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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Cruzeiro a uma vitória da vaga

A classificação está em aberto. O Cruzeiro é muito forte no Mineirão e deverá ter uma postura mais ofensiva no Gigante da Pampulha


postado em 24/07/2019 04:00

(foto: Bruno Haddad/Cruzeiro)
(foto: Bruno Haddad/Cruzeiro)


O Cruzeiro conseguiu um bom resultado ao empatar por 0 a 0 com o River Plate, no Monumental de Núñez, ontem, no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores. A classificação ficou para o confronto da terça-feira, em BH, com o Mineirão lotado. O jogo ficou dramático no último lance, quando Henrique, de forma infantil, puxou a camisa de Pratto. O VAR (Árbitro de Vídeo) chamou o árbitro e ele confirmou a penalidade, porém, Suárez bateu de forma bisonha, isolando a bola, para a sorte do time azul. O Cruzeiro teve uma postura muito defensiva no primeiro tempo, mas melhorou na etapa final, sem fugir das características de seu treinador. Contra-atacou com mais qualidade depois da entrada de David na vaga de Thiago Neves, que nem foi notado em campo.

Quando eu vi Orejuela avançar e chutar com 45 segundos de partida, imaginei que Mano Menezes tinha escalado uma equipe mais ofensiva, para não tomar sufoco. Ledo engano. O que vimos no primeiro tempo foi uma partida de um time só. O River em cima, sem muita objetividade, é bem verdade, e um Cruzeiro acuado. Para não dizer que o time azul não apareceu na frente, houve uma boa jogada pela esquerda, três contra três, mas Pedro Rocha desperdiçou.

O River tinha o domínio absoluto do jogo, atuava nas costas de Egídio e criava situações perigosas. Nas duas melhores chances, advinha quem salvou? Fábio, é claro, o grande paredão azul. Lucas Pratto, no banco, ainda lesionado, fazia muita falta ao ataque do time argentino. E, sem muita força, acabou saindo com o 0 a 0 nos primeiros 45 minutos. Para o Cruzeiro, era lucro. Foi à Argentina em busca desse empate. No primeiro tempo, Thiago Neves praticamente não tocou na bola, e Pedro Rocha foi figura nula. Meu temor era ver um River mais bem postado na etapa final e com mais poder de finalização.

Curiosamente, o Cruzeiro voltou com um contra-ataque poderoso e Marquinhos Gabriel saiu na cara de Armani. Ele tocou e fez o gol. O VAR anulou a jogada, alegando impedimento. Esse VAR veio para estragar o futebol, pelo menos na América do Sul. Sempre fui a favor, mas do jeito que virou bagunça melhor acabar. Os árbitros ficam minutos e minutos para decidir a parada.

O River manteve sua postura, empurrando o Cruzeiro para seu próprio campo. Mano Menezes, por sua vez, deve ter prevenido seu time no vestiário, mostrando que poderia ser mortal nos contra-ataques. E o que vimos foi um Cruzeiro mais forte com a entrada de David. Ele criou boas situações. Entretanto, o panorama não mudou. Quando não tinha a posse de bola, eram os 10 jogadores de linha atrás do meio-campo. Estava dando certo. Um empate sem gols na Argentina não deixava de ser um bom resultado. Se bem que o River atua do mesmo jeito, em casa ou fora.

O tempo foi passando, a estratégia de Mano Menezes dando certo e o Cruzeiro levando um bom resultado para o jogo de volta, em BH. O River é muito bem armado, mas carece de atacantes melhores, já que Lucas Pratto está sem condições físicas, pois ficou dois meses sem atuar. Ontem, por exemplo, foi peça nula, pois era visível sua má forma. Porém, Gallardo não tinha outra opção. Precisava dar mais poder de ataque ao seu time e apostou no nome.

O River deu um sufoco nos minutos finais. E para virar um drama total, o árbitro marcou pênalti de Henrique em Lucas Pratto praticamente no último lance da partida. O VAR chamou e o juiz confirmou. Suárez foi para a cobrança e isolou a bola pra fora do Monumental. Nada decidido. A classificação está em aberto. O Cruzeiro é muito forte no Mineirão e deverá ter uma postura mais ofensiva no Gigante da Pampulha. Mas é bom não se afobar muito, pois o River sabe jogar fora de casa, atrair o adversário e dar o bote. Em casa, porém, com 60 mil vozes empurrando o time, sou mais Cruzeiro.

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