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Estado de Minas ELETRÔNICA

DJ de Nova Lima, KVSH conta por que entrou na lista Forbes Under 30

O músico e produtor Luciano Ferreira fala de sua carreira e dos planos para 2021 na 'Entrevista de segunda', seção da Coluna Hit


08/02/2021 04:00

(foto: Gabriel Wickbold/Divulgação )
(foto: Gabriel Wickbold/Divulgação )

"O DJ tem lugar no mercado pelas músicas que faz, não pelas músicas que toca"


Aos 27 anos, o mineiro Luciano Ferreira, o DJ KVSH, integra a lista Forbes Under 30. “Estou realizado e muito feliz”, afirma o rapaz de Nova Lima, um dos destaques da categoria música na publicação que aponta talentos, empreendedores e criadores com menos de 30 anos.

“Quando vi meu nome entre os destaques, entendi que essa conquista mostra não só para mim, mas para todos que me seguem, que você deve apostar tudo quando acredita em algo”, comenta o DJ.

Luciano ouviu muitos conselhos sobre o seu futuro: fazer faculdade, ter trabalho estável, casar, ter filhos e dar entrada na aposentadoria. “Nunca me contentei com isso, queria ser aquela pessoa que sai fora da caixa, que quebra barreiras. Quando comecei como DJ, lá pelos 15 anos, era um garoto inseguro, com medo de empreender, porque minha carreira é o meu negócio, né? Mas agora vejo que todo esse esforço consagrou a minha trajetória.”

A garra funcionou. No Spotify, a discografia de KVSH soma 400 milhões de plays. No YouTube, são mais de 60 milhões de visualizações. Tamanho sucesso não foi planejado. “A gente foi matando um leão a cada dia, descobrindo coisas novas, acertando e errando muito até chegar onde estamos. O principal de tudo foi entender o que a minha geração quer e gosta.”

A pandemia fez com que Luciano voltasse a morar em Nova Lima para cuidar dos pais e ficar mais perto da família. Ele comprou um sítio na região, onde pretende viver e descansar no intervalo das turnês. Perto da natureza e conectado com os amigos. 

“Durante a pandemia, tenho criado muito conteúdo para o meu canal do YouTube, com destaque para produção musical e as lives com o Saulo, na Lemon Drops”, conta. Entre os DJs mineiros preferidos de KVSH estão Dirty Loud, LOthief, The Otherz, Nuzb e Disorder. Entre os nomes internacionais, ele aponta Diplo, Skrillex e DubVision como referências. 

Você tem sua marca, festa própria e uma gravadora. Como é ser empreendedor e DJ?
O que mais dá trabalho não é nem a questão do medo do financeiro ou de não saber onde projeto vai estar daqui a uns anos. O mais difícil de tudo é delegar. Quando fazemos algo que envolve nosso próprio nome, acabamos nos pegando fazendo tarefas de outras pessoas, em vários momentos. Acabo fazendo isso por medo de delegar para os outros e dar errado. Meu maior aprendizado é algo em que me pego diariamente pensando: como posso abrir mão de fazer certas coisas, outorgar ou delegar mais, acreditar que aquilo será benfeito? Acreditar que o resultado ficará exatamente do jeito que eu gostaria, mas feito pelas mãos de outra pessoa. É uma dificuldade que sinto como empreendedor, porque o medo do risco e da questão financeira é supernormal.

A Lemon Drops, sua gravadora, foi criada para revelar talentos. Você consegue manter esse objetivo? 
Nosso objetivo, realmente, é revelar novos talentos, mas não necessariamente criar a carreira desses novos talentos. Estamos buscando pessoas que amam fazer música e têm qualidade e percepção sonoras. Reparamos que com a pandemia, pelo fato de não ter eventos e música eletrônica ser um estilo que requer muitas festas e contato direto com o público, tem sido muito difícil para os novos artistas ganhar mais visibilidade do que já têm. Por isso, mudamos um pouco a direção da gravadora. Em vez de lançar a galera neste momento, estamos lapidando talentos – não só ensinando sobre música, mas sobre carreira, para que eles estejam preparados na hora da retomada.

Como descobrir se um DJ tem talento ou é só mais um na multidão?
Atualmente, todo mundo é DJ, né? Se você tiver qualquer aplicativo de música no celular, consegue dar o play, passar para a próxima faixa, etc. A gente não descobre se o DJ é bom simplesmente pela técnica de mixagem ou se ele consegue se virar bem de uma música para a outra. A gente descobre que ele é bom pelas músicas. Cada vez mais, o DJ tem lugar no mercado pelas músicas que faz, não pelas músicas que toca. É através da própria música que encontramos novos talentos e novos artistas, produtores e DJs.

Como foi o início de sua carreira?
Comecei escutando de vários contratantes que santo de casa não faz milagre, que apenas os DJs de outros estados faziam sucesso aqui em Minas. Minha trajetória, basicamente, começou nas festas da PUC Minas, onde estudava arquitetura e fazia networking com amigos produtores que começaram a tocar nas festas locais. Comecei como artista pequeno, em festas menores. Meu primeiro show foi em uma festa da faculdade. Uma música minha ficou conhecida, me convidaram para tocar no Hangar 677, casa noturna que representou muito para a minha carreira. Depois, consegui tocar em todos os clubes da capital até chegar no Planeta Brasil, St. Patrick's Day. E comecei a ser visto como DJ em ascensão.

Quais são os planos para 2021?
Focar 100% no meu trabalho e na minha marca. Continuar lançando algumas músicas, mas trazendo os fãs para ainda mais perto neste momento tão complicado que estamos vivendo, isso através das lives e também começando o Lemon Cast agora em 2021. É o podcast da minha gravadora, que busca conectar fãs a artistas e pessoas que trabalham com a música eletrônica.

Por que você optou pelo nome artístico KVSH?
KVSH é um apelido meu da época em que jogava Counter-Strike e outros jogos. É bem relacionado a games mesmo. Por muito tempo, foi o meu apelido. Quis colocar isso de uma forma legal, esteticamente, trocando o U pelo V.

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