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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Já passou da hora de trocar Tite por Jesus ou Renato

Tite é camarada de alguns baba-ovos e por isso mesmo não recebe tantas críticas. E, para piorar, o time brasileiro é uma caricatura, um protótipo de equipe, caindo aos trancos e barrancos


postado em 20/10/2019 04:00

Sob o comando de Tite, Seleção Brasileira vem de resultados decepcionantes contra equipes sem tradição(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press %u2013 2/7/19)
Sob o comando de Tite, Seleção Brasileira vem de resultados decepcionantes contra equipes sem tradição (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press %u2013 2/7/19)


O que leva um técnico a se manter no cargo, mesmo que 200 milhões de pessoas não concordem com o trabalho dele? Primeiro, o dinheiro. Ganhar uma fortuna, viajar nos melhores aviões, se hospedar nos melhores hotéis, assistir aos jogos que quiser da Champions League e outras mordomias mais são fatores atraentes. No caso de Tite, além disso tudo, ele tem um staff de mais de 50 pessoas à disposição, com analistas de números e outras coisas mais. E, não bastasse isso tudo, ainda pôs seu filho, Matheus Bacchi, como auxiliar técnico. Um rapaz que pode até ser inteligente e competente, mas que não tem história e histórico no futebol. Imaginem se Dunga ou Luxemburgo colocassem os filhos para trabalhar com eles justamente na Seleção Brasileira? Seriam contestados por toda a imprensa. Tite é camarada de alguns baba-ovos e por isso mesmo não recebe tantas críticas nesse quesito. E, para piorar, o time brasileiro é uma caricatura, protótipo de equipe, caindo aos trancos e barrancos, com empates e derrotas com seleções que não significam absolutamente nada no futebol mundial.

Tite está há três anos no comando da Seleção. Pegou um time desacreditado, em sexto lugar nas Eliminatórias. Transformou-o numa equipe vencedora, ganhando nove jogos. Porém, na hora em que tinha de mostrar seu valor, fracassou. Foi no Mundial da Rússia, onde o Brasil fez jogos pífios. Venceu adversários de qualidade duvidosa, entre eles a Costa Rica, com gols no tempo extra. O time jamais se apresentou bem e teve em Neymar seu principal jogador, motivo de chacota mundial com o cai-cai. Tomou um nó tático da Bélgica e voltou mais cedo para casa. Contestado, Tite não quis perder a boquinha e continuou no cargo, apesar de a torcida não apoiá-lo mais. Na Copa América, o time apresentou futebol pobre e ganhou a competição, mesmo com os empates com Venezuela e Paraguai. Um horror. E, cá pra nós, Copa América jamais foi comemorada por nós. Ficamos 40 anos sem ganhá-la e isso nunca nos incomodou. Para nossa surpresa, Daniel Alves, lateral-direito, foi eleito o melhor jogador da competição, aos 36 anos. Nos bons tempos do nosso futebol, os melhores jogadores eram os camisas 10, 9, 8. Há algo de muito errado tecnicamente com o nosso futebol.

Se eu fosse o presidente da CBF, demitiria Tite imediatamente e flertaria com o português Jorge Jesus, que está dando aula no futebol brasileiro, mostrando como uma equipe deve jogar de verdade. Sei que ele dirige o Flamengo, mas poderia haver uma conversa para que assumisse a Seleção em janeiro. Porém, parece que a CBF está satisfeita com o péssimo trabalho de Tite. É um direito do presidente apostar num treinador no qual ele confie. Quem não confia em Tite sou eu, mais alguns colegas e os 200 milhões de torcedores brasileiros. Já vimos esse filme antes. Tite não sabe dar padrão de jogo, qualidade e comete um erro gravíssimo ao privilegiar sua confraria. Seleção não é lugar de amigos e, sim, dos melhores jogadores. Ninguém suporta mais Marquinhos, Thiago Silva, Daniel Alves, Alex Sandro, Gabriel Jesus e outros fracassados. Com esses caras o hexa passará longe. Tite convoca a Seleção e privilegia seus amigos. Alguns torcedores chegam a dizer que “ele agrada a empresários”. Eu não afirmaria isso, pois não teria como provar, mas que é estranho alguns convocados, ah, isso é. Ainda temos três anos até que a Copa do Catar chegue. Teremos as Eliminatórias mais difíceis dos últimos tempos, pois todas as seleções da América do Sul evoluíram e o Brasil regrediu. Temo que possamos ficar mais uma Copa sem sentir o cheiro da taça. Só acredito numa mudança se Tite for demitido e Jesus ou Renato Gaúcho, um dos dois, assumir. Caso contrário, o fracasso será iminente. 

Segundona

Analisando a tabela do Brasileirão, não acredito em queda de Atlético nem de Cruzeiro, embora a situação do time azul seja mais complicada. É que existem equipes piores que eles. Avaí e Chapecoense não terão salvação. CSA eu acho que não escapa. Sendo assim, sobraria uma vaga no inferno, a ser disputada por Cruzeiro, Atlético, Ceará, Fortaleza, Fluminense, Botafogo. Acho que, nessa corrida, Ceará e Fortaleza, um dos dois, vai ocupar essa vaga. Porém, Atlético e Cruzeiro devem repensar seu futebol, pois se não caírem neste ano, na próxima temporada isso poderá ocorrer. Planejamento equivocado. Contratações ruins e falta de dinheiro levam ao caos. Além disso tudo, o Cruzeiro vive sua mais grave crise política, com dirigentes acusados de corrupção e lavagem de dinheiro. É preciso arrumar a casa, pagar as dívidas e retomar o caminho das conquistas. No Galo, Alexandre Gallo, ex-diretor de futebol, contratou péssimos jogadores, deu contrato longo a alguns, que ganham verdadeiras fortunas. O novo diretor, Rui Costa, foi pelo mesmo caminho, com contratações pífias e pouca produtividade. Ele não tem tamanho para ser diretor de futebol do Atlético, pois não conhece sua história. Além disso, em oito anos de Grêmio, nada ganhou, e na Chapecoense foi outro fracasso. Não vejo como ele se recuperar no Atlético, que passa por séria crise financeira e vai tentar juntar os cacos de uma temporada fracassada e terrível. O futebol mineiro não tem muita perspectiva daqui pra frente. Mas é preciso salvar o ano, pelo menos mantendo os dois grandes times na elite do nosso futebol.

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