Já vi previsões assustadoras, que dão conta de que mais de meio milhão de pessoas irão morrer. Deus nos livre. Entre abrir os comércios, ainda que verticalmente, prefiro preservar a vida, que não tem preço. Acho também que chegou a hora de as pessoas repensarem o futebol, assim como outras coisas. Tem pai que deixa de comprar o leite do filho para ver o Galo, o Cruzeiro, o Flamengo, o Corinthians jogarem. Não vale a pena. É preciso dizer, também, que a maioria dos jogadores, 95% deles, ganham até dois salários mínimos. Os salários gigantescos pertencem a uma minoria. Acho que cada um ganha o que merece e o que lhes pagam, mas, num país de economia quebrada, não podemos concorrer com a Europa. Temos que pagar um salário dentro da nossa realidade, de país pobre, de terceiro mundo.

 

Sempre tivemos grandes craques, no passado. Eles ganhavam muito bem, mas não era essa disparidade de hoje. Lembro-me que os maiores salários de jogadores no país, nas décadas de 1970 e 1980, giravam em torno de R$ 30 mil mensais, a preço da época. E a inflação ainda corroía tudo. Hoje, um jogador ganha R$ 1,5 milhão, mensais, e um trabalhador comum, R$ 1.040, um salário mínimo de fome. Mas é esse mesmo trabalhador quem deixa de comprar o pão e o leite para ver seu time jogar, contribuindo com o salário dos atletas. Já passou da hora de esse cidadão rever seus conceitos e evitar esse tipo de gasto. “Ah, mas o futebol é uma das poucas formas de lazer,” dirão alguns. Sim, mas pagar esse preço não dá mais. Um ingresso hoje, dos mais baratos, está na casa dos R$ 100. Não é fácil para quem ganha um salário mínimo de fome. Os jogadores não têm culpa. São trabalhadores como todos nós. A irresponsabilidade em pagar salários irreais é dos dirigentes, que não têm responsabilidade fiscal e que não estão nem aí para o dinheiro do clube. Por isso, a maioria dos clubes está quebrada e alguns dirigentes ricos. Dirigentes que entraram nos clubes quebrados e se tornaram milionários.

 

Entre a vida e a economia, fico com a vida. A Europa foi destruída na Segunda Guerra Mundial e hoje tem países que são potências. O Brasil já passou por várias crises e não se dissolveu. Continua lutando para se tornar uma grande nação. Portanto, não será esse maldito Coronavírus que irá nos derrotar. Vamos salvar as vidas e, num futuro, bem próximo, se Deus quiser, recuperar nossa economia. Não adianta comércios abertos sem que haja vida. Mas adianta a vida se não tivermos comércios abertos. Que tal uma lei, urgente, que permita que o dinheiro roubado do povo seja devolvido a ele próprio nesse momento de crise e dor? É o mínimo que esse povo ordeiro, que é o brasileiro, exige. O ex-senador Luiz Estevão é outro que foi condenado por corrupção a 29 anos e já está no semiaberto. E agora em casa, graças ao coronavírus. Que tal tomar dele o que ele tomou do povo? Não há ninguém com o saco roxo para fazer isso no Brasil? Criem uma lei para tal! Portanto, meus amigos e amigas, mais um domingo sem futebol não é nada demais. Entre o futebol e a vida, fica com a vida, pois ela não tem preço, e o futebol tem. É caríssimo para o povo brasileiro, com salários irreais e muita gente rica, que usou os clubes em vez de se doar por ele. Não saiam de casa. Essa é a regra número 1 para continuarmos vivos e combatermos essa pandemia do coronavírus o mais rapidamente possível. O jornalismo brasileiro está dando um show de informação e de dedicação ao ser humano. Os que não gostam, que se danem também. São pessoas que não se preocupam com a vida e sim com o seu bel prazer!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)