
Eu não tenho medo de apontar o favorito nos clássicos. E disse que o Galo era o favorito por viver melhor momento, por ser mais bem treinado, por fazer ótima campanha no Brasileirão. E não deu outra: Atlético 2 a 0 no Cruzeiro, gols de Vinícius e Nathan, afundando o rival, que está na zona de rebaixamento e não consegue nem uma vitória sequer. O time de Mano Menezes sucumbiu, corre sérios riscos de cair para a Segundona, embora ainda haja muitos jogos, justamente pelo fato de o técnico azul ter perdido o grupo. O Galo, no Horto, é sempre o Galo. É seu terreiro, o torcedor comanda o time da arquibancada e os adversários sofrem. O Galo chega aos 24 pontos, mesma pontuação do Flamengo, e briga entre os ponteiros. O Santos é o líder com 32 pontos, e oferece ao público uma aula de futebol dada por seu técnico, Jorge Sampaoli. Essa balela de que clássico não tem favorito é para quem tem medo de apontar a equipe que vive melhor fase. Tem sim, e o Galo confirmou tudo o que dele escrevi na coluna de ontem.
No mundo violento em que vivemos, o técnico Rodrigo Santana foi irresponsável ao dizer que “seus jogadores estavam com ódio dos cruzeirenses”. Pior que isso, foi ver os bandidos, travestidos de torcedores, apedrejarem o ônibus do time azul. Dentro de campo, tudo normal. Mano Menezes, quem diria, entrou com quatro homens na frente: Marquinhos Gabriel, Thiago Neves, Fred e Pedro Rocha. Isso tudo para dizer que não é retranqueiro. É estranho vê-lo escalar Fred, principalmente depois que o centroavante disse que “não serve” para o esquema do técnico celeste. Muito estranho. O Atlético estava mais bem postado. Jair dando segurança aos zagueiros, na cabeça da área. Vinicius construindo as jogadas, chutando em gol e assustando Fábio. Ele deu três belos chutes antes de marcar o único gol do primeiro tempo. Antes disso, Dedé puxou Cazares na área. Pênalti. O VAR foi consultado. Porém, o árbitro Pedro Vuaden,preferiu inventar uma falta no lance anterior, contra o Atlético. A demora para decidir foi de 5 minutos. Uma vergonha. E, aos 45min de jogo, contra-ataque do Galo, Ricardo Oliveira fez o pivô e tocou para Vinicius, que ganhou na corrida de Henrique, aproximou-se da área, perseguido por Leo e Dedé, e soltou a bomba, no cantinho, sem chances de defesa para Fábio. Galo 1 a 0. Os cinco minutos de tempo extra continuaram com boas jogadas de ambos os lados. Mas a etapa inicial terminou assim mesmo, com a vantagem parcial do alvinegro.